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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

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A pequena biblioteca da aldeia

Na vilazinha onde nasci houve, em tempos, uma biblioteca

Lembro-me perfeitamente da primeira vez que lá entrei. Fui acompanhar uma amiga, que já na altura, só procurava um sítio onde fosse bem recebida.

Era um espaço pequeno, com poucos livros.

Lembro-me exatamente do cantinho onde estava um velho móvel com os livros infantis e juvenis. Veio de lá o primeiro "verdadeiro" livro que li e devia ter uns sete anos... a única coisa de que me recordo é do nome do herói: João. 

Pouco tempo desta fantástica descoberta a biblioteca fechou. Falta de leitores, o "fim" das casas do povo e do trabalho associativo e uma reestruturação da biblioteca municipal ditaram o seu fim. 

Felizmente a minha vida de leitora não foi afetada por ai fora com esse fecho. Os meus pais, que nunca tinha visto  pegar num livro até então, foram sensíveis ao meu prazer imenso em ler e, em seguida, ao tanto que já se falava na importância da leitura no desenvolvimento das crianças.

Hoje em dia só posso agradecer-lhes o tanto que a leitura me tem proporcionado. Nunca teria podido viajar tanto, nomear tantos sentimentos ou valores ou enriquecer os meus conhecimentos sobre os outros como sobre o mundo se não fossem os livros.

Não teria relativizado tanto os meus problemas, encontrado tantos portos seguros ou ter-me inspirado em tantos heróis e heroínas ao longo da vida se não fossem estes amigos de varias paginas.

Já perdi a conta à quantidade absurda de livros que já li nem as horas de leitura, às muitas lágrimas derramadas nem as inúmeras gargalhadas abafadas.

Lamento por tantos miúdos que não tiveram a sorte de se deixar levar à biblioteca porque lá as pessoas são simpáticas, que não sentiram o coração bater mais forte com as aventuras de um tal de João e que não tiveram pais que perceberam que, por muito caro que fosse um livro, a riqueza que ele encerra vale bem a pena. 

E lamento por esta biblioteca, e por todas as bibliotecas que fecharam ao longo dos anos, quando o trabalho que faziam tão importante apesar de tão ingrato. E pelos tantos miúdos de sete, vinte ou quarenta anos que nunca aprenderam o super poder que é ler.

robert-anasch-McX3XuJRsUM-unsplash (1).jpgPhoto de Robert Anasch sur Unsplash

Nem sempre o que é bom passa depressa

Férias 2023. Três semanas em Julho, em Portugal. 

Uma primeira semana a 3 no Algarve. Nunca tinha acontecido... E mesmo com um pequenino que não pára sossegado, de termos a impressão de termos estado de férias "em guarda alternada" e de nos deitarmos "com as galinhas" foram momentos muito bem passados e sobretudo uma excelente ocasião para criar novas memórias em família.

Segunda Semana no "meu" Ribatejo. Aquela sensação de ser "o filho pródigo", a volta a casa, depois de um ano ausente Os cheiros conhecidos. A vista sempre marcante das Portas do Sol! 

Terceira semana em Trás-os-Montes. Aproveitar o miúdo e conhecer os sítios que fazem a história do pai dele. Entrar um bocadinho mais nas suas memórias e nos seus segredos de infância e adolescência,

Três semanas que foram muito boas e em que aproveitamos o tempo que tivemos uns com os outros e com os nossos. Três semanas que não passaram a correr porque fizemos o tudo por tudo para ir devagar. Para não correr. Sem uma lista enorme de pessoas e lugares a visitar mas desfrutar ao máximo daquilo que estava ao nosso alcance. 

Porque só me apetece continuar neste modo desacelerar mesmo agora que a rotina se voltou a instalar. 

Um grande beijinho e até ao próximo post! E boas férias se for caso disso 

IMG_20230713_103341 (1).jpg

 

Colegas de Trabalho

Como melhorar as relações?

Nesta semana marcada pelo Dia do Trabalhador pareceu-me apropriado escrever este post.  

Existem várias razões para as pessoas estarem infelizes no seu trabalho e uma dessas razões são... os próprios colegas! Eu que o diga... e se já aqui andas há algum tempo recordaste que, no início do blogue, escrevi bastante sobre esse tema. 

No entanto o crescimento e a experiência fizeram-me perceber que, em alguns casos, podemos "defender-nos" de algumas situações delicadas. E é sobre alguns comportamentos que, por mais inofensivos que pareçam, nos deixam vulneráveis a rumores, faltas de respeito e invasões da vida privada que vos venho falar hoje. 

 

- Não entrar em "ditos e mexericos":

Este primeiro ponto já o conhecemos de côr... mas continuamos a observar, e muitas vezes a participar, em fofocas e "diz que disse". Nenhum de nós faz isto por mal, vá-se lá saber porquê mas existem poucas coisas tão agregadoras como criticar os outros, mas ao adotar este tipo de comportamentos estamos não só a prejudicar os outros mas sobretudo a prejudicar-nos a nós próprios. 

 

- Focar-se no próprio trabalho:

Desperdiçamos uma quantidade enorme de energia a olhar para o lado para perceber se o colega trabalha menos do que nós ou como faz o que tem a fazer. Essa energia seria melhor aproveitada se nos focassemos no nosso próprio trabalho e ainda nos sobraria alguma para realizar outras coisas, quer profissional quer pessoalmente. 

Claro que se o colega não acompanha ou nos prejudica é necessário conversar com ele ou com um superior mas sempre mantendo uma atitude integra e humilde. 

 

- Discrição quanto à vida pessoal:

Uma das coisas que mais me choca é a facilidade com que algumas pessoas contam tudo e mais alguma coisa aos colegas de trabalho, alguns deles que mal conhecem. Claro que fazer um comentário com um colega próximo é aceitável mas devemos manter uma certa reserva para não nos tornarmos nem aborrecidos nem o tema preferencial do próximo "after work" da equipa.

 

- Apreciar o que se tem:

O nosso trabalho é muitas vezes fonte de sustento e, apesar de já não nos identificarmos com ele, decidimos ou somos obrigados a ficar por lá. E é nesse momento que é importante pensarmos nas coisas boas que ele nos trás de as escrever e deixarmos bem à vista para nos irmos relembrando de vez em quando. 

Olhar para o que temos de bom em vez de estarmos sempre cheios de pena de nós mesmos são boas formas de nos manter motivados, bem connosco próprios e avançar até conseguirmos alcançar os nossos próprios objetivos. 

 

Claro que nem todas as questões laborais são assim tão simples de resolver mas acredito que se nos mantivermos cordiais, aprendermos a ser discretos e mostrarmos que somos confiáveis, a nossa vida, assim como a de quem nos rodeia,  melhorará um bocadinho. 

E por aí qual é destes o vosso maior pecado? O meu é de longe o segundo ponto! 

Bom Feriado para todos vocês!

marissa-grootes-flRm0z3MEoA-unsplash (1).jpg

Foto de Marissa Grootes na Unsplash

 

Férias que reforçam laços!

Os últimos tempos tem sido intensos por aqui. Entre o trabalho e outros afazeres não temos nem tempo nem energia para mais e acabamos por colocar a pouca energia que nos resta no nosso filho. 

É uma benção termos tempo para brincarmos com ele todos os santos finais de tarde e vê-lo crescer. Mas, por vezes, dava jeito um familiar a quem o pudéssemos entregar uma hora ou duas para tratar de alguns assuntos mais importantes, como uma ida ao banco.

Na passada semana estivemos finalmente de férias juntos os três e soube-nos pela vida já que nem os fins de semana tem sido a três nestes últimos tempos... há sempre um dos adultos que trabalha... 

Foram umas férias sem grandes aventuras nem desvaneios. Passeamos muito mas aqui ao pé. Mas a verdade é que aproveitamos o máximo, com tempo para todos juntos, individualmente, em casal (depois de o bebê estar na cama, claro) e pai/mãe e filho. Foram umas belas férias para criar memórias e estreitar laços. 

E hoje, com o regresso ao trabalho, posso garantir-vos que me sentia como nova! E a vontade de ir buscar o menino e regressar no final do dia foi tão grande que quase corri para me despachar o mais depressa possível. 

E assim se passam férias que criam laços... e laços que criam memórias... e memórias que nos fazem crescer como pessoas! 

Um grande beijinho e até ao próximo post! 

Photo by Jessica Rockowitz on Unsplash

 

O Simbolismo da Páscoa

Gosto da Páscoa. Gosto das recordações que tenho dos almoços em família e das caças aos ovos improvisadas que as minhas tias imaginavam. 

Gosto do cheiro a Primavera que já anda no ar e das temperaturas que, mesmo em dias chuvosos, costumam ser mais amenos. Gosto das tradições, das visitas aos padrinhos, das missas da Semana Santa e daquelas amêndoas lilases nas quais já não toco à anos. 

E tudo isto entra no meu Simbolismo de Páscoa e que tento reproduzir todos os anos. A mesa composta e a comida deliciosa como se fosse uma homenagem à minha avó que tanto gosto tem nestes momentos. As flores presentes e alguns doces. 

Numa época em que parece efémero, em que tudo o pessimismo nos vence e na qual as notícias são tão pouco animadoras acho ainda mais importante ressuscitar, e criar, memórias de momentos felizes. E nem é preciso muito...

Não é preciso chocolates a preços exorbitantes ou decorações ou cozinhados mirabolantes, exceto se isso nos faz feliz e aí cada um faz o que quer e ninguém tem nada a ver com isso. O que é preciso é entrega, disposição e tempo. Vontade de estar junto e muito amor para dar seja numa família de 2 ou de 10

Porque acredito que é no amor aos nossos que ganhamos força e motivação para levar amor a quem e ao que está à nossa volta. E se, de facto, não vamos conseguir acabar com uma guerra ou com a fome no Mundo seremos com certeza capazes de reconstruir pessoas, começando pelo coração de quem sofre. 

Votos de uma Santa Páscoa para todos!

kaja-reichardt-5gYBfEx7kwg-unsplash (1).jpg

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As músicas da minha vida

Desde pequena que adoro música. Foi-me, durante anos, impossível viver sem o rádio ligado. Era o meu acordar e o meu adormecer na adolescência, a minha companhia no carro nos anos de vida adulta. 

Tenho um talento para decorar letras e reconhecer músicas nos primeiros acordes. 

Ao longo da minha vida fui criando uma espécie de Playlist, de Banda Sonora Original. Cada música me recorda um momento ou uma determinada altura. 

"Aprender a ser feliz" dos portugueses Pólo Norte para o final da infância, "Otherside" de Red Hot Chilli Peppers para uma das mais marcantes atividades dos escuteiros que vivi na minha vida (um dia falar-vos-ei disso) ou "On Top of the world" de Imagine Dragons aquando da minha decisão de emigrar. 

A elas se juntaram tantas outras como "Another Day of Sun" da banda sonora do filme La La Land, que foi a música de abertura da boda do meu casamento ou "My Universe" de Coldplay & BTS que me faz pensar no meu filho. 

E, quando ouço qualquer uma dessas músicas (que já são tantas), me lembro de momentos, me motivo, choro ou sorrio. Como se estivesse lá outra vez... mas sempre sabendo que é para a frente o caminho. 

E por aí, quais são as músicas da vossa vida? 

marius-masalar-rPOmLGwai2w-unsplash.jpgPhoto by Marius Masalar on Unsplash

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Recordações da Faculdade

Este ano comemorei 10 anos de conclusão do meu curso. 10 anos representa pouco menos de um terço da minha vida. 

Recordo com saudades alguns dos momentos que vivi ao longo daqueles 5 anos de curso. A vida em Lisboa que me parecia cheia de vantagens e nenhum inconveniente (a visão de uma miúda nascida e criada num vilarejo de campo deslumbrada pela cidade e as oportunidades que lhe oferecem), os amigos, os passeios pelo Chiado ou as tardes passadas nas praias da linha, os arraiais académicos e as patuscadas na residência de estudantes. 

Ao longo destes anos deixei para trás muitos dos amigos da altura. Alguns deles perdemos contacto mal deixamos de frequentar as aulas, outros foram-se eclipsando ao longo dos anos muito devido à distância e aos diferentes estilos de vida. Outros ainda se vão mantendo mas cada vez mais distante e cabem nos dedos de uma mão aqueles que ainda lá estão sempre, cuja distância não afastou em momento algum. 

Se me dessem a oportunidade de voltar atrás e ir lá passar uns dias diria facilmente que não, por muito que as memórias sejam boas considero que tenho a vida que construí e que o meu lugar é aqui e agora. Mas que dá uma nostalgia do caraças aperceber-se que os anos passaram a voar, lá isso dá... 

E por aí, qual o momento das vossas vidas que vos deixa mais nostálgicos?

jason-briscoe-7hWWmv_A_v0-unsplash.jpgPhoto by Jason Briscoe on Unsplash

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Meu Querido Mês de Agosto

Gosto do mês de agosto.

Não que seja o meu mês preferencial de férias até porque prefiro alturas do ano onde haja menos gente nos principais pontos turísticos e adoro a calma da cidade neste mês. Gosto sobretudo de Agosto por aquilo que representa para mim.

Em miúda era o mês das férias a sério. Enquanto em Julho havia ATL e consequentemente horários, Agosto era mês de ficar por casa e passar a tarde a dar passeios com as amigas.

Depois eram as noites de festas da minha vila. O som nas ruas, os dias quentes e as noites frescas típicas daquela região do Ribatejo. O cheiro a eucalipto usado nos telhados das barraquinhas, o fogo de artifício, a procissão de Domingo e as típicas cavalhadas de Segunda Feira à tarde sob um Sol abrasador.

Por fim, enquanto os dias passavam tranquilos. lá chegava o final do mês e com ele o aproximar do início da escola. E é esse momento tão propício a recomeços que o final de Agosto me representa... e como gosto desta sensação.

Porque ele é o "desfilar de dias" leves e sem muita confusão antes da retoma de uma vida corrida, tão longe do ritmo tranquilo deste mês do ano.

E por aí, qual a vossa relação com o mês de Agosto?

Um grande beijinho e até ao próximo post!

cathy-vanheest-JvSvjXoHkwA-unsplash.jpgPhoto by Cathy VanHeest on Unsplash

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Um pensamento nos avós

Tive a sorte de ter crescido lado a lado com os meus avós. Tenho ainda mais sorte de, aos 32 anos de idade,  contar com 3 deles ainda na minha vida. 

Foi-me permitido partilhar com eles momentos tão especiais como a minha entrada na faculdade, a minha licenciatura e o meu casamento. Os três com os seus problemas de saúde mas presentes e a aproveitarem o momento. 

Hoje em dia a distância física que já existia por eu viver longe triplicou devido às restrições de viagens e isolamento social. Se ainda há um ano ir a Portugal era relativamente fácil e barato, as coisas complicaram-se depois e não estão sequer perto de melhorar... 

A verdade é que, desde há alguns tempos, a ideia do "será que ainda os volto a ver?" me atormenta um bocadinho. E por isso mesmo tento compensar isso com mais telefonemas regulares e videochamadas (quando existe a possibilidade de um intermediário). Não equivale nem de perto nem de longe a um beijo e um abraço apertado mas pelo menos já aquece um bocadinho o coração e dá aquela ideia de estar próximo, mesmo longe. 

E os nossos avós estão a sofrer com esta solidão forçada, muitas vezes complicada pela impressão de que deixá-los seguros é deixá-los isolados. 

O que vos quero deixar hoje é uma lembrança para ligarem aos vossos avós, ou para visitá-los com cuidados mas com carinho. Porque os nossos avós, que nos ajudaram a construir tantas memórias, também precisam delas para viver e nós somos a maior prova viva de muitas dessas recordações.

E em época de interdição de afetos físicos que os sentimentos deixem de ser expressados. Porque todos nós precisamos uns dos outros especialmente daqueles que nos são tanto.  

E vocês já pensaram nos vossos avós hoje?

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Photo by Sheggeor laker on Unsplash

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