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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

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Livros a Ler este Outono

O período do final de ano combina com "desacelerar" e uma boa forma de conseguir fazê-lo é através da leitura de obras longas, tranquilas e porque não de séries de livros.

Aqui vos deixo as minhas sugestões de leitura para este Outono, a consumir sem moderação com um chá, um chocolate quente e uma mantinha! 

- Se tivesse de fazer um top dos livros da minha vida "A Sombra do Vento" de Carlos Ruíz Zafón faria certamente parte do top 10. E se esta obra me tocou particularmente reconheço que o convite à Barcelona de outros tempos e à magia que toda a Série da "Biblioteca dos Livros Esquecidos" lhe dá o direito de ser lido e relido. 

Uma excelente série para vos acompanhar até à próxima Primavera (se forem mais moderados do que eu!)

- Talvez porque a adaptação cinematográfica nunca me tocou particularmente demorei anos a lançar-me na leitura do "Senhor dos Anéis"... e tanto tempo que eu perdi. 

Uma história que dispensa apresentações (e a quem os filmes não rendem totalmente justiça).

 

- O José da Xã dispensa apresentações por estes lados. É um verdadeiro elo de união entre uma boa parte dos bloggers do Sapo, sobretudo os mais resistêntes. E foi com enorme prazer que li o seu último livro que ele gentilmente me enviou e que eu literalmente devorei!

Com uma escrita honesta, terra a terra mas a sua delicadeza bem presente ao mesmo tempo este livro merece ser saboreado aos poucos e poucos, sem pressas. Tal como a estação convida! 

 

- Em tempos idos lia bastantes thrillers e romances policiais. Não sei bem porquê acabei por me cansar e coloquei este estilo de lado (excepto Agatha Christie e Mary Higgings Clark mas isso é outra coisa). A minha mãe, que veio conhecer o neto mais novo, trouxe na bagagem um dos meus antigos Daniel Silva e que bem que me soube!

Neste "Casa dos Espiões" o ambiente do pós 11 de Setembro, um espião conceituado que acaba atrás de um celebre elemento do ISIS no Sul da França dão-nos a desculpa perfeita para não sair do sofá! 

E por aí, o que tencionam ler este Outono? Por aqui lancei-me o desafio de ler "As sete irmãs" de Lucinda Riley. Se alguém me quiser acompanhar numa série estejam à vontade!

Um grande beijinho e até ao próximo post!

 

 

Livros a Ler este Outono

O período do final de ano combina com desacelerar e uma boa forma de conseguir fazê-lo é através da leitura de obras longas, tranquilas e porque não de séries de livros. 

Aqui vos deixo as minhas sugestões de leitura para este Outono, a consumir sem moderação com um chá e uma mantinha! 

- Se tivesse de fazer um top dos livros da minha vida "A Sombra do Vento" de Carlos Ruíz Zafon faria certamente parte do top 10. E se esta obra me tocou particularmente reconheço que o convite à Barcelona de outros tempos e à magia que toda a Série da Biblioteca dos Livros Esquecidos lhe dá o direito de ser lido e relido. 

Uma excelente série para vos acompanhar até à próxima Primavera (se forem mais moderados do que eu!)

- Talvez porque a adaptação cinematográfica nunca me tocou particularmente demorei anos a lançar-me na leitura do Senhor dos Anéis... e tanto tempo que eu perdi. 

Uma história que dispensa apresentações (e a quem os livros não rendem justiça).

- O José da Xã dispensa apresentações por estes lados. É um verdadeiro elo de união entre uma boa parte dos bloggers do Sapo. E foi com enorme prazer que li o seu último livro, que literalmente devorei. 

Com uma escrita honesta mas delicada ao mesmo tempo este livro merece ser saboreado aos poucos e poucos, sem pressas. Tal como a estação convida! 

 

E por aí, quais as vossas sugestões de leitura para este Outono. 

 

- Em tempos idos lia bastantes thrillers e romances policiais. Não sei bem porque acabei por me cansar e já há muito tempo que não lia nenhum. Até que a minha mãe pegou num dos meus antigos livros de Daniel Silva e a magia operou.

Neste Casa dos Espiões, que me deu o gosto por este estilo, o ambiente do pós 11 de Setembro, um espião conceituado que acaba atrás de um celebre elemento do ISIS no Sul da França dão-nos a desculpa perfeita para não sair do sofá! 

 

E por aí, quais as vossas sugestões de leitura para este Outono. 

 

 

 

Crónica de Livro #2: "Arrume a sua casa, arrume a sua vida"

Se há coisa que preciso é de uma casa minimamente arrumada, de uma casa que respire. 

Suporto, sem grandes penas, um chão que não esteja aspirado ou um armário que tem um pouco de pó em cima mas o excesso de tralha perturba-me! Tanto assim é que faço limpezas frequentes nos meus pertences e nas coisas dos meus filhos, seja nas roupas como nos brinquedos. 

Uma coisa é certa, e vejo isso tanto em mim como no meu grande, quanto mais coisas temos menos as usamos. E isso é certo para roupas, sapatos, malas, livros e brinquedos. 

Durante estes meses em que estive mais por casa retirei da biblioteca um livro que já tinha lido há muitos anos mas que me reconfortou bastante nesta "arte" de se desembaraçar de coisas: "Arrume a sua casa, arrume a sua vida" de Marie Kondo

A autora, de origem japonesa, ganha a vida a ensinar os seus clientes (e leitores) a arte do destralhar e do arrumar, "ciência" a que se dedica desde os seus cinco anos. 

 

O seu método baseia-se em 5 premissas

- Visualize o seu objetivo;

- Destralhe tudo de uma só vez;

- Só guarde quando a resposta à questão for: "isto deixa-me feliz?";

- Organize por espaços e não por localização;

- Atribua um sítio para cada coisa e coloque-a sempre lá;

 

Se o método "KonMari", como a autora o chama, é útil e o seu livro uma verdadeira fonte de motivação para despejar a nossa casa da quantidade de coisas excessivas que guardamos e de, indiretamente, pensarmos duas vezes antes de comprar o que quer que seja. Por outro lado acho que as diferenças culturais entre a cultura europeia e japonesa fazem com que algumas destas regras não possam ser aplicadas. Da nossa cultura fazem parte as lembranças daqueles que já partiram, as fotografias de momentos felizes e isso parece-me que merece uma certa adaptação do método à nossa realidade. 

E por aí, já leram este livro? O que acharam?

 

 

Crónica de Livro #1: "Hunt, Gather, Parent"

Cá por casa o exercício da educação é uma descoberta constante e faz-nos dizer que ter filhos é, ao mesmo tempo, a coisa mais difícil mas também a melhor que já fizemos.

Na época da globalização e do individualismo muitas vezes forçado, nós somos o exemplo típico de muitos pais da atualidade:

- Vivemos isolados pela emigração e pela distância que nos separa das nossas respetivas famílias (o que pode ser uma desvantagem em relação a quem tem familiares próximos quer a nível da famosa carga mental, quer em tensão entre o casal e com a criança) e que nos fazem viver na pressão constante do "ou está comigo ou contigo" o tempo todo; 

- Temos falta de modelos educativos que nos possam servir de inspiração e em quem podemos realmente confiar (cada vez temos menos amigos e familiares com filhos e os que os têm vivem longe e tem também eles agendas sobrelotadas). 

- Apesar de termos horários fixos, podemos dispor de tempo útil para o nosso filho o que é uma grande vantagem que temos em relação a muitos outros casais com horários mais carregados. Em contrapartida hobbies e atividades pessoais e em casal foram deixados no fundo da lista de prioridades com tudo o que isso implica... 

 

Desde o inicio a falta de confiança e de modelos fez com que me sentisse tentada a "consumir" tudo e mais alguma coisa sobre parentalidade. No entanto rapidamente "meti um travão" a essa mania e hoje em dia filtro toda a informação que recolho, independentemente da sua fonte, por considerar que excesso de informação pode ser prejudicial, sobretudo quando ela é contraditória. Sem contar que cada um apresenta o seu "método" como "o único que funciona" o que todos sabemos não é verdade. 

No entanto, quando as sugestões vem de pessoas que me são queridas ou em quem confio, posso abrir exceções e deixo-me levar pela curiosidade e foi o que aconteceu com este livro. A ideia desta crónica é fazer-vos um pequeno resumo e dar-vos margem de reflexão.

Infelizmente o livro só pode ser encontrado em Portugal na sua versão anglo-saxónica, o que é uma pena. 

Vamos então ao que interessa: Michaeleen Doucleff é uma jornalista e mãe norte-americana que se sente "levada ao extremo" pela filha Rosy de três anos de idade. E é num momento em que a relação mãe e filha entra em real colisão que ambas partem à aventura para aprender com as tribos de caçadores coletores mais reconhecidas pelos seus métodos de educação.

E é desta forma que nos encontramos numa viagem pelo México, pela Tanzânia e pela Gronelândia.

- A primeira visita é às tribos Mayas no México. A autora e a filha são recebidas por alguns nativos que partilham os seus métodos educativos dos quais se destacam importância de fazer perceber à criança que faz parte de algo maior do que ela, neste caso a família e a comunidade. Para isso é sugerido (e aceite) que a criança ajude nas tarefas domésticas e que apesar de nada ser "obrigatório" é deixado claro que a colaboração é apreciada em retorno. 

- Na segunda parte do livro "voamos" até à Tanzânia onde a ideia principal apresentada pelos Hazda é a da autonomia da criança, aceitando que ele corra riscos e criando uma rede de segurança invisível que tornem esse método possível sem termos de dizer "não", "para" e "stop" o tempo todo.

Claro que para isso a existência de uma rede de apoio e o envolvimento dos irmãos mais velhos é essencial mas mesmo assim há pequenas coisas onde podemos dar mais confiança aos miúdos em vez de os "esmagar" desde o começo.

Este ponto fez-me refletir que há 30 anos atrás nós tínhamos o direito de ir brincar na rua e de ir a casa de uns e de outros a pé. Toda a gente na vila se conhecia e isso ajudava bastante. Hoje em dia os meus primos da mesma idade não podem andar de bicicleta se não houver supervisão parental, nem mesmo há porta de casa, nem mesmo num sítio onde não haja trânsito (que é a desculpa preferida de toda a minha família)... É previsível de perceber quem tinha mais autonomia (e consequente responsabilidade) aos 10, 11 anos de idade.

 

- Por fim somos levados até à Gronelândia onde os Inuies nos ensinam a importância de preferir o silêncio e a comunicação não verbal à logorreia parental permanente (como sugeriu a autora gastei 20 minutos do meu precioso tempo para observar o meu comportamento e assumo que me impressionou a quantidade de informações, explicações, avisos e perguntas que fiz ao miúdo nesse tempo. Cá para mim pensei que, se fosse ao contrário, já há muito que tinha dado um berro a dizer basta. Claro que ele do alto dos seus 2 anos e 9 meses não me liga patavina...).

Outra coisa de que a autora fala é a necessidade de reduzir os elogios e substitui-los por reconhecimento. Admito que este foi o ponto onde a minha definição de parentalidade mais foi alterada já que me apercebi que realmente dizer "bravo" a tudo faz com que o "bravo" perca valor enquanto um "excelente trabalho, já és um menino crescido" na hora certa é muito mais eficaz. Cá em casa o "estás a portar-te como um bebé" também teve o seu impacto :)

Pelo caminho alguns outros métodos que, portanto os nossos pais até usavam connosco mas que nós deixamos cair em desuso como ignorar as birrinhas ou os maus comportamentos para chamar a atenção (eu pelo menos vejo poucos pais da minha geração a fazer isso preferindo "conversar" com a criança), usar os peluches e os jogos como "principais veículos de informação", desviar a atenção da criança para outra coisa, usar um "olhar matador" ao invés de um discurso de 10 minutos para mostrar desagrado e não entrar em negociação permanente por tudo e por nada (de qualquer forma cá em casa isso ou acaba em birra ou ele ganha-nos pelo cansaço). 

Juntava também a ideia de que não se podem ganhar as batalhas todas de uma vez e há coisas que realmente precisam de tempo para acontecer. 

Apesar de ter tirado um enorme proveito da leitura deste livro deixo-vos alerta para a necessidade de manter um certo distanciamento de tudo o que é apresentado.

Em primeiro porque nem tudo é possível de adaptar à nossa realidade (por exemplo se não tenho uma rede de apoio e vivo numa cidade de milhões de habitantes não posso confiar nos outros para "vigiarem" o meu filho enquanto vai sozinho à padaria como acontece com um pequeno de 4 anos no livro). Igual reflexão para as ideias que vão claramente contra as convições que temos profundamente enraizadas em nós. Usando mais uma vez um exemplo do livro é-me impossível ignorar o facto de o meu filho me bater. Há primeira impeço-o de me bater e explico-lhe que fez mal se ele tenta continuar a fazer de mim saco de pancada coloco-o de castigo. Sim, ele está com raiva mas sim também existem comportamentos inaceitáveis e, apesar de ele perceber ou não a mensagem, a consequência tem de acontecer (opinião pessoal, evidentemente. Cada um gere da maneira que lhe parece mais apropriada para si e para os seus. Não é porque eu reajo de uma forma e outra pessoa de outra que nos estamos a "ofender mutuamente"). 

Outro ponto que me incomoda um bocadinho no livro é a ideia defendida pela autora, de forma consciente ou não, de que a educação ocidental está completamente errada. Ora acredito que há do bom e do mau em todo o lado e que o segredo é encontrar o equilíbrio e o que se encaixa na nossa personalidade enquanto educadores, na vida das nossas crianças e na nossa realidade pois é nela que vivemos.

Uma pequena experiência que fiz depois de terminar o livro foi colocar em prática alguns dos "métodos" apresentados. Curiosamente enquanto que, com a pequena Rosy, tudo funcionou cá em casa 2/3 das ideias não tiveram efeito nenhum. No entanto tenho de admitir que algumas funcionaram bem e que guardo dois ou três para mais tarde.

De todas as formas uma leitura interessante que me permitiu repensar algumas coisas, reforçar outras e dizer "isto para mim não serve" noutras também. 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

 

3 Livros para a Primavera

Apesar de ler bastante acabo por nunca encontrar tempo nem motivação para vos fazer algumas sugestões de leituras.

Sindrome do Impostor? Talvez... Sobretudo porque várias das obras que leio são oriundas essencialmente da biblioteca e das caixas de livros usados não sendo portanto leituras "da moda" e muito menos Top de vendas atualmente. 

Hoje gostaria, no entanto, de vos trazer 3 sugestões de livro que me parecem bem primaveris e que, espero, vos permitam momentos de descanso e de repouso enquanto desfrutam de um qualquer espaço exterior. 

 

- A Breve Vida das Flores de Valérie Perrin: 

Li este livro pela primeira vez pouco depois do nascimento do meu filho mais velho fará em Julho três anos. Voltei a lê-lo há pouco tempo o que representa bem o quanto ele me fala. 

Certo, o cenário está longe de ser dos mais tentadores há primeira vista. Mas esta história que fala de felicidade apesar da perda, de empatia e de amor mais profundo é perfeita para nos fazer refletir sobre o sentido da vida enquanto somos embalados por uma narração poética e que se lê facilmente. 

Para mim, se ainda não o conhecem, é o livro perfeito a ler durante esta estação. 

 

- A Arte das Listas de Dominique Loreau:

A autora deste livro vive no Japão há mais de 30 anos e está bastante impregnada pela cultura deste pais. A Arte das Listas é, para mim, de todos os seus livros o que mais facilmente pode ser adaptado (sob reserva) à nossa cultura ocidental. 

A importância das realização de listas desde a sua reflexão até à sua decoração como parte integral da nossa história é algo que me toca particularmente e o tudo ainda se torna mais divertido se seguirmos algumas das sugestões de listas da autora. 

 

- Os Primeiros Casos de Hercule Poirot:

Não deve haver leitura mais refrescante do que as maravilhosas histórias de Hercule Poirot e das suas célulazinhas cinzentas. Neste livro que compila vários mistérios resolvidos pelo meu personagem preferido de Agatha Christie é impossível não ser transportado para a Londres de outra época, com as suas cores, cheiros e refinamento. 

E, para quem aprecia ler mas não tem muito dinheiro para gastar, esta e outras obras da autora estão de certeza disponíveis nas vossas bibliotecas de proximidade assim que nas famosas caixas de livros usados. 

Espero que estas sugestões vos interessem! Não deixem de comentar, de dizer o que acharam destes livros e quais os vossos essenciais para esta Primavera! 

Um grande beijinho e até ao próximo post! 

(PS: Já agora, um post sobre como ler mais sem gastar muito interessar-vos-ia? Fico à espera das vossas respostas!)

 

 

"Para Mudares o Mundo começa por fazer a tua cama"

Um livro de William H. McRaven

O livro "Make Your Bed" do almirante William H. McRaven fazia-me "olho" há já algum tempo, sobretudo por ser aconselhado de forma unânime por dois ou três podcasters que aprecio.

E foi assim meio por impulso meio de forma refletida que o comprei e li... em menos de duas horas!

Este livro, cujo titulo é no mínimo curioso, resume os dez ensinamentos que o seu autor adquiriu ao longo da sua formação enquanto Navy SEAL dos Estados Unidos da América.

Esta obra encheu-me as medidas por repetir de forma crua aquilo que todos sabemos mas que insistimos em ignorar talvez porque nos habituamos a uma certa falta de resiliência e de aceitação. 

A primeira vez que McRaven falou sobre estes dez pontos foi numa conferência na sua antiga universidade e que podem encontrar aqui.

Enquanto isso deixo-vos aqui um resumo dos dez tópicos que compõe a sua reflexão: 

 

- "Se quer Mudar o Mundo comece por fazer a cama"

Se este ponto parece ser caricaturado a verdade é que a sua razão de ser é simples. Fazer bem a cama é sinónimo de começar o dia por uma tarefa bem feita. E o bónus é que não há nada mais agradável no final do dia, mesmo quando ele corre mal, de se deitar numa cama bem feita. 

 

- "Se quer mudar o Mundo encontre alguém que o ajude a remar"

Família, amigos verdadeiros e relações de trabalho honestas e sinceras são muitas vezes aqueles que nos ajudam a não desistir ou que podem mesmo nos fazer progredir. Por isso deixemos de lado os contactos superficiais e criemos reais laços com as nossas pessoas.  

 

- "Para mudar o Mundo avalie as pessoas pelo tamanho do seu coração"

Se eu própria defendo que a primeira impressão é importante não posso deixar de concordar que é preciso "ver mais além do que os olhos alcançam" e que não é o aparentemente mais apto que o será forçosamente! 

 

- "Se quer mudar o Mundo aceite que há injustiças"

Aqui está algo que, por mais que me esforce, tenho dificuldade em aceitar. E portanto quem nunca sentiu que foi vitima de uma situação injusta? McRaven não nos aconselha a fingir que essa situação mas antes a termos a humildade de aceitar e sair reforçado da provação ao invés de gritar à injustiça e ficar bloqueado nisso, sem continuar o nosso caminho. 

 

- "Se quer mudar o Mundo não tenha medo do "circo"

O autor relata-nos que no seu treino "Circo" significa uma série de exercícios extra que são aplicados aos candidatos que "falharam" ao longo do dia, digamos que se trata de uma espécie de castigo. Este circo tinha a agravante de piorar o cansaço físico dos marinheiros e era quase garantia que o dia seguinte seria novamente "dia de circo". 

O que McRaven nos mostra é o lado "positivo" do treino: o facto de esse trabalho intenso nos permitir melhorar o nosso desempenho, alcançar os nossos objetivos e em consequência disso melhorarmos a nossa própria auto-estima. 

 

- "Se quer mudar o Mundo atire-se de cabeça"

Atirar-se de cabeça aqui não é ir sem refletir mas é sobretudo tomar uma decisão ponderada atirar-se de cabeça nela. Afinal o que pode acontecer é um falhanço e nada mais... 

 

- "Se quer mudar o Mundo enfrente os tubarões" 

Tal como no mar existem muitos tubarões à nossa volta. E nesse caso temos duas opções acobardarmos-nos e fingirmos que não vimos ou aceitar que eles existem, enfrentá-los com autocontrolo e firmeza e avançar apesar deles. 

 

- "Se quer mudar o Mundo dê o seu melhor nos momentos mais difíceis"

Esta foi talvez a "anedota" do livro que mais me fez refletir. O almirante fala sobre a quantidade de vezes em que assistiu ao funeral de jovens militares e a forma como sentia que o que dizia à família enlutada não trazia nada de novo. Num desses funerais, no entanto, estava um congressista que conseguia fazer as famílias sorrir.

Esse homem tinha também ele perdido um filho para a guerra e mais do que qualquer outra pessoa sabia o que isso queria dizer. Apesar de tudo seguiu em frente, salvou o seu casamento, deu tudo pelos seus outros filhos e pelas responsabilidades que tinha e tornou-se um exemplo de coragem e motivação para quem o conhecia e com ele lidava. 

 

- "Se quer mudar o Mundo cante quando estiver com lama pelo pescoço" 

Outro titulo sugestivo mas que vai ao encontro do nosso ditado "quem canta seus males espanta". Cantar, mesmo com o peso do Mundo nas nossas costas pode ser uma excelente forma de reduzir esse peso já que o nosso foco passa para a música e não para o sofrimento. E quem sabe ainda ouviremos outras vozes ali ao lado que se juntaram a nós e que nos farão sentir acompanhados e parte de um grupo. 

 

- "Se quer mudar o Mundo nunca toque o sino" 

No campo de treino SEAL "tocar o sino" significa desistir. E não é uma desistência porque dei o meu máximo e não consegui mas sobretudo uma desistência porque me disseram que ia ser muito difícil e eu nem sequer quis experimentar. Por isso, e mais uma vez o autor nos trás à reflexão a importância da decisão amadurecida antes de ser tomada, devemos seguir em frente e manter-nos fiéis à nossa escolha. 

Espero que tenham gostado deste resumo! 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

 

 

As 5 linguagens do amor

As "cinco linguagens do amor" é uma teoria sobre sentimentos e relações que me diz bastante. 

Se ficou conhecida na altura devido ao "boom" dos livros de autoajuda, só muito recentemente o reli e lhe descobri o seu verdadeiro potencial. Aquela velha história de que precisamos de uma certa bagagem para compreendermos algumas coisas. 

Esta teoria foi popularizada na Europa por Gary Chapman, autor, conselheiro matrimonial, conferencista e pastor da igreja baptista americana, em 1997. 

A ideia é simples. Tal como todos temos personalidades diferentes também a nossa forma de dar e receber amor é diferente em função da nossa linguagem. Uns somos mais sensíveis ao toque, outros às palavras valorizantes, alguns sentem-se amados quando lhes prestam algum serviço. Existem ainda aqueles para quem os presentes são a maior expressão de amor e outros para quem o tempo de qualidade é fundamental. 

Respeitando a individualidade de cada um existem "dialetos" de linguagem diferentes pelo que uma pessoa cuja linguagem seja "serviços prestados" pode ser extremamente receptivo a uma deliciosa refeição enquanto outra pode ser mais sensível a que o companheiro ou companheira tome em mão a responsabilidade de levar o lixo para a rua ou passar a ferro. 

Segundo o Dr. Chapman é pouco comum os dois elementos do casal possuírem a mesma linguagem do amor, pelo que se não fizerem atenção ambos vão dar o melhor de si sem que o outro se aperceba do gesto e da mensagem que lhe está associada. 

A sugestão do autor e dos seus pares passa essencialmente por conhecer a sua própria linguagem do amor em primeiro lugar e de seguida tentar descobrir qual é a principal linguagem do amor do outro. Para nos ajudar nesta tarefas parte-se do principio que cada um terá tendência a mostrar o seu apreço aos outros na sua linguagem de amor principal. 

Se queres aprofundar o assunto aconselho a leitura do livro "As cinco linguagens do amor", as inúmeras conferências que o autor disponibiliza em linha ou a realização do questionário aqui

Eu por aqui sou especialmente sensível a tempo de qualidade seguido de perto de toque físico. E desse lado?

Fonte da imagem: pinterest

 

 

Leituras para Aproveitar este Verão

Se há coisa que me dá aquela sensação de "tempo que pára" é um bom livro. Daqueles que enche o coração e serena a alma. E é por isso que, no seguimento do último post, vos deixo algumas ideias de livros para saborear sem pressas enquanto aproveitamos esta última quinzena de Agosto. 

 

- "A Sombra do Vento" de Carlos Ruiz Zafon:

Bastou-me ler as primeiras páginas para saber que este livro se transformaria num dos livros da minha vida. Uma escrita majestosa que nos transporta para uma Barcelona de outros tempos, mística e onde o amor vale tudo.

Se gostei bastante de toda a série "Cemitério dos Livros Esquecidos", a "Sombra do Vento" é sem dúvida o seu ex-libris. 

 

- "O Dom Supremo" de Henry Drummond adaptado por Paulo Coelho:

Este pequeno livro que se lê "num instante" é a tradução e adaptação de Paulo Coelho de um sermão de um missionário do Século XIX.

Partindo do evangelho de São Paulo aos Coríntios, o texto levá-los a refletir sobre a importância do amor e lembra-nos os 9 "frutos do Espírito Santo" que o compõem: a paciência, a bondade, a generosidade, a humildade, a delicadeza, a entrega, a tolerância, a inocência e a sinceridade. Se é um livro "cristão" de base, não deixa de ser uma leitura muito rica para qualquer pessoa para quem o amor seja a coisa mais importante do Mundo. 

É daqueles livros que leio de tempos a tempos, quando preciso de me lembrar que é o amor, mais do que a fé, a principal mensagem de Cristo. 

 

"Harry Potter" de J.K. Rowling:

A coleção "Harry Potter" faz parte da secção "literatura juvenil" mas, enquanto adultos não me parece mal visitar (ou revisitar) o Castelo de Hogwarts e redescobrir as aventuras dos seus alunos e viver as suas descobertas sobre magia e sobre amizade, coragem e ousadia. 

 

- "Equador" de Miguel Sousa Tavares:

Li este livro há muito tempo atrás mas guardo dele uma excelente memória. Um livro sobre a vida difícil nas colónias portuguesas no final da monarquia e a sua diferença flagrante com as noites de recepção da metrópole. Para mim O livro de Miguel Sousa Tavares a ler absolutamente (e não, ter visto a série não conta) e um daqueles que mais nos convida a viajar e a descobrir outras épocas e outras paragens. 

 

- "Anjos e Demônios" de Dan Brown:

Para mim o melhor livro deste autor americano. O primeiro livro onde aparece o simbologista Robert Langdon, o mesmo de "O código Da Vinci". Um livro que nos lembra a cada momento que os bons nem sempre são bons, que os maus nem sempre são os maus e sobretudo que existem bons e maus em todo o lado. 

 

E por aí, qual é o livro que vos transporta para outro lado? 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

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Photo de Ioann-Mark Kuznietsov sur Unsplash

 

 

 

 

Os Contos de Natal viraram livro :)

Lembro-me exatamente de quando nasceu esta história. Estavamos em pleno mês de Dezembro e, com o apoio incondicional daquele que viria a ser meu marido, escrevi este conto depois de dias e dias de tentativas vãs. 

E aquele texto tornou-se mais uma palavra num conto que foi muito mais longe do que alguma fez pensámos. 

Já dizia Pessoa "Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce". Neste caso a imaginação e capacidade de mobilizar pessoas da querida Isabel e a energia e força de vontade do José deram origem a esta obra. 

E o talento da querida Olga embelezou ainda mais a coisa.  E estes três estão mesmo de Parabéns!

Por minha parte é um orgulho ter contribuido um bocadinho para este livro mas é sobretudo o fazer parte desta família que me deixa mais rica! Porque sim, os nossos contos foram juntos e deram origem a um livro! 

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Os Quatro Acordos Toltecas

Olá a todos!

Em primeiro lugar fico feliz por vos encontrar neste ano de 2021!

Aproveito a ocasião para vos desejar um excelente Ano Novo cheio de saúde, paz e amor e que todos os momentos menos bons (porque os haverá) sirvam para nos fazer crescer e aprender.

E foi neste espírito de crescimento que li o livro "Os quatro acordos toltecas" (a) de que hoje vos quero falar. 

Este livro estava na minha lista há já alguns anos mas nunca tinha tido a possibilidade de o ler .

Não é de todo uma novidade pois já foi escrito em 1997, mas voltou "à berra" há apenas alguns anos atrás. Foi escrito por Don Miguel Ruiz, um professor e "xamã" mexicano que publicou várias obras literárias sobre a cultura tolteca.

Os toltecas eram um povo nómada que se desenvolveu no México entre os anos 900 e 1200 da nossa era. Eram conhecidos como "artistas" ou "construtores" e são conhecidos por serem os "pais" de todas as outras culturas. 

No seu livro, o autor defende que cada um de nós cumpre os "acordos" que fez consigo mesmo, com os outros, com Deus ou com a vida e dos quais nem sempre nos damos conta. O livro convida-nos a substituir pouco a pouco cada um desses acordos, que nem sempre nos fazem bem, pelos quatro acordos (ou compromissos)* toltecas. 

Vamos abordá-los já de seguida: 

 

- "Que a tua palavra seja impecável":

Na cultura tolteca a palavra é conhecida como uma arma poderosa e por isso devemos utilizá-la com cuidado.

O autor convida-nos a refletir sobre a forma como falamos com os outros mas também conosco e sugere-nos que a utilizemos de uma forma exemplar, dizendo sempre a verdade e usando sempre a palavra com amor e sabedoria. 

 

- "O que quer que aconteça não o leves no sentido pessoal":

Não temos a responsabilidade dos atos dos outros. O que cada pessoa escolhe dizer ou fazer depende apenas de si própria, dos seus medos e escolhas. 

 

- "Não faças suposições":

Este livro leva-nos numa reflexão sobre a necessidade de fazer as perguntas necessárias e de exprimir exatamente o que queremos. 

 

- "Dá sempre o teu melhor":

Ninguém é obrigado a ser perfeito mas devemos sempre ter consciência de que, naquele momento, fizemos o melhor que podiamos com as circunstâncias existentes. 

 

Pessoalmente achei estes pontos interessantes não no sentido do julgamento de si mesmo, porque nem somos capazes de cumprir tudo bem o tempo todo e muito menos somos santos, mas como um pequeno filtro para momentos de crise e quando temos escolhas a fazer. 

Em todos os casos este resumo não passa disso mesmo e deixo-vos o convite, caso o tema vos interesse, de lerem o livro na integralidade. 

E por aí, já leram este livro ou nem nunca tinham ouvido falar? 

Um grande beijinho e até ao próximo post. 

Notas:

Fonte para a definição de toltecas e a bibliografia de Don Miguel Ruiz: Wikipédia

*Acordos Toltecas ou Compromissos Toltecas são dois nomes possíveis para o livro e depende apenas da tradução

(a) Esta ligação NÃO é uma afiliação. 

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