Durante a gravidez passei algum tempo a procurar informação sobre os "essenciais" para a chegada do bebé. Coloco o termo "essenciais" entre aspas porque o que eles precisam mesmo é de colo e amor, o que comer, onde dormir e o que vestir.
Hoje decidi também eu apresentar-vos cinco coisas que usei muito nos primeiros meses do bebé (para além do carrinho, da cama e da cadeirinha do carro). Espero que este artigo possa dar algumas informações interessantes a quem delas precisar.
Marsúpio (ou sling):
O Marsúpio foi sem dúvida uma das coisas que mais utilizámos com o nosso menino, fosse para passeio fosse para o acalmar durante as primeiras semanas de vida. É prático e um meio de transporte todo o terreno com o bebé. Rentabilizámos tanto que ainda agora o utilizamos para as viagens de avião já que é mesmo muito útil para as deslocações no aeroporto.
Pessoalmente preferimos o Marsúpio ao sling porque não nos sentiamos à vontade com a segunda opção mas é claro uma escolha própria a cada casal.
Tapete de Atividades:
Como fisioterapeutas de profissão pareceu-nos uma evidência a necessidade de um tapete para o nosso filho e isso desde pequenino. Se um cobertor faz efetivamente o mesmo efeito, o facto de ser almofadado, de ter cores e texturas diferentes são excelentes instrumentos de estímulo e facilitam o desenvolvimento neuro-motor do bebé.
Escorredor de Biberons:
Apesar de ter um projeto de amamentação esse não correu como previsto e desde cedo tive muita "louça do bebé" para secar. E o escorredor de biberons ajudou-nos a dar um ar mais organizado a isso tudo, especialmente quando tínhamos todo o material da bomba de extração de leite e os dois biberons que o bebé usava em cada refeição, ou seja a cada três horas. Para ajudar escolhemos um modelo bem colorido para ser ainda mais bonito.
Sistema Isofix:
Não é provavelmente prioritário e é bastante caro mas entre a segurança e a praticabilidade que dá ao ovo do bebé damos por bem empregue o investimento.
Almofada de amamentação:
Já vos falei dela aqui mas ainda hoje ela nos acompanha. Para amamentar, na hora de dar o biberon, para ajudar no posicionamento do bebé ou para tornar mais confortáveis os momentos longos de colo como a "hora da bruxa" esta almofada continua a ser bastante útil.
E por aí, o que foi mais usado durante os primeiros seis meses de vida do bebé?
Um grande beijinho e até ao próximo post.
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A maternidade consegue colocar do avesso a vida de qualquer pessoa. E se de um lado há um cansaço que se acumula e que é difícil de gerir, especialmente ao início, por outro lado traz momentos muito intensos e aprendizagens gigantes. Comparo a minha ainda recente condição de mãe a ser submersa por uma onda gigante que parece nunca ter fim.
Não posso deixar de confirmar que o meu filho é a melhor coisa que tenho no Mundo. Os seus sorrisos, gargalhadas, conquistas e deslumbramentos têm em mim um efeito tónico especial e completamente inédito. Mas a maternidade, para além de me ter transformado em "Mãe" também mexeu intensamente na minha feminilidade.
Sem pensar muito direi que me tornei mais forte mas ao mesmo tempo mais protetora em relação a quem amo. Passei também a tentar ser mais corajosa e justa com o que se passa à minha volta.
Aprendi a aceitar o meu corpo, mesmo com as suas imperfeições. Afinal ele conseguiu dar vida e isso já é mais do que motivo para sentir gratidão. (re)Aprendi e (re)descobri o prazer de escolher o que vestir, como me maquilho, como me cuido... afinal a imagem que quero ter é também a imagem que lhe quero transmitir a ele.
Ser mãe ensinou-me a relativizar, a aceitar as muitas tonalidades de cinza que existem. A procurar beleza em tudo, mesmo tendo consciência de que nem sempre o Mundo seja tão belo como gostaria. E daí nasce uma crença, como uma força destrutiva que me faz acreditar que é o amor e a beleza que podem trazer reais mudanças no Mundo.
Ser mãe desenvolveu-me a paciência e capacidade de compreensão. E mostrou-me que, mesmo quando não sou nem tão paciente nem tão compreensiva como gostaria, sou tão digna de perdão como qualquer outra pessoa.
Ser mãe ajudou-me a redescobrir-me e a assumir aquilo que quero e gosto, custe o que custar. A aceitar o que não pode ser mudado para já e a fazer-me mais confiança do que nunca.
Ser mãe não transformou a minha vida em azul, nem em rosa. Fez dela um arco-íris de mil cores em que todas elas fazem partes juntas.
E se não é preciso ser mãe para mudar, no meu caso foi uma enorme transformação).
Sabes filho um dia vais perceber que as pessoas que mais amas podem ser as que mais te magoam. E que tu também as magoarás quando chegar a tua vez.
Também vais aprender que a confiança é fundamental mas que ainda preferimos omitir ou esconder cheios de boas intenções mas claramente enganados.
Vais conhecer gente maravilhosa sozinha, colocada de lado, e gente sem eira nem beira seguida e aclamada por grupos de pessoas... a ti de perceber quem realmente interessa. Se aquele que todos seguem por ignorância ou se aquele que não se deixa ir na cantiga de todos.
Serás com certeza surpreendido pela negativa exatamente quando e por quem menos estavas à espera mas em contrapartida a vida encarregar-se-à de colocar no teu caminho quem precisas, mesmo que isso nem sempre te pareça óbvio. Terás de abrir os olhos e o coração e dar muitas vezes o corpo às balas para ver quem aparece.
Sabes filho, toda a gente tem como objetivo de vida "ser feliz" mas esquecem-se que só pode haver flores na Primavera se o Inverno for suficientemente chuvoso para isso. Que todos queremos ser boas pessoas, empáticos e frontais mas que nos afogamos tantas vezes no nosso dia a dia e no nosso ego e não estamos tanto aí para quem está à nossa volta quanto gostaria.
Sabes filho, vou de certeza errar muitas vezes. E vou também desiludir-te e perdoar-te sempre que quem foi desiludida fui eu. Não te vou proteger de tudo, não que não o queira, mas porque há aprendizagens que só se podem fazer sozinho e indo de frente contra a parede.
Sabes filho, aquilo que te digo pode parecer frio e insensato, mas o meu único objetivo é fazer de ti o melhor de mim... e de preferência bem melhor do que eu!
O meu menino já ultrapassou o meio ano de vida. Parece que foi ontem que aqueles olhos expressivos me olharam pela primeira vez. Aqueles olhos de uma criança pronta a conquistar o Mundo mas, sobretudo, o coração da mãe.
Estes foram os seis meses mais intensos da minha vida. Duros mas maravilhosos, cheios de aprendizagens e muito brilho nos olhos.
Nada nem ninguém nos prepara para a maternidade/paternidade. Nem as conversas com os (já) pais, nem a gravidez e muito menos os livros ou as redes sociais. Esta é uma aprendizagem de terreno que nos coloca em causa o tempo todo..
Desde que ele nasceu percebi finalmente porque é que, para os pais, o tempo passa extremamente rápido. Admito que enquanto me encho de orgulho das suas novas conquistas me digo que estes meses deviam ter sido multados por excesso de velocidade.
Emociono-me todos os dias com o sorriso aberto com que me recebe, a forma como interage com adultos e crianças na creche.
Espanto-me com a facilidade com que ele me faz esquecer o cansaço e a frustração, especialmente nos dias em que teimo em ser a "Mãe Perfeita" e, como é óbvio, não consigo.
Descobri com ele que posso fazer confiança ao meu instinto e que, mesmo que me engane, ele me perdoará. Também percebi como pode ser irritante ter um mini me com os mesmos defeitos que nós (faz birras de sono exatamente como a mãe).
O meu filho ensinou-me também que na educação não há dogmas, apesar de as técnicas de educação e as ideias relacionadas à parentalidade positiva estarem tanto em voga e todos os conselhos que nos oferecem (mesmo quando não perguntamos nada). O que funciona para uns não funciona para outros e tanto melhor assim.
Ao mesmo tempo perdi a vontade de dar as minhas opiniões sobre a performance dos outros pais... os miúdos fazem-nos duvidar das nossas certezas com extrema rapidez.
Uma colega disse-me recentemente que a única receita que tinha para educar os filhos era bom senso e fazer-se confiança, por muito difícil que isso seja. Desde aí tento levar isto como um mantra, especialmente nos dias mais difíceis.
Isto de ser mãe de primeira viagem tem muito que se lhe diga. É difícil, cheio de descobertas mais ou menos surpreendentes e algumas frustrações mas é também maravilhar-se todos os dias com os progressos dele e os milhares de fotos na galeria do telemóvel (e ter vontade de as mostrar a toda a gente...).
Uma coisa é certa nunca fiz nada tão exigente mas, ao mesmo tempo, tão maravilhoso!
O nosso menino está a crescer a olhos vistos e, desde a semana passada, já está na creche (sim, sim... mesmo que isso deixe o coração dos pais apertadinho). A distância a que já estamos do pós-parto permite-nos avaliar, com a cabeça fria, os problemas dos primeiros dias e partilhamos convosco algumas das nossas falhas ou de coisas que se tornaram essenciais a nossos olhos.
Nem tudo o que vamos falar é material e sobretudo é uma mera opinião pessoal que não compromete que nós os dois enquanto casal e pais de um menino de 3 meses.
Algumas destas coisas foram-nos ditas nas aulas de pré-parto e as outras por amigos mas nunca é demais relembrar, especialmente porque com tanto avisos falhámos em tanta coisa...
(Queria relembrar uma coisa, especialmente para os pais de primeira viagem como nós e que têm tendência a desesperar durante os primeiros tempos, que a querida Anitadizia muitas vezes nos comentários que me deixava "Os primeiros dois meses são os mais dificeis, depois tudo fica mais fácil" e ela tinha imensa razão. Um enorme beijinho para ti e obrigado pela força)
Preparados?
- Comprar roupa suficiente e mesmo em tamanhos pequenos:
Queriamos ser "minimalistas" no que toca a roupa e acabamos por não ter roupa suficiente para o bebé. Claro que podiamos ter comprado mais a qualquer momento mas visto que ficamos mais tempo na maternidade do que o previsto a roupa nem para esses dias chegou e o pai teve de fazer milagres para tentar manter tudo em ordem.
Pela mesma ocasião, e apesar de nos aconselharem sempre a comprar roupa de um mês "porque um bebé cresce muito depressa", a verdade é que o nosso filho nasceu mesmo mesmo pequenino e a roupa de um mês ficava-lhe enorme. Por isso se tivessemos umas coisitas de tamanho 0 não se tinha perdido nada;
- Não exagerar nos "consumíveis":
Discos de amamentação, fraldas, chupetas e por aí fora são coisas que mais vale esperar antes de fazer stock. Nunca sabemos o que nós e o nosso bebé toleramos ou não e, numa fase em que os gastos são muitos, tudo o que fica parado é dinheiro empatado. E nós ainda ficámos com algum dinheiro empatado...
- Comida Congelada... Muita!:
Se, como nós vivem longe da família (ou mesmo que vivam perto) abusem nas reservas de comida congelada. Cozinhar é, de facto, uma das maiores dificuldades destes dias e a carga mental é bastante diminuida por termos o que comer.
- Moderar os contatos:
Os primeiros dias com um bebé são uma espécie de "tsunami". Lembro-me que recebi muitas mensagens de felicitações mas não consegui responder a nenhuma... estava demasiado centrada no meu bebé. E se as mensagens e os telefonemas não foram ainda mais deve-se sobretudo à moderação que fizemos.
Por isso aconselho-vos mesmo a moderarem os contatos com o exterior. Os primeiros dias são de "bolha" para que pais e bebé (e possíveis irmãos e irmãs) se conheçam. A não ser que tenham mesmo vontade de partilhar tudo desdo o início com a família mais alargada ou amigos, claro...
- Descansa muito e tira tempo para ti:
Esta é dos maiores clichés que podem existir e todas nós sabemos que, no final da gravidez, dormir não é das coisas mais fáceis. Mas aproveitem todos os bocadinhos de sossego para se repousarem, lerem um livro ou tratarem de vocês. Depois haverão novas prioridades...
- Tempo para o Casal:
Sabem a vossa vida de casal, com jantares românticos e conversas intermináveis? Pois, vai reduzir drasticamente ou mesmo ficar em stand by durante uns tempos... por isso aproveitem enquanto podem porque os próximos meses não vos darão muito tempo para isso.
E não se esqueçam que não é por acaso que a taxa de separações após o nascimento de um bebé é enorme e que as relações só avançam se forem acarinhadas e se houver paciência e compreensão entre os dois mesmo nos dias mais dificeis.
- Desliga-te das redes sociais...
Sobretudo se te começares a sentir uma nódoa por tudo e por nada. Os criadores de conteúdo passam-nos apenas uma imagem e também tem problemas e não é porque alguém diz que tens de fazer assim, que tens de fazer assim.
És tu a mãe/pai e és tu que sabes o que é melhor para ti, o teu bebé e a tua família e, por muitos boas intenções que as pessoas tenham (como eu, com este post) podem fazer-te duvidar de ti própria e das tuas escolhas.
- Não fiques bloqueada nas tuas decisões anteriores:
Mesmo que queiram muito amamentar até tarde prevejam biberões e uma latinha de leite, mesmo que estejam decididos a usar apenas fraldas laváveis tenham em casa um pacote de fraldas clássicas... Todas as decisões anteriores podem ter de ser revistas quando o bebé estiver cá fora por isso facilita-te a vida de avanço, sem culpas nem sensação de "falhanço".
- Aprende a fazer-te confiança e a perdoar-te:
É fácil perder a autoconfiança sobretudo quando damos conta que estamos a cometer erros. Mas isso é mais uma aprendizagem que podemos transmitir aos nossos filhos: ninguém nasce ensinado e cabe a cada um de nós dar o melhor de si próprio para crescermos juntos, perdoarmos e sermos felizes como uma família deve ser.
E por aí, qual o maior receio e a maior surpresa desagradável com a chegada de um bebé?
O Outono chegou para ficar, o pequeno já está a adaptar-se à creche e eu não tarda regresso ao trabalho. Foram dias que passaram a uma velocidade assustadora, acho que nem dei por eles.
Estou a fazer os possíveis por aproveitar estes últimos dias de família a tempo inteiro. Deixei de lado os mantras, as páginas de instagram de parentalidade positiva e de super mães e decidi-me a fazer as coisas com serenidade e ao feeling, sem pressões nem culpabilizações e sobretudo sem grandes margens de comparações.
Os dias passam e estou a aproveitar cada segundo para me lembrar de que nada será como dantes mas que, apesar das dificuldades, os dias ganharam uma nova cor.
Agora vai ser preciso levar essa cor para o dia a dia, sem perder o norte. E se não for perfeito, não faz mal... a vida é eterna aprendizagem e uma família que se preze perdoa e aprende com os erros dos outros.
E agora que os dias passam, as horas correm... eu aproveito cada segundo
Aproveitamos que estávamos os dois em casa para ir tratar do cartão do cidadão do herdeiro ao consulado. Sendo que não vamos a Portugal há praticamente um ano não queremos colocar em causa a possibilidade de ir pelo Natal e decidimos ir tratar do assunto, especialmente porque o cartão do cidadão deve ser feito nos primeiros vinte dias de vida de uma criança.
Infelizmente o herdeiro anda numa fase em que acha que o mundo é muito divertido e que dormir é uma autêntica perda de tempo pelo que as sestas, tão necessárias nesta ideia, são esquecidas e depois temos de lidar com do "tenho sono mas não quero dormir".
Durante o tempo de espera (muito atrasado, mesmo com hora marcada) e com os estímulos que vinham de todos os lados, a certa altura o pequeno desatou num pranto e ficou impossível de consolar muito por causa do sono acumulado.
Enquanto a funcionária que nos atendeu foi um poço de amabilidade e com uma paciência infinita, compreendendo que aquilo não estava a ser fácil de gerir, fez o melhor que pode para simplificar as coisas, a colega do guichet do lado, depois de soprar umas quantas vezes e praguejar mais algumas, perguntou-me descaradamente se não tinha ao menos água para dar ao miúdo.
Foi a primeira vez que alguém me fez claramente um julgamento pela forma como lido com o meu filho e fiquei nem sei bem como (entretanto, e sem me conseguir conter, respondi-lhe sem medir a educação das minhas palavras).
Se se ficasse só pelos suspiros ainda passava mas interpelar a mãe, neste caso eu, sobre o que deve ou não fazer é um limite que nunca acreditei que alguém conseguisse passar, especialmente quando o atraso foi deles e eu estava a fazer todos os possíveis para o acalmar e despachar as coisas o mais depressa possível...
Considero que existem duas razões para as pessoas fazerem julgamentos de valor sobre este assunto, sendo que uma delas é a falta de conhecimento e a outra puro azedume.
Para o segundo não há solução e para o primeiro o meu filho, em menos de três meses, já me ensinou o antídoto: muita paciência e meter todas as opiniões sobre a educação dos outros num sítio que nós cá sabemos...
Se estivessemos todos mais dispostos a colaborar e menos a julgar os outros, seja porque razão for, o Mundo seria um local bem mais agradável e encontraríamos bem mais soluções para os seus problemas. Porque a única coisa que aquela senhora conseguiu foi enervar-me mais ainda a mim e em consequência irritar ainda mais o meu filho fazendo-o chorar ainda mais. Ou seja ninguém ganhou nada com o negócio...
E por aí, qual foi o julgamento mais ridículo que vos fizeram ou que vocês fizeram enquanto não tinham filhos?
Este post já tinha sido prometido em Maio, via instagram, mas confesso que procrastinei um bocado e só agora o consegui fazer...
A Caixa do Pai, que traduzi do francês "Boîte à Papa", consiste numa "box" com alguns presentes para o pai. Apesar de inicialmente não ter achado piada à ideia... a verdade é que estou contente por ter tido a oportunidade de mimar o meu marido e sei que ele também apreciou muito a atenção.
Para criar a minha "box" aproveitei uma caixa de uma encomenda e decorei-a. Para os presentes optei por coisas simples e pequenas, mas as opções são inúmeras, depende da imaginação e do budget de cada um.
Num cartão escrevi as regras da caixa e cada presente continha a sua própria etiqueta com uma piada ou a razão de ter colocado aquilo por lá. Aproveitei para escrever um postal com algumas coisas que lhe queria dizer antes da aventura começar.
Tinha-o prevenido alguns dias antes que tinha uma pequena surpresa para quando o nosso filho nascesse e disse-lhe onde estava escondida quando ele foi para casa, na noite em que o bebé nasceu.
Como presentes optei por coisas simples que lhe possam ser úteis no papel de Pai. Um livro de histórias, um manual do bebé, um porta-chaves e algumas guloseimas. Estas últimas foram particularmente apreciadas :)
Outras opções a colocar na caixa podem ser moedas para a máquina de café do hospital (eu fiz isso mas tinha-a dentro da mala da maternidade), raspadinhas com os signos dos pais e do bebé, diplomas ou pequenas ajudas como paracetamol (para as dores de cabeça) ou uma mola da roupa para os cocós mal cheirosos. A cada um de usar a imaginação e levar a coisa para um lado mais sério ou mais de brincadeira.
E aqui vos deixo esta pequena ideia para mimarem os futuros papás. Afinal com o nascimento de um filho também há um pai que nasce e merece algum mimo, assim como a mãe e o bebé.
E por aí gostaram da ideia?
Um grande beijinho e até ao próximo post :)
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Todos nós criamos as nossas próprias expectativas. Se esta tendência já é bastante humana, a coisa é levada ao extremo muito por causa das redes sociais e das fotos e sorrisos que nos chegam através destes meios.
Podemos ser um bocadinho mais ponderados ou mais sujeitos à "manipulação" inocente dos cinco minutos brilhantes dos outros mas todos caímos nesta ilusão da vida de sonho.
A maternidade e paternidade são, provavelmente, dos assuntos que mais nos incitam à criação de expectativas.
Esperamos que, tal como os bebés das revistas ou das fotos dos nossos queridos amigos (esquecemo-nos que a foto demora um minuto a tirar e o dia tem vinte e quatro horas), o nosso bebé seja uma espécie de boneco acordando apenas para comer, dormir e brincar e estará sempre vestido maravilhosamente, qual modelo de catálogo. E nós mães e pais, sobretudo os de primeira viagem, achamos que o que os outros nos dizem é exagero e acreditamos que o cansaço e o desespero não se vão apoderar de nós.
A nós o "pandã" nas roupas, os longos passeios no parque e os serões em que Pai e Mãe aproveitam para jantar à luz das velas enquanto o bebé dorme tranquilamente no nosso quarto. No entanto a essa expectativa corresponde uma realidade que pode ser bem menos glamorosa.
Os bebés, os nossos e os dos outros, não são "representações de anjo" e choram, fazem cocó, não querem dormir, sujam quilos de roupa (o que eu achei de exagerado os amigos que me falaram da necessidade de uma máquina de secar roupa...) e os passeios não são sempre calmos e tranquilos. A isso juntam-se a lida da casa, a burocracia relacionada com o nascimento do bebé, a falta de tempo para nós, o acumular de cansaço e um certo "luto" a fazer das coisas boas que ficaram com a nossa vida de antes.
Mas nada disto é grave e a aprendizagem é uma constante. Acredito que é o equílibrio que ajudará as coisas a entrarem na ordem e que precisamos de tempo para nos conhecermos. E sinceramente, mesmo com estas dificuldades todas, não o trocaria por nada no Mundo!
E por aí, mães e pais, como foi as vossas experiências de mãe e pai de primeira viagem e quais as expectativas que caíram mais depressa a terra?
Mais ou menos a meio da gravidez decidi fazer uma to do list de coisas que queria fazer durante esta fase.
Algumas destas coisas estavam ao meu alcance pela simples razão de que fiquei com mais tempo disponível e também que me senti menos "culpada" por me dedicar a fazê-las. Por outro lado preferi prevenir o cansaço e a falta de tempo dos próximos meses e recarregar baterias.
Hoje partilho, de forma parcial, esta lista convosco e convido-vos a partilhá-la com as futuras mamãs que estão à vossa volta. Porque acho fundamental que nos mimemos e que nos cuidemos pois só assim poderemos tratar dos outros da melhor forma possível, inclusive do futuro bebé. E uma gravidez tranquila (tanto quanto possível) e futuros pais em paz e com energia valem ouro nesta fase (conselho de todas as amigas mamãs e de todos os profissionais de saúde com os quais me cruzei).
Ora aqui fica ela. Preparados?
- Descansar muito:
Apesar de me dizerem para aproveitar para dormir a verdade é que passei uma gravidez pautada por insónias intermináveis. A solução? Fazer sestinhas quando a oportunidade se apresentava ou, pelo menos, descansar um bocadinho em silêncio para recuperar energias.
- Reafirmar os próprios gostos, valores e vontades:
Se foram as hormonas se o tempo que tive para me dedicar a isso não sei mas a verdade é que tive uma enorme necessidade de me reencontrar comigo mesma ao longo destes meses. Reatar paixões antigas e criar moodboards de coisas que gosto, com as cores e o espírito que gosto foi um divertimento e um exercício de auto(re)conhecimento bastante interessante e ficará ali à vista para quando o cansaço se apoderar de mim e precisar de me reapropriar dos meus gostos; Porque numa fase de tantas descobertas, reencontrar-se consigo mesmo e reafirmar-se é um prazer inexplicável.
- Passar projetos de futuro para o papel:
Por volta do fim do 2º trimestre senti uma enorme necessidade de começar a pensar no "depois de bebé estar cá fora". A verdade é que preciso de me sentir envolvida com coisas novas e a sua chegada eminente ajudou a mudar as minhas prioridades e a precisar de me readaptar agora e no futuro.
Por isso aproveitei para organizar, planear, projetar, sonhar e passar tudo isso para o papel. Porque, podem não ser projetos de imediato mas serão úteis no futuro e criá-los agora com tempo livre já é meio caminho andado para quando forem precisos.
- Cuidar de mim:
Fazer desporto, tratar mais do que nunca da minha pele (e portanto vocês sabem como essa é uma das minhas paixões), hidratar-me e comer bem tem sido prioridades absolutas ao longo destes meses. Tive mesmo tempo para uma pequena mudança de visual e um belo tratamento em instituto para ganhar forças renovadas para o que aí vem!
- Dedicar-me à decoração da casa e aos projetas DIY:
O facto de passar mais tempo em casa, assim como a tentativa de criar um ninho mais agradável para acolher o bebé, fizeram com que me dedica-se à decoração.
Nada de bem extravagante mas entre o seu futuro quarto e mudar uma ou outra coisa que precisavam de um ar de mudança foi uma atividade que me deu muito prazer.
Pela mesma ocasião dediquei-me, pela primeira vez, a um verdadeiro projeto de DIY decorativo, nada de muito complicado, mas que me deixou com aquele gostinho do "fui eu que fiz" na boca! :)
- Falar muito com as amigas:
As amigas não estiveram muito presentes nesta fase muito devido às restrições e confinamentos mas as oportunidades para falar ao telefone não faltaram e soube mesmo muito bem. Mesmo assim ainda consegui reencontrar algumas pessoalmente e foi uma alegria!
- Namorar, passear e aproveitar o tempo a dois:
A nossa vida de casal vai mudar e decidimos aproveitar para queimar os últimos cartuxos da vida a dois. Se uns bons dias de férias, as quais tinhamos tanta vontade, não foram possíveis aproveitamos esta fase para passear aqui perto, desfrutar do tempo a dois e namorar muito. Porque acreditamos que o reforçar dos lados e as boas memórias nos ajudaram a reencontrar o nosso futuro equilíbrio a três ainda mais importante tendo em conta que os avós estão a duas horas de voo de distância...
E por aí, quais as coisas que acham que se entrariam bem nesta to do list? Grávidas com quem partilhar estas dicas?