Uma das minhas grandes preocupações em relação à educação do meu filho passa também pelo bilinguismo. Vivendo em França mas com toda a família e as raízes em Portugal parece-nos fundamental ajuda-lo a aprender as duas línguas ao mesmo tempo.
E se parece coisa fácil, já que "basta os pais falarem para eles aprenderem", a verdade é que este bilinguismo, sobretudo quando desejamos um bom nível em ambas as línguas, tem a sua dose de "desafio".
Hoje gostaria de vos relatar alguns desafios aos quais nos temos confrontado agora que ele já começa a falar. Considero que para nós que falamos todos a mesma língua é mais fácil do que se apenas um dos pais ensina a língua minoritária.
Uma das maiores dificuldades que sentimos nele é a de perceber onde e com quem deve falar português ou francês. Se não demonstra ficar frustrado com o facto de as pessoas não o perceberem quando fala a língua "errada" acreditamos que seja nosso trabalho explicar-lhe com quem e onde deve falar o quê.
Outro desafio, mas este é sobretudo para nós pais, é o de sermos ainda mais vigilantes com a nossa própria linguagem. Porque, como toda a gente, fazemos atenção à linguagem demasiado familiar mas também somos obrigados a evitar os "francesismos" que por facilidade utilizávamos antes de ele nascer!
Um outro ponto que tem de ser aceite por todos nós é o "sotaque" dele. Se é comum entre os miúdos bilingues terem algum sotaque ao inicio é verdade que, enquanto adultos, temos tendência a corrigir tudo até à exaustão. E isso é bastante desencorajador para a criança. No nosso caso temos uns brilhantes "R" e "el" à francesa e sinceramente, por enquanto, achamos que é bastante charmoso.
Um bocado no seguimento do ponto anterior, temos tentado trabalhar a nossa indulgência e a nossa perseverança em todos os momentos. Não o frustrar demasiado com correções e criticas, nem cair na facilidade de falar a língua que para ele é mais cómoda.
Mas afinal o que temos colocado em prática ao longo dos últimos seis meses para o ajudar nesta aprendizagem dupla?
Falar português em casa sempre que possível é indiscutivelmente importante, mas permitir-lhe socializar com outras pessoas é igualmente fundamental. Estimulamos ao máximo os tempos de conversa com os avós, mesmo que seja via videochamada. Quanto ao francês, a creche é o ponto principal de aprendizagem mas também o incitamos a jogar com outras crianças no parque e a comunicar com outros adultos, sejam pais de outras crianças na creche, amigos nossos ou mesmo caixas do supermercado.
Cantigas, histórias e desenhos animados em ambas as línguas são também ferramentas que tentamos colocar ao nosso dispor e que adaptamos em função das necessidades que ele apresenta. Claro que, em qualquer uma delas somos exigentes nas escolhas, sobretudo a nível de nível de linguagem.
Já falei lá atrás mas, para mim, a perseverança e o reforço positivo são peça chave para ele apreciar ambas as línguas e sermos confrontados o mais tarde possível com o facto de ele não querer falar uma delas, que é algo comum em miúdos bilingues.
Ao longo do tempo temos também tentado envolver as outras pessoas que fazem parte da vida dele neste processo. Na creche a "atitude conciliadora" foi mesmo muito importante sobretudo numa fase em que ele falava mais português do que francês. Com uma atitude compreensiva em relação às informações e inquietações do pessoal da creche mas defendendo a importância que a equipa pode ter em todo este processo conseguimos encontrar um equilíbrio e um ambiente favorável à aprendizagem das duas línguas. Trabalho semelhante foi também necessário com as nossas famílias e amigos.
Este testemunho é apenas o resumo dos nossos primeiros passos neste caminho de educar um miúdo bilingue, quem sabe quantos outros se seguirão...
Decidi dar destaque durante o mês de Agosto à necessidade de desacelerar mas cá por casa foi um mês carregado de trabalho para nós. Apesar disso tentamos sempre manter a tranquilidade, nem sempre de forma perfeita, mas estamos bastante satisfeitos.
Com um único fim de semana disponível durante todo o mês (todos os outros de trabalho ora para um ora para outro) e o aniversário do marido ainda em rescaldo, decidimos visitar um Jardim Zoológico.
Por diversas razões consideramos que a educação do nosso filho deve passar por tempo no exterior e fazemos disso uma prioridade educativa. Dos nossos passeios quotidianos e semanais fazem parte parques, jardins, trilhos de caminhada ou outros espaços ao ar livre e onde o contato com a natureza seja possível.
Mas como o dia era de festa lá o levamos a ver outra coisa e a reação dele foi muito além das espectativas.
Vimos ao vivo e a cores diferentes espécies de macacos, chimpazés, tigres e por aí fora num espaço que tem como missão guardá-los temporariamente e enviá-los desde que possível em espaços maiores e/ou à região de origem foi estimulante e enriquecedor para todos nós.
Ao argumento que se ouve muitas vezes do "com essa idade ele depois nem se lembra do passeio" só tenho uma resposta: acredito genuinamente que as boas experiências são formadoras em qualquer idade e que o pior que pode acontecer é voltarmos lá daqui a uns anos e redescobrir novamente o Mundo pelos olhos dele. Pessoalmente vejo nisso uma sorte! Por isso, mesmo com um miúdo pequeno, acho que não devemos ter medo de o tirar de casa.
E por ai qual e quando foi o último programa que fizeram em família?
Nesta semana marcada pelo Dia do Trabalhador pareceu-me apropriado escrever este post.
Existem várias razões para as pessoas estarem infelizes no seu trabalho e uma dessas razões são... os próprios colegas! Eu que o diga... e se já aqui andas há algum tempo recordaste que, no início do blogue, escrevi bastante sobre esse tema.
No entanto o crescimento e a experiência fizeram-me perceber que, em alguns casos, podemos "defender-nos" de algumas situações delicadas. E é sobre alguns comportamentos que, por mais inofensivos que pareçam, nos deixam vulneráveis a rumores, faltas de respeito e invasões da vida privada que vos venho falar hoje.
- Não entrar em "ditos e mexericos":
Este primeiro ponto já o conhecemos de côr... mas continuamos a observar, e muitas vezes a participar, em fofocas e "diz que disse". Nenhum de nós faz isto por mal, vá-se lá saber porquê mas existem poucas coisas tão agregadoras como criticar os outros, mas ao adotar este tipo de comportamentos estamos não só a prejudicar os outros mas sobretudo a prejudicar-nos a nós próprios.
- Focar-se no próprio trabalho:
Desperdiçamos uma quantidade enorme de energia a olhar para o lado para perceber se o colega trabalha menos do que nós ou como faz o que tem a fazer. Essa energia seria melhor aproveitada se nos focassemos no nosso próprio trabalho e ainda nos sobraria alguma para realizar outras coisas, quer profissional quer pessoalmente.
Claro que se o colega não acompanha ou nos prejudica é necessário conversar com ele ou com um superior mas sempre mantendo uma atitude integra e humilde.
- Discrição quanto à vida pessoal:
Uma das coisas que mais me choca é a facilidade com que algumas pessoas contam tudo e mais alguma coisa aos colegas de trabalho, alguns deles que mal conhecem. Claro que fazer um comentário com um colega próximo é aceitável mas devemos manter uma certa reserva para não nos tornarmos nem aborrecidos nem o tema preferencial do próximo "after work" da equipa.
- Apreciar o que se tem:
O nosso trabalho é muitas vezes fonte de sustento e, apesar de já não nos identificarmos com ele, decidimos ou somos obrigados a ficar por lá. E é nesse momento que é importante pensarmos nas coisas boas que ele nos trás de as escrever e deixarmos bem à vista para nos irmos relembrando de vez em quando.
Olhar para o que temos de bom em vez de estarmos sempre cheios de pena de nós mesmos são boas formas de nos manter motivados, bem connosco próprios e avançar até conseguirmos alcançar os nossos próprios objetivos.
Claro que nem todas as questões laborais são assim tão simples de resolver mas acredito que se nos mantivermos cordiais, aprendermos a ser discretos e mostrarmos que somos confiáveis, a nossa vida, assim como a de quem nos rodeia, melhorará um bocadinho.
E por aí qual é destes o vosso maior pecado? O meu é de longe o segundo ponto!
Um dos meus desejos para este ano é aprender mais sobre doçaria.
Para mim a doçaria, e especialmente os bolos, sabem-me a Domingo à tarde, a frio de Inverno e à partilha de bons momentos em família. É como se o doce torna-se os momentos ainda mais especiais (sobretudo porque são excepcionais).
Para além de que há lá algo mais elegante e reconfortante do que um belo bolo caseiro e uma chávena de chá? Eu não encontro...
E de todos os bolos mais ou menos tradicionais que fazem parte do meu imaginário está o "Bolo Mármore" e o facto de se misturar tão bem em todos os ambientes.
230g de açucar (pessoalmente prefiro reduzir para 200g e juntar uma saqueta de açucar baunilhado na massa branca)
120g de natas
220g de farinha
120g de manteiga derretida
100g de chocolate preto
Fermento químico (duas colheres de café)
Preparação:
Em primeiro lugar batem-se dois ovos com metade do açucar numa saladeira e os restantes ovos e açucar numa segunda;
Em cada uma das saladeiras juntar metade das natas e continuar a bater. Fazer a mesma coisa com a farinha e o fermento químico (metade para cada lado);
Derreter a manteiga e juntar metade a cada uma das partes e mexer tudo muito bem.
Derreter o chocolate e juntar a uma das massas. Pessoalmente (e por já ter testado várias receitas de bolo mármore) gosto de juntar uma saqueta de açucar baunilhado à outra massa.
Untar a forma e colocar o preparado em camadas: branca, chocolate, branca e chocolate. Alisar entre cada camada.
Levar ao forno aquecido a 165º e deixar cozer por 50 minutos (tempo aproximado).
Espero que gostem e que este bolinho vos acompanhe em muitos e bons momentos! E já agora não se esqueçam de deixar em comentários se estas minhas experiências culinárias vos interessam.
Este Inverno parece que nos trouxe a chuva que tanto nos faltava. Mas se a chuva é importante não é raro não apreciarmos particularmente estes dias, sobretudo quando achamos que não há nada para fazer.
A verdade é que todos os dias tem o seu quê de beleza e de ocupações e é sobre isso que vos quero falar hoje: de cinco tipos de atividades a fazer em dias de chuva.
Claro que nem todas são acessíveis tão facilmente a todas as pessoas as carteiras mais pequenas e o locais mais escondidos podem encontrar coisas para fazer, talvez tenham de procurar mais, ou "sair da zona de conforto" ou adaptar as atividades... Mas o que é importante é aproveitar estes momentos a solo, em família ou com os amigos.
Preparados?
- Leitura, filmes-culto: Todos temos aquela listinha de filmes a ler ou de filmes a ver. E se aproveitassemos esses dias mais tristonhos para nos dedicarmos a essa atividade.
Ela pode permitir-nos passar um bom momento e ainda aumentará a nossa cultura geral e o custo pode ser relativamente baixo já que, quer em bibliotecas e mediatecas quer online, muitas obras de arte clássicas estão disponíveis gratuitamente e de forma completamente legal.
- Um café diferente:
Não é porque chove que temos de ter vontade de ficar em casa e conhecer um novo café ou salão de chá (ou revisitar um que já conhecemos) pode ser uma excelente opção para uma tarde chuvosa. Ainda para mais um lanche ficará sempre mais barato do que um almoço ou jantar.
Também podemos sempre recriar algumas receitas de coffeeshop ou de doçaria em casa e desfrutar da companhia dos nossos.
- Visitar uma exposição, assistir a um espectáculo...
Há quanto tempo não visitas um museu ou vais a um espectáculo? Em família esta pode ser uma excelente opção que necessita de organização e de alguma disponibilidade mas que pode ser possível.
E mesmo em meios mais pequenos se encontra pequenas coisas a fazer é mais difícil e pode parecer menos interessante à primeira vista mas é uma opção a explorar.
- "Torneio" de jogos de sociedade:
Os dias de chuva podem ser uma excelente ocasião para pegar nos antigos jogos de sociedade e organizar um verdadeiro torneio em família ou com amigos.
- Dormir a sesta:
Dias de chuva são ocasiões de ouro para dormir a sesta. E com um miúdo pequeno em casa estes momentos são verdadeiramente apreciados por aqui. Por isso nada de culpas de se dedicar um pouco ao não fazer nada. A nossa energia, assim como a nossa imaginação e humor agradecem estes momentos.
E por aí quais os melhores programas para os dias de chuva?
Fazer certas atividades em família não é fácil. Sobretudo com crianças sabemos que é bem mais fácil e rápido fazer sozinho do que com eles. Mas também estamos a passar ao lado da oportunidade de conviver e de lhes ensinar lições importantes. Que hoje seja dia disso ❤️
Não gosto de entrar "em caixinhas" e rótulos não é comigo. Sou mesmo do género a revirar os olhos quando as amigas chegam com mais uma revelação do tipo agora quero ser minimalista e mais logo paleo.
O Minimalismo então faz-me respirar fundo, já que normalmente começa sempre com um "tenho demasiada coisa", passa quase sempre num descartar sem método seguido de mais uma enorme fase de aquisição para voltar a comprar tudo aquilo que afinal era mesmo preciso.
Sou a favor de descartar e nem por sombras acho que devemos guardar tudo mas sinceramente, e a Marie Kondo que me perdoe, o que é demasiado para mim pode ser o mínimo para outra pessoa pois isso depende essencialmente do estilo de vida de cada um.
E é exatamente aí que está o meu grande conflito com os métodos de minimalismo que nos são "vendidos" atualmente de uma forma geral: precisamos de nos conhecer, de reconhecer o nosso estilo de vida e as nossas reais necessidades antes de colocar em prática o que quer que seja e não de seguir listas e padrões pré-estabelecidos por outras pessoas.
Encontrei recentemente, no meio das minhas inúmeras passeatas sobre o YouTube, o canal de Marilá Ribeirò, uma brasileira residente em Paris que fala sobre a sua forma de ver o minimalismo.
Ao longo dos seus vídeos encontrei vários pontos que estão em prática na minha vida e que entram perfeitamente num estilo de vida minimalista e que, apesar de não os colocar em prática nem de forma forçada nem para ser minimalista (nem me considero como tal coisa) achei que daria um post interessante.
Curiosos? 'Bora lá!
- Ter o necessário:
Ser "minimalista" é, pelo menos na minha conceção e na de Marilà também, ter o necessário e não ter menos por ter menos.
Alguém que trabalha em moda precisará de muito mais artigos de moda do que alguém que muda de roupa desde que entra no local de trabalho, como eu, ou alguém que cozinhe muito em casa precisa de muito mais utensílios de cozinha do que alguém que só faz um prato de vez em quando.
Adaptar as nossas posses às nossas reais necessidades é essencial para não ficar frustrado e estar em medida de realizar a sua vida como o deseja, de forma plena.
- Preferir a qualidade à quantidade:
Sou bastante poupada com as minhas coisas e prefiro a qualidade à quantidade seja em relação a roupas, presentes, quantidade de comida e por aí fora.
Não quero dizer com isso que faça economias mas a ideia é consumir melhor comprando coisas com maior durabilidade e que me sirvam realmente.
Dou-vos um exemplo flagrante: aqui há uns anos comprei uma camisola de caxemira que foi bastante cara. Até hoje ela não ganhou um único borboto e o facto de estar em muito bom estado faz com que goste tanto dela como no primeiro dia e como é um básico não me canso dela.
Moral da história, com o uso ela já ficou mais rentabilizada do que várias camisolas mais baratas juntas e ainda me durará mais uns anos.
- Manter tudo organizado e limpo:
Quanto mais coisas temos mais dificuldade temos em nos lembrar delas.
Mas mesmo que tenhamos menos coisas é necessário uma boa limpeza de vez em quando e uma arrumação simples e eficaz fazem milagres e assim servimo-nos melhor das nossas coisas.
- Servir-me de tudo o que tenho:
Quem não é do tempo da roupa de Domingo? Ou do serviço de sala que não se usa para não partir? Pois é, cá em casa não há disso. Apesar de guardar uma ou outra peça para o fim de semana, mais por uma questão de praticabilidade que de vontade, ponho tudo a uso.
Igual para serviços, têxteis de casa e presentes tais como velas, perfumes, etc. Acho que as coisas se fizeram para servir e não para ser guardadas e é isso que faço.
- Dar mais valor ao que tenho:
Quem nunca foi a uma festa e primeiro não sabia o que comer e depois chegou à conclusão de que comeu demais e está bastante mal disposto? Por vezes mais vale ter apenas uma coisa que nos faça mesmo vontade do que ter muita coisa e quando chega à hora não nos servimos porque não sabemos o que devemos usar.
E isso é mesmo uma grande vantagem de não ter muita coisa.
- Facilita muito as mudanças:
Como já comentei convosco antes em cinco anos mudei de casa três vezes e provavelmente não me ficarei por aqui. Por isso admito que, por razões práticas de mudança, ter pouca coisa ajuda bastante no antes, no durante e no depois.
E por aí vocês são mais para o minimalista ou para o acumulador? Quero saber tudo!
Andava com a "pulga atrás da orelha" por causa dos leitores de e-books há já algum tempo.
Sou uma leitora compulsiva mas evito comprar muitos livros porque são pesados e quando se muda de casa três vezes em seis anos (e provavelmente haverá mais uma mudança nos próximos anos) aprendemos a não acumular demasiado.
Há já algum tempo tinha, no entanto, encontrado uma boa solução de substituição: asbibliotecas públicas. Era uma solução económica, prática e que me permitia ler obras variadas. Mas 2020 mudou muita coisa e as bibliotecas foi uma delas.
Primeiro, assim que desconfinamos no mês de Maio, não retornei lá por uma questão de "desconfiança". Apesar de tudo admito que me fazia confusão na altura "sair da bolha". Mais tarde e com as medidas mais estritas que o mês de Setembro impôs a biblioteca passou a ser diferente.
Em vez de escolhermos os livros que queremos ler na prateleira, escolhemo-los em casa, via computador, e marcamos hora para os ir buscar. No meu caso nem o horário me convinha nem essa solução me agradava.
E a hipótese e-book ficou cada vez mais forte! Se bem que, admito, tinha muitos preconceitos que precisei de resolver e precisei de pegar no leitor de uma colega para perceber o que realmente aquilo era...
Depois de muito hesitar, o meu marido ofereceu-me um Kindle pelo Natal e estou bastante satisfeita com ele! A prova?! Já estou no nono livro desde que o tenho
Gosto da praticidade, da forma como escolho e descarrego livros e no conforto que me dá quando leio deitada, pegando o aparelho apenas com uma mão e sem precisar de ligar a luz e incomodá-lo caso ainda durma.
Se substitui o velho cheiro a livro? Não, é um facto. Mas é uma solução eficaz, segura e adaptada aos nossos estilos de vida mais nómadas e práticos.
Eu estou fã e por aí quem mais optou por esta solução? E quem não o fez ainda porque hesita?
2020 já vai quase no fim (e sim, estamos todos desertinhos por vê-lo pelas costas) mas foi um ano que, apesar do seu grau de dificuldade, não foi mau para nós.
Começámos com enormes planos para o nosso casamento que podemos celebrar apenas alguns dias antes do Mundo dar uma volta de 360º. Só por isso 2020 já ficará para a história da minha existência como um ano bom.
Depois veio o confinamento, as horas fechadas em casa e/ou no hospital. Apesar de nos termos desde o início preparado para a eventualidade de um de nós ficar doente em algum momento (ossos do ofício...) temos passado pelos pingos da chuva... o que em si já é motivo de gratidão.
Em Maio passei por uma cirurgia que se complicou um bocadinho (nada demais) e, felizmente, em Julho podemos aproveitar alguns dias na magnifica cidade de Avignon para namorar um bocadinho (já que a Lua de Mel, como devem imaginar, foi bastante original...).
Em Setembro podemos visitar as nossas famílias e, ao longo do ano, ver alguns amigos mesmo com restrições e distanciamento social.
Pelo caminho, e mesmo com dois meses de confinamento de Março a Maio e um segundo confinamento no final do ano, ainda conseguimos cumprir a maioria dos nossos objetivos.
Foi um ano também difícil e de algumas deceções, foi um ano de tudo em nada. Foi um ano onde nos desiludimos com algumas pessoas, não podemos abraçar os que amamos e um ano onde a distância entre Lyon e Lisboa quase que triplicou. Foi um ano onde o valor da amizade e da paciência nos foi ensinado à força mas mesmo assim estou-lhe grata por tudo o que nos trouxe e ensinou!
E vocês, como está a ser o vosso balanço de final de ano? Mais ou menos positivo ou muito negativo?
Beijinhos e até ao próximo post!
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Aproveitei o início do reconfinamento (mais ligeiro, certo... mas mesmo assim um confinamento) para realizar uma Roda da Vida.
Já tinha ouvido falar deste conceito mas a vontade de me debruçar sobre o assunto apareceu depois de ouvir um episódio da primeira temporada do podcast do Terra Mayada Filipa Maló Franco.
A Roda da Vida é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal que nos ajuda a encontrar um equilíbrio entre todos as áreas da nossa vida e a definir quais precisam apenas de ser mantidas e em quais precisamos de fazer um esforço para melhorar.
A ideia é de atribuir uma nota de 0 a 10 em 12 categorias diferentes.
Essas categorias são dinheiro e finanças, carreira e missão, saúde e disposição, diversão e lazer, ambiente e grupos, contribuição e doação, família e amigos, amoroso/conjugal, intelectual e racional e espiritualidade/propósito (os nomes podem ser alterados conforme a versão utilizada).
Depois de todas as perguntas respondidas vamos dispor de um diagrama que nos mostrará em quais áreas nos sentimos satisfeitos e nos quais nos precisamos de focar.
Pessoalmente decidi escolher as 3 cotações mais baixas e foquei-me no item dos três que teria mais impacto na minha vida.
Passei também todos os pontos a pente fino para perceber o que já consegui e o que posso conseguir em cada um. Pretendo fazer uma avaliação mensal da roda num primeiro tempo para ver o meu progresso.
É incrível como uma atividade tão simples, e que fiz em tom de brincadeira, teve um impacto tão grande nos dias que se seguiram.
Deixo-vos como sugestão um site onde podem fazer a vossa Roda da Vida online (é seguro e não precisa de registo). Também podem realizar esta roda numa folha de papel. Depende do gosto de cada um... Pode ser um excelente exercício para um Domingo fresco de Outono!
E vocês já fizeram uma Roda da Vida? Conhecem o príncipio?