As "cinco linguagens do amor" é uma teoria sobre sentimentos e relações que me diz bastante.
Se ficou conhecida na altura devido ao "boom" dos livros de autoajuda, só muito recentemente o reli e lhe descobri o seu verdadeiro potencial. Aquela velha história de que precisamos de uma certa bagagem para compreendermos algumas coisas.
Esta teoria foi popularizada na Europa por Gary Chapman, autor, conselheiro matrimonial, conferencista e pastor da igreja baptista americana, em 1997.
A ideia é simples. Tal como todos temos personalidades diferentes também a nossa forma de dar e receber amor é diferente em função da nossa linguagem. Uns somos mais sensíveis ao toque, outros às palavras valorizantes, alguns sentem-se amados quando lhes prestam algum serviço. Existem ainda aqueles para quem os presentes são a maior expressão de amor e outros para quem o tempo de qualidade é fundamental.
Respeitando a individualidade de cada um existem "dialetos" de linguagem diferentes pelo que uma pessoa cuja linguagem seja "serviços prestados" pode ser extremamente receptivo a uma deliciosa refeição enquanto outra pode ser mais sensível a que o companheiro ou companheira tome em mão a responsabilidade de levar o lixo para a rua ou passar a ferro.
Segundo o Dr. Chapman é pouco comum os dois elementos do casal possuírem a mesma linguagem do amor, pelo que se não fizerem atenção ambos vão dar o melhor de si sem que o outro se aperceba do gesto e da mensagem que lhe está associada.
A sugestão do autor e dos seus pares passa essencialmente por conhecer a sua própria linguagem do amor em primeiro lugar e de seguida tentar descobrir qual é a principal linguagem do amor do outro. Para nos ajudar nesta tarefas parte-se do principio que cada um terá tendência a mostrar o seu apreço aos outros na sua linguagem de amor principal.
O Halloween é uma festa que nos foi trazida da América do Norte e que hoje em dia é um incontornável do Outono um pouco por toda a Europa.
Por ter um carinho especial por esta festa e excelentes memórias de longos anos de festejos partilho convosco três boas razões de também a festejarem desse lado, sobretudo em famílias onde há crianças e adolescentes.
Se vive numa região onde a tradição do "bolinho" ainda está presente (o que não é o caso da região de onde sou natural) os argumentos podem ser exatamente os mesmo, apenas com alguma adaptação.
- Tempo útil passado longe dos ecrãs:
O Halloween é uma daquelas festas que motiva a pequenada. E é também uma excelente ocasião para os tirar da frente dos ecrãs e os implicar na organização da festa, seja na decoração da mesa, na preparação das refeições ou na confessão dos disfarces.
- Estimula a criatividade:
Quem diz decoração, disfarces, refeições "assustadoras" ou mesmo partidas diz forçosamente criatividade e imaginação a funcionar. É também uma excelente forma de fazer perceber aos pequenos que sem até uma pequena comemoração familiar exige planeamento, trabalho e investimento para acontecer.
- Alegria e Bom Humor:
A vida nem sempre é um mar de rosas e, por isso mesmo, parece-me fundamental aproveitar todos os pequenos momentos para criar grandes memórias que serão o nosso principal "combustivel" na hora de atravessar as tempestades. E também porque alegria e bom humor são sempre boas fontes de energia para os nossos dias.
E por aí têm o hábito de festejar Halloween? Qual a vossa boa razão para o fazer?
Com os dias mais frescos, a vontade de ficar mais por casa aumenta. Mas isso não significa que não vejamos os nossos familiares e amigos. Antes pelo contrário, pode ser uma excelente oportunidade de convidar as "nossas pessoas" cá para casa.
Sempre cresci num ambiente onde "há sempre um prato para mais um" e isso faz com que receber visitas seja algo natural.
Mais tarde, devido à minha curiosidade assumida pelas "arts de table" e questões de protocolo e boas maneiras assim como uma tendência natural para filosofias "de vida" como ohyggedinamarques fizeram com que me apaixonasse verdadeiramente pelo ato de receber.
No entanto sei que nem toda a gente, seja por falta de hábito ou por excesso de perfecionismo, se sente à vontade no momento de receber visitas e a ideia deste post é exatamente "desmistificar" isso.
Em primeiro lugar devemos ter em mente que não precisamos nem de um serviço de porcelana ao melhor estilo do Palácio de Buckingham nem ter um mordomo. É a vontade de honrar as "nossas pessoas" que mais importa assim como um certo orgulho no que se tem e se é, mesmo quando esse "tem" nos parece pouco.
Quando pensamos em convidar devemos refletir a quantas pessoas podemos acolher e com que intenção o fazemos. Por exemplo se queremos pôr a conversa em dia com as amigas e temos 3 lugares sentados no sofá mais vale convidá-las apenas a elas, deixando os possíveis respectivos companheiros e filhos para uma próxima oportunidade, provavelmente cada família na sua vez.
Outra coisa a pensar é "onde servir o lanche"? Se a ideia for uma mesa farta, à boa maneira portuguesa, talvez a mesa da cozinha ou da sala de jantar são as melhores apostas. Se voltarmos ao exemplo anterior do lanche com as amigas, a mesa da sala será totalmente apropriada, com a vantagem de que torna o momento mais acolhedor e confidencial.
No que toca ao lanche propriamente dito chá e café serão mais do que suficientes, assim como um bolo e alguns chocolates ou frutos secos. Se como bons portugueses um salgado vos faz falta ao lanche não se acanhem. No que toca a lanche "vossa casa, vossas regras".
Engane-se quem acha que louça especial é necessária para receber. Se tiverem algum serviço de chá ou uma qualquer prenda de casamento ou "de enxoval" guardada dentro do armário não se privem de a usar mas senão a vossa louça de todos os dias será perfeita.
Pessoalmente sou muito sensivel aos pormenores e acho que vale a pena apostar em pequenos esforços como uma pequena decoração de mesa (em modo DIY serve perfeitamente) e uma toalha limpa e engomada. A comida servida pode ser do comércio sem problema nenhum mas acho que deve ser retirada das embalagens e servida num prato ou taça. Pode parecer coisa pouca mas estou convencida de que tudo fica mais apetitoso e os convidados ficaram sensibilizados por esse esforço adicional.
A música baixa e algumas velas acesas, sobretudo nestes meses mais frios, também ajudam tornar o ambiente ainda mais acolhedor. E não é isso o mais importante?
E por aí, quando tiveram visitas para o lanche pela última vez?
O Outono é, desde há alguns anos para trás, a minha estação preferida do ano. E uma das grandes razões disso é que, depois da euforia da época estival, sabe bem voltar a um ritmo mais tranquilo e confortável.
Para mim Outono rima com cores quentes, com velas, mantas e arranjos naturais, de preferência feitos com tesouros naturais encontrados durante os passeios. Os bolos caseiros, as bebidas quentinhas e o cheiro a castanhas e a canela dão -lhe um cheiro especial, à mesa e fora dela.
O que me proponho a trazer-vos hoje é uma pequena compilação de inspirações para decorar a casa para esta estação. Se quiserem ver mais não deixem de passar pela versão 2022deste tema!
E desse lado gostam de decorar a casa em função das estações do ano? Qual a vossa inspiração preferida?
Ressalvo a ideia de que não, não é preciso comprar nada de propósito. O que é preciso é trazer mais conforto e "quentinho" à decoração de forma a que nos sintamos ainda melhor dentro de nossa casa e não precisamos de gastar necessariamente dinheiro com isso.
Já vos falei seguramente disso por aqui mas adoro o Outono. O Cheiro a canela, as cores da natureza e os primeiros dias mais fresquinhos.
Por gostar tanto desta altura do ano tenho sempre uma pequena lista de coisas que tenho vontade de fazer. E é essa lista que partilho convosco hoje.
Testar uma receita de Cinnamon Rolls:
Estes bolinhos de canela são deliciosos e rimam perfeitamente com os dias mais frios. Nesta estação gostava de experimentar confeccioná-los em casa. Depois dou-vos notícias ;)
Apreciar as cores de Outono:
Passear em bosques, nas vinhas coloridas ou nas montanhas são sempre ótimas atividades para os Sábados e Domingos à tarde e no Outono com as suas maravilhosas cores torna-se ainda mais bonito. Por isso toca a largar o telemovel e a ir passear, nem que seja no Parque ao lado de casa.
Decorar a casa para o Outono:
Se decidirem aproveitar a ideia anterior tragam bolotas, castanhas, pausinhos ou folhas e criem o vosso centro de mesa outonal. É barato, exige pouco trabalho e dará muito mais conforto e cor à casa. Se a ideia vos interessar conto publicar na próxima semana as minhas melhores inspirações de decoração de Outono, não a percam ;)
Ler um livro acompanhada de uma manta e um chá quentinho:
Este sonho de Outono é dos mais fáceis de realizar. E eu estou disposta a usar e abusar dele por estes lados. E por aí existe alguma pilha de livros pronta para estes dias?
Receber amigos para o lanche:
Receber amigos em casa é algo que caiu um pouco em desuso. Preferimos marcar um café na rua ou então nem nos lembramos disso. Mas receber amigos em casa é uma ótima forma de os honrar e de criarmos laços ainda mais estreitos. E um bolo caseiro e uma mesa cuidada são suficientes para que o momento seja excelente. A ideia interessou-vos?! Ainda bem porque conto fazer um post também sobre o assunto...
E para vocês que elementos fazem parte da vossa bucket list de Outono?
Muito se fala e escreve sobre organização e estabelecimento de objetivos. Que para termos uma vida mais cheia e interessante é preciso planificar tudo e mais alguma coisa. Mas será que é mesmo assim?!
Esta reflexão saiu diretamente de uma longa discussão (no bom sentido do termo, claro) cá em casa e achei que seria um excelente tema para acabar este mês de Setembro, numa altura em que as rotinas já estão estabelecidas e as nossas boas intenções do regresso ao trabalho já um pouco esquecidas.
Em primeiro lugar gostaria de deixar bem claro que sou sim a favor da planificação pois, tal como tão bem o diz Lewis Carroll em "Alice no País das Maravilhas", "se não sabe para onde vai qualquer caminho serve". Aliás já vos falei aqui no blogue do método "Bullet Journal" que uso para a minha organização pessoal.
No entanto acho que a planificação completa como o "santo graal" do sucesso garantido não nos deixa espaço acolher as surpresas boas e más da vida para além de que se pode tornar altamente culpabilizante.
É importante sim olhar para o objetivo com vontade de o agarrar mas se não aproveitarmos a viagem que sabor terá a chegada à meta? Para além de que querer controlar o tempo pode ser extremamente frustrante já que imprevistos acontecem e, sejamos honestos, por mais que nos esforcemos cumprir listas de coisas a fazer de uma centena de itens todos os dias é humanamente impossível.
A conclusão da nossa discussão cá em casa é que planificação sim mas com espaço para surpresas boas e más. E sem culpas já que a ideia do "podes ser o que quiseres" sempre e em todas as frentes é também ela pouco honesta... mas isso será tema de outra reflexão!
Sou uma fiel defensora do poder que a nossa imagem tem sobre nós mesmos e tudo o que nos rodeia. Acredito que é a melhor forma de fazermos passar a nossa mensagem ainda antes de abrirmos a boca e é também uma forma rápida e eficaz de honrarmos quem está à nossa volta.
Não estou a dizer com isto que temos de ter um armário de sapatos como Carrie Bradshaw ou um guarda roupa do tamanho do da Kate Middleton. Sinceramente acho que quanto mais simplificado e limpo for o nosso armário maiores as chances de utilizarmos tudo o que temos da melhor maneira possível!
Hoje trago-vos cinco dicas de organização para ter um armário eficaz e que me ajudaram a vestir-me bem todas as manhãs sem "bater com a cabeça nas paredes".
- Eliminar o que está a mais: Este item está presente em todas as listas que abordam esta temática e não é por acaso. Tirar todas as peças que estão estragadas ou a precisar de arranjos, o que já não serve ou aquilo que não nos faz sentir bem é meio caminho andado para nos facilitar a tarefa;
- Compartimentar o armário: Este item é um bocado em contra-corrente mas defendo que devemos ter um armário de Primavera-Verão e outro de Outono-Inverno. Para facilitar ainda mais a escolha da roupa ideal, eu divido a minha roupa em "dias de semana", "fins de semana" ou "ocasiões especiais" (por exemplo um jantar a dois). Assim quando preciso de uma roupa para ir trabalhar sei exatamente onde ir buscar.
- Auto-avaliar-se: Quero ou preciso passar uma imagem de poder, de doçura, de criatividade? Essa é a primeira pergunta a que devemos tentar responder. As seguintes são que cores e texturas me vão melhor ou que morfologia tenho? E a última qual a proporção que preciso de roupa para cada papel que desempenho na minha vida? Estas questões ajudam e muito na hora de organizar o armário e de se sentir bem com o que se veste.
- Preparar tudo ao fim de semana: A ideia de que preparar a roupa de véspera é excelente mas cá em casa não resistiu ao nascimento de uma criança. Por isso é ao Domingo que preparo tudo o que preciso ao longo da semana inclusive acessórios.
- Simplificar-se a vida: Quanto mais simplificado for o closet mais fácil será escolher o que vestir e quando vestir. Ter uma mala de excelente qualidade e utiliza-la todos os dias para ir trabalhar não é um drama, antes pelo contrário é um ganho de tempo considerável e o risco de esquecer o que quer que seja reduz bastante. Igual para o casaco ou outros acessórios. Por isso simplifica o mais possível sem medo...e quando os elogios começarem a chegar vais perceber que fizeste a boa escolha.
Deixo-vos uma última dica "bónus" que é aceitem os elogios que vos fizerem sem comentários do género "ah, essa roupa é tão velha...". Um simples obrigado dito com sinceridade é a coisa mais bonita e elegante que podemos juntar a uma bem escolhida.
E por aí quais são as vossas dicas para facilitar a tarefa de vestir sem colocar em causa a imagem que se deseja passar?
Hoje em dia as razões para utilizarmos os transportes públicos são mais do que muitas. E quando são acessíveis os transportes públicos podem ser excelentes opções para o dia a dia de todos os membros da família.
Quando o nosso filho nasceu era óbvio que retomariamos a nossa rotina diária para os trajetos casa-trabalho em transportes públicos, sobretudo porque a creche do menino fica bastante perto do meu trabalho.
O carrinho de bebê pode entrar em alguns transportes mas o marsúpio pode ser uma solução mais vantajosa na maioria dos casos, pelo menos enquanto a criança for pequena.
As nossas viagens diárias são normalmente em família o que nos permite conversar calmamente já que estamos todos mais ou menos "frescos" e disponíveis uns para os outros, ainda sem o stress do dia de trabalho.
O regresso a casa, pelo contrário, é o nosso momento de mãe e filho. Lemos livros, cantamos canções e ele aprende imensas coisas como cores, formatos, peças de vestuário e por aí fora.
O facto de cruzarmos sempre as mesmas pessoas faz com que tenhamos a oportunidade de socializar e de conversar com pessoas diferentes daqueles de quem nos aproximariamos à primeira vista. E isso é enriquecedor para nós dois.
Fazem-me muitas vezes a seguinte pergunta: "e para o menino não é muito difícil?". Sinceramente não! Sim, os Invernos são rigorosos e nesses dias tem de estar convenientemente vestido, e quando faz calor ando com o protector solar, água termal e água para beber dentro do saco mas é tudo uma questão de adaptação. Ele está habituado e acredito sinceramente que prefere estar ali connosco disponíveis do que de costas para ele a reclamar com o trânsito.
Também é certo que nem tudo é um mar de rosas e que os atrasos, as condições meteorológicas e a falta de civismo são desesperantes. Mas são raros os dias em que corre mal e a viagem é normalmente agradável para todos.
Também há os dias em que as condições são perfeitas e o miúdo está incomodado, chora ou faz birra. Nesses casos coração ao largo! É uma criança e tem direito a estar nos dias maus dele. O adulto que reclama ali perto também não está forçosamente num dia muito bom...
No entanto livros, brinquedos e até umas bolachas podem ser bastante úteis numa viagem de transportes públicos, sobretudo quando ela é grandinha...
No nosso caso estamos a 40 minutos de viagem com uma correspondência e não estamos perto de abandonar esta rotina.
Um dos meus principais defeitos é o querer tudo para ontem. E se é verdade que faço o que posso para reduzir o seu impacto no meu dia a dia continuo a fazer sentir sobre mim e sobre os meus o peso da minha impaciência.
Estou, no entanto, convencida da importância do saber esperar nas nossas vidas (e do tanto que essa história de paciência está esquecida num canto da nossa memória).
Para mim alguém paciente é alguém que mantém os pés bem assentes na terra e não passa a vida "prego a fundo". Em contrapartida é alguém que sabe apreciar a chegada à meta.
É alguém que opta pelo que lhe faz bem seja qual for o tempo que isso lhe demore e que até sabe apreciar o caminho percorrido.
É também aquela pessoa que dá valor à relação humana, não se chateia à primeira, sabe respeitar o tempo do outro e acredita no melhor de quem está à sua volta. Quantas relações amorosas, familiares ou de amizade seriam bem mais simples se a paciência estivesse mais presente nas nossas vidas?
Esperar para vestir aquela roupa nova numa ocasião mesmo especial, não comprar algo por impulso ou ler um livro sem espreitar o fim são alguns dos desafios que nos podem levar a compreender a paciência e a sentir a realização que ela pode trazer à nossa vida.
Ser paciente, mostrou-me a vida adulta, é a mãe de todas as virtudes. E que mais simples seria a nossa vida com ela...