Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Planificação: Sim ou Não?

Muito se fala e escreve sobre organização e estabelecimento de objetivos. Que para termos uma vida mais cheia e interessante é preciso planificar tudo e mais alguma coisa. Mas será que é mesmo assim?! 

Esta reflexão saiu diretamente de uma longa discussão (no bom sentido do termo, claro) cá em casa e achei que seria um excelente tema para acabar este mês de Setembro, numa altura em que as rotinas já estão estabelecidas e as nossas boas intenções do regresso ao trabalho já um pouco esquecidas. 

Em primeiro lugar gostaria de deixar bem claro que sou sim a favor da planificação pois, tal como tão bem o diz Lewis Carroll em "Alice no País das Maravilhas", "se não sabe para onde vai qualquer caminho serve". Aliás já vos falei aqui no blogue do método "Bullet Journal" que uso para a minha organização pessoal. 

No entanto acho que a planificação completa como o "santo graal" do sucesso garantido não nos deixa espaço acolher as  surpresas boas e más da vida para além de que se pode tornar altamente culpabilizante. 

É importante sim olhar para o objetivo com vontade de o agarrar mas se não aproveitarmos a viagem que sabor terá a chegada à meta? Para além de que querer controlar o tempo pode ser extremamente frustrante já que imprevistos acontecem e, sejamos honestos, por mais que nos esforcemos cumprir listas de coisas a fazer de uma centena de itens todos os dias é humanamente impossível. 

A conclusão da nossa discussão cá em casa é que planificação sim mas com espaço para surpresas boas e más. E sem culpas já que a ideia do "podes ser o que quiseres" sempre e em todas as frentes é também ela pouco honesta... mas isso será tema de outra reflexão!

E por aí qual a vossa opinião sobre este assunto? 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

renata-adrienn-ebvCsRypmxM-unsplash.jpg

Photo de Renáta-Adrienn sur Unsplash

 

Paciência, a mãe de todas as virtudes

Um dos meus principais defeitos é o querer tudo para ontem. E se é verdade que faço o que posso para reduzir o seu impacto no meu dia a dia continuo a fazer sentir sobre mim e sobre os meus o peso da minha impaciência. 

Estou, no entanto, convencida da importância do saber esperar nas nossas vidas (e do tanto que essa história de paciência está esquecida num canto da nossa memória). 

Para mim alguém paciente é alguém que mantém os pés bem assentes na terra e não passa a vida "prego a fundo". Em contrapartida é alguém que sabe apreciar a chegada à meta.

É alguém que opta pelo que lhe faz bem seja qual for o tempo que isso lhe demore e que até sabe apreciar o caminho percorrido.

É também aquela pessoa que dá valor à relação humana, não se chateia à primeira, sabe respeitar o tempo do outro e acredita no melhor de quem está à sua volta. Quantas relações amorosas, familiares ou de amizade seriam bem mais simples se a paciência estivesse mais presente nas nossas vidas?

Esperar para vestir aquela roupa nova numa ocasião mesmo especial, não comprar algo por impulso ou ler um livro sem espreitar o fim são alguns dos desafios que nos podem levar a compreender a paciência e a sentir a realização que ela pode trazer à nossa vida. 

Ser paciente, mostrou-me a vida adulta, é a mãe de todas as virtudes. E que mais simples seria a nossa vida com ela...

Um grande beijinho e até ao próximo post!

duane-mendes-M5OpeuHep1E-unsplash.jpg

Photo de Duane Mendes sur Unsplash

E se este Verão "desacelerassemos"?

Os nossos dias são pautados por uma velocidade desenfreada. 

Esse ritmo é, de certa forma, imposto pela era em que vivemos. Mas será que nós próprios não aceleraramos ainda mais do que o necessário?

Será que não nos habituámos a correr o tempo todo de forma a que nos sentimos uns incapazes se não podermos dizer "não tenho um minuto para mim?". 

Passo a contar-vos o episódio que deu origem a esta reflexão: 

Ao telefone uma pessoa muito próxima queixa-se do ritmo. Entre o trabalho e uma atividade extra que faz para ajudar a suportar algumas despesas da família ainda acompanha os dois filhos em atividades desportivas e artisticas. Os miúdos estão ocupados quase todos os dias da semana e aos fins de semana tem jogos e apresentações. Em determinadas alturas do ano, algumas dessas atividades ainda se sobrepõe com outras mais esporádicas. 

Diz-me ela: "Tenho mesmo de ver se acalmo. Eles aguentam mas eu tenho muita dificuldade em aguentar este ritmo". 

Ouvi o que me disse até ao fim e respondi que se calhar os miúdos também precisam de ir mais devagar. Para além de que se já lhes enchemos a agenda antes dos 10 anos nunca saberão parar. 

São indiscutiveis os benefícios tanto dos hobbies como das atividades desportivas seja para crianças ou para adultos. Mas estará correto deixarmos os miúdos gerirem agendas destas? E nós mesmo como é que, com uma agenda sempre tão cheia, poderemos ser surpreendidos pela própria vida e quem sabe descobrir novas ocupações e interesses? 

De uma forma geral, crianças e adultos, quantas destas atividades é que são realmente fontes de prazer e de resiliência e quantas delas são feitas porque alguém disse "que era bom para", por puro hábito ou simplesmente porque existe o medo de ser menos do que os outros se não se fizer no mínimo tanto quanto eles? Não seria melhor fazer menos mas tirar mais proveito do que se faz, garantindo também tempo para descansar, brincar, arrumar coisas ou simplesmente respirar?

Aproveitemos o Verão para refletir a tudo isto. Se acharmos que o que temos nos corresponde tanto melhor. Senão ainda vamos a tempo de refletir na organização da rentrée e podemos fazê-lo enquanto passeamos pelo campo, contemplamos o mar ou bebemos um copo numa esplanada. Há maneiras piores de desacelerar, não?

Um grande beijinho e até ao próximo post!

annie-spratt-t3IYuQZRDNE-unsplash.jpg

Photo de Annie Spratt sur Unsplash

 

Educar para o Belo

De todas as certezas que tinha antes de ser mãe poucas foram aquelas que resistiram até ao dia de hoje. No entanto "Educar para o belo" faz parte dessa pequena lista. 

Tal como me parece importante mostrar e ensinar uma criança a apreciar o bonito e o bom também nós, adultos, temos todo o interesse em não nos esquecermos disso. E para a grande maioria das pessoas que podem ler este post, que vivem em países "ricos" e em paz, fazê-lo depende apenas de apreciar o que está à volta. 

Na era das cadeias de notícias repetitivas, assustadoras e muitas vezes sensacionalistas que nos dão a impressão de que nada de bom se passa em lado nenhum, do culto do streetwear e da street art e da célebre (e assustadoramente banal) frase do "não tenho esperança nenhuma na humanidade" permitir-se ficar maravilhado com coisas tão pequeninas como um gesto carinhoso, a imensidão do céu, um pássaro a cantar, um belo livro, um bonito quadro ou até o riso de uma criança é uma verdadeira riqueza. 

Dentro da minha cabeça e do meu coração, certo otimista e sonhador, estou completamente convencida de que quando mais conseguirmos apreciar e agradecer pelo tanto de maravilhoso que nos rodeia mais conseguiremos fazer para mudar o Mundo, começando antes de nada pelo que está aqui mais perto, bem à nossa porta.

Mas apenas o poderemos fazer se soubermos apreciar o que de bom e bonito existe e propagar essa beleza a todos os que se cruzarem no nosso caminho. 

Posto isto do que estás à espera para largar o telemóvel e sair deslumbrar-te com o que está aí mesmo ao teu lado?

Um grande beijinho e até ao próximo post!

daoudi-aissa-absT1BNRDAI-unsplash.jpg

Foto de Daoudi Aissa na Unsplash

 

Calendário do Advento da Nala #9

Vimos tantas vezes o filme "Sozinho em Casa" que nos esquecemos de ouvir o que o pequeno Kévin diz realmente.

A tua família, tal como a minha, não é propriamente "fácil de aturar". Na verdade nenhuma família é. 

Que todos nós possamos no entanto tentar reencontrar-se com a sua, compreendê-la e fazer-se compreender.

Porque os mais velhos estão convencidos de que têm razão, os pais de que sabem sempre o que é melhor para os filhos, os filhos insistem que os pais querem mandar neles... E nisto tudo estamos cada vez mais sozinhos e longe uns dos outros.

Que, como o Kévin, possamos ter a nossa família como prenda de natal. Porque só assim faz sentido.

Imagem para as Redes Sociais a Vermelho e Dourado

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Mais visitados

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub