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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

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Setembro e os Recomeços

O mês de Setembro é para muitos de nós o mês dos recomeços. 

A rotina estabelecida pelo ano escolar, o tradicional "travão" a que os meses quentes nos convidam fazem com que esta altura do ano seja um convite ao ato de recomeçar.

Se as boas resoluções ficam para os inícios de ano civil, Setembro é mês de balanço e de novos desafios. 

Por aqui eles também são de peso: a licença de maternidade já não durará muito e para o mês que vem o bebê já irá para a creche (felizmente para mim teve lugar na creche de onde saiu o irmão o que me reconforta por conhecer o espaço e as pessoas e me facilita a vida já que é mesmo em frente ao meu trabalho), o grande por sua vez irá começar a pré-escola (que aqui é obrigatória a partir dos 3 anos) e iniciará também um percurso de descoberta musical no conservatório da cidade onde vivemos.  

Enquanto casal o desafio é recomeçar a encaixar toda esta nova rotina, depois de a família ter vindo em reforço durante o Verão para se encarregar do grande enquanto estava de férias e que o pai e a mãe se entendiam com o piolho mais pequenino.

A nível pessoal nada de objetivos maiores a serem lançados. As tarefas e o cansaço já cá estão bem instalados não é de todo altura de se criar ainda mais pressão. 

E desse lado, que novidades trará Setembro? 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

van-tay-media-WMDKC8moG9w-unsplash.jpgPhoto de Van Tay Media sur Unsplash

Nos olhos de uma criança...

Descia um destes dias pela rua, com um barrigão enorme de final de gravidez, vestido e cabelos soltos e um sorriso na cara. 

O sorriso, mais ainda do que os cremes ou a maquilhagem, são base essencial do meu dia a dia. E isso mesmo nos dias dificeis.

Por essa ocasião cruzei-me com duas meninas, provavelmente irmãs. Uma mais velhinha, provavelmente 7 ou 8 anos, que trazia a mais novinha pela mão. Nesse dia vinha meio que atormentada com uma conversa e a repensar algumas das minhas posições, que podem ser um tanto ou quanto severas há primeira vista. Ali colocava em causa se as minhas boas intenções e opiniões que acho fundadas e refletidas (mas que podem ser um pouco contracorrente) serão realmente assim ou se me comporto como alguém de obstinado e irritante...

Quando olhei para o lado vi os olhos da menina mais novinha a brilharem e a sorrir para mim. Eu que tantas vezes tento ser um exemplo, apesar dos meus erros, medos e incongruências estava numa posição que há anos me obcede: será que algum dia conseguirei ser como as tantas mulheres que me inspiraram e me fizeram lutar por mais e melhor ou nunca serei capaz de tal honra? E a resposta estava ali, debaixo dos meus olhos, no sorriso daquela criança...

E, intervenção divina ou pura coincidência, vim para casa mais tranquila e serena! Porque acredito que as crianças se enganam menos do que os adultos e que vem muito mais do que o sorriso, o vestido e os cabelos ao vento. Eles "cheiram" ao longe os nossos combates e sabem em quem se querem inspirar melhor do que nós mesmos... 

Prometo-te menina com os olhos brilhantes que nos dias de dúvida tentarei sempre fazer os teus olhos brilharem ainda mais... porque sei a importância que o brilho nos olhos de uma menina tem na mulher adulta e no caminho que ela escolherá para si. 

Photo de Omid Armin sur Unsplash

 

Receber um Elogio

Não sei se vos acontece também mas somos muitos aqueles que tem dificuldades em receber um elogio. 

Medo de ser apelidado de "snob", de parecer convencido aos olhos do outro ou um verdadeiro "síndrome do impostor" há muitas vezes aquela ideia do "obrigado... mas".

Ora acho importante aceitar um elogio. Em primeiro lugar por respeito por quem o faz: afinal se a pessoa o faz é uma decisão dela, não é? Quem somos nós para desvalorizar as palavras do outro negando-lhe o direito de pensar de nós o que quer? 

Em segundo lugar porque não nos limitamos a sorrir, a agradecer o sorriso sincero. A cada um de nós de guardar depois para si o que acha importante ou justo. 

E por ai, como lidas com elogios? 

Um grande beijinho!

Imagem: Julia Berolzheimer

E onde anda o estilo de cada um?!

Por viver no centro de uma cidade de periferia encontro muitos miúdos com idades de terceiro ciclo e secundário seja na rua seja nos transportes públicos.

Entre os fones nos ouvidos, os iPhones na mão e as roupas parecem todos exatamente iguais, quase nem se distingue quem é quem. 

Relembro-me de mim com essa idade. Apesar de gostar de coisas "da moda" nunca reneguei (nem conseguiria) o meu estilo coquete e feminino.

De uma forma geral as minhas colegas e amigas tentavam fazer o mesmo. Podíamos até comprar na mesma loja mas o estilo de cada uma estava mais ou menos marcado. 

Os que cruzo por aqui não!

Numa altura em que muito se critica a decisão da França de optar pelo uniforme escolar é impossível não me deparar com o seguinte pensamento: de uniforme e todas iguais já eles andam! São as calças de fato de treino e as sweatshirts desportivas faça frio ou faça Sol. De preferência de cor preta, ou cinzenta... ou o mais neutro possível.  

E pergunto eu: onde raio anda aquela vontade de afirmação tão digna destas idades? Será que se afirmam todos da mesma maneira ou nem se dão a esse trabalho?

O meu questionamento ainda vai mais longe quando, à volta, os adultos se vestem de forma similar... E ao fim de quarenta pessoas vestidas de forma semelhante, quase indistinta, desisto de observar e sigo a minha vida.

E assim se parecem todas estas pessoas, ainda mais fechados pela cabeça metida "dentro do telemóvel" e que parecem incapazes de se dar conta de como, ao querer provavelmente sair da caixa, estão mais encurralados nela do que nunca!

Sendo uma apaixonada por moda e uma defensora da feminilidade ainda me foco mais nas jovens, nas senhoras de amanhã, que quando não usam este uniforme de invisibilidade (que tentam realçar com uma quantidade de maquilhagem digna de um anúncio publicitário) vestem-se de forma extremamente sexy: são os blazers sem nada por baixo ou os decotes extremos, que numa mulher de vinte e poucos até passam bem mas que numa miúda de 12 deixam no ar a dúvida: será que aquela noção de equilíbrio e de "sugerir sem mostrar" também ficou lá no século passado e as novas gerações ignoram esses antigos preceitos ou estão tão embebidas pelas Kardashian deste Mundo que acham mesmo que a única coisa porque valem a pena é o corpo?!

E num gesto quase de revolta dou por mim a puxar para o lado oposto. A dar o tudo por tudo naquilo que cada um de nós merece: um estilo próprio, cores alegres, cabeça alta e um sorriso na cara e sobretudo ocupar o seu lugar no mundo, com tudo o que de bom ou de dificil isso trás.

Um grande beijinho e até ao próximo post!

Fonte da imagem: https://juliaberolzheimer.com/2017/05/shopping-in-tulum/

Não estará a "polarização" a tomar conta de cada um de nós?

Durante os últimos anos a heterogeneidade tornou-se um verdadeiro mito. Em nome de uma tolerância, um tanto ou quanto hipócrita diga-se de passagem, vamos sendo cada vez mais encurralados em "caixinhas" (aquelas de que queremos sair à força) e isso é não só uma pena como é absolutamente pouco inteligente. 

São as nossas escolhas e capacidades (sim, sim... não há que ter medo das palavras) que nos tornam únicos, interessantes e verdadeiros e é a nossa abertura para dar as mãos e oferecer cada um o melhor de si que nos fazem andar para a frente. Ora as nossas gerações que se consideram "as mais inteligentes de sempre" mas que demonstram a sua ignorância só no acreditarem de forma tão cega nesta frase esqueceram-se exatamente disso. 

Não sei se já vos aconteceu, mas quantas vezes já dei por mim a pensar, numa noite com amigos, "nunca mais me apanham noutra" tanto a troca de ideias é viciada e pouco aberta a discussão. E pior, quantas vezes dou eu própria conta, de que me deixo levar por uma espécie de resistência passiva acabando por ir contra quem tem ideias tão "estabelecidas" simplesmente para contrariar. 

Os algoritmos são culpados de muita coisa, não o nego, mas a nossa incapacidade em nos colocarmos em causa e a estarmos abertos aos outros é tanto ou mais culpada. 

E assim se estragam amizades de anos, porque sejamos honestos não há ninguém que goste de ser acusado de tudo e corrigido por nada e sobretudo porque pessoas com opiniões sobre tudo e "cheias de certeza" se tornam auto centradas e, desculpem lá a expressão, insuportáveis. 

E se acham mesmo que o problema é só dos outros comecemos por olhar para o próprio umbigo! Juro que são muitas as vezes em que me apanho meio que entalada na teia e também eu estou a pôr pessoas de lado porque não me identifico com elas a 100%, o que por si só é impossível. 

E todos ganhávamos tão mais com a troca de ideias e com a união, ao invés deste Mundo polarizado e ridículo em que vivemos... onde a boa consciência de cada um é mais importante do que o avanço como um todo. 

Que possamos refletir sobre isso... 

priscilla-du-preez-mKJUoZPy70I-unsplash.jpgPhoto de Priscilla Du Preez 🇨🇦 sur Unsplash

Paciência, a mãe de todas as virtudes

Um dos meus principais defeitos é o querer tudo para ontem. E se é verdade que faço o que posso para reduzir o seu impacto no meu dia a dia continuo a fazer sentir sobre mim e sobre os meus o peso da minha impaciência. 

Estou, no entanto, convencida da importância do saber esperar nas nossas vidas (e do tanto que essa história de paciência está esquecida num canto da nossa memória). 

Para mim alguém paciente é alguém que mantém os pés bem assentes na terra e não passa a vida "prego a fundo". Em contrapartida é alguém que sabe apreciar a chegada à meta.

É alguém que opta pelo que lhe faz bem seja qual for o tempo que isso lhe demore e que até sabe apreciar o caminho percorrido.

É também aquela pessoa que dá valor à relação humana, não se chateia à primeira, sabe respeitar o tempo do outro e acredita no melhor de quem está à sua volta. Quantas relações amorosas, familiares ou de amizade seriam bem mais simples se a paciência estivesse mais presente nas nossas vidas?

Esperar para vestir aquela roupa nova numa ocasião mesmo especial, não comprar algo por impulso ou ler um livro sem espreitar o fim são alguns dos desafios que nos podem levar a compreender a paciência e a sentir a realização que ela pode trazer à nossa vida. 

Ser paciente, mostrou-me a vida adulta, é a mãe de todas as virtudes. E que mais simples seria a nossa vida com ela...

Um grande beijinho e até ao próximo post!

duane-mendes-M5OpeuHep1E-unsplash.jpg

Photo de Duane Mendes sur Unsplash

5 Coisas de 2022... E 5 para 2023

2022 não foi um ano fácil mas ainda trouxe algumas coisas boas. 

Trouxe aprendizagens e uma das mais importantes foi que ter "liberdade" não é apenas fazer o que se quer mas implica também assumir e respeitar as responsabilidades que essas escolhas nos trouxeram.

Também aprendi que a paciência é fundamental e que o "eu sou assim" não é razão para descarregar o mau humor nos outros. Ninguém tem sempre razão e ninguém e sempre culpado.

Por outro lado 2022 fez-me redescobrir um prazer enorme em fazer bolos e a vê-los ser apreciados pelos meus. Também me trouxe uma serenidade e uma confiança no meu papel de mãe que é não só agradável como motivante.

Por fim 2022 ensinou-me que a resiliência é difícil mas que desistir nem sempre é a solução. 

Posto isto e com a bagagem que adquiri o ano passado estabeleci como votos para 2023:

- Aprender a falar menos, porque uma "grande boca" não ajuda ninguém e eu tenho esse grande defeito de falar demais;

- Ouvir mais porque uma coisa vai com a outra; 

- Cozinhar mais e se possível aprender mais de doçaria;

- Continuar a decoração da minha casa;

- Focar-me mais no positivo do que no negativo. Porque tenho uma vida rica, apesar de imperfeita, e tantas vezes teimo só em ver o negativo...

E por aí quais foram as melhores aprendizagens de 2022? E os projetos para 2023? 

Um grande beijinho e bom ano!

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https://unsplash.com/photos/HSNOaOtWIrs?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditShareLink

Tempo de Advento

Começou ontem o Tempo de Advento.

A palavra Advento vem do latim "adventum" que significa vinda ou chegada e é vivida pelos cristãos como um tempo de preparação para o Natal.

Esta época do ano é ainda mais importante em tempos difíceis como os que vivemos entre guerras, recessão e tantos outros problemas. Todos os dias, mesmo na segurança das nossas casas, somos bombardeados com notícias cada uma pior que a outra. 

Sou uma otimista e acredito sinceramente que é o amor que distribuímos, a começar por quem nos está mais próximo, que criará mais e mais amor numa corrente sem fim. E é esse amor que nos pode tornar fortes o suficiente para reagir, ajudar quem precisa e sair deste clima geral de "eu aponto o dedo aos problemas e os outros que os resolvam". E é esse para mim o grande desafio deste tempo.

Que limitemos os presentes mas multipliquemos por três o tempo dedicado à família. Cozinhemos, aproveitemos para passear no exterior e desfrutar das lindas paisagens de Inverno. Façamos a "caça" aos eventos culturais (que na sua maioria são gratuitos e existem em muitas cidades mesmo do interior) e deslumbremos-nos com as luzes de Natal, pequenos e grandes. Deixemos que a magia do natal nos deslumbre e fortaleçamos laços e distribuemos solidariedade ao longo desta época. Se é verdade que a solidariedade é esquecida o resto do ano também é verdade que mais vale fazer algo bom apenas no Natal do que nunca...

Que cheguemos à noite da consoada mais ricos do que mais importa. E que este Natal, que até pode ser mais pobre, será seguramente Feliz.

Boa preparação a todos, crentes ou não!

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Foto: https://unsplash.com/photos/kE19SiUhkDA?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditShareLink

Dias difíceis... novas oportunidades!

Quem nunca teve um dia difícil em que tudo corre mal e que chega ao final do dia lavado em lágrimas que atire a primeira pedra? Se é verdade que doenças graves, perdas de entes queridos não são nada comparado com os nossos problemas do dia a dia a verdade, os primeiros também podem ser dolorosos e destrutivos. 

Quando esses dias chegam nada corre bem. É o conflito, é a negação e o sentimento de que nada é suficiente, que nada presta. E cumulativamente a nossa própria autoestima é destruída com eles. E desistimos, e deixamos de contruir e dar o melhor de nós a quem mais queremos. 

Quando esses dias chegam existem duas opções: aproveitar o embalo de já estar bem lá no fundo e dar a volta por cima ou deixar-se ficar. 

E se dar a volta por cima fosse a melhor coisa que nos podia acontecer? Se for a ocasião perfeita para se colocar em causa, alinhar objetivos e prioridades e definir uma melhor versão do "eu". 

E depois de ultrapassada a fase dificil é importante não se esquecer dela. Guardar no canto da memória para da próxima vez, no próximo desafio podermos ter a certeza de que faremos no mínimo igual. E tudo correrá bem! 

Porque a cada dia difícil corresponde uma nova oportunidade. Nunca nos esqueçamos disso! 

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Photo by Matheus Ferrero on Unsplash

 

Tempo de Rentrée

Aproveitar o tempo, respirar. Aproveitar aquele momento ali. Reencontrar-se.
Aceitar que nem tudo pode mudar ali e agora já mas ter a certeza de que irá ser melhor das próximas vezes.

Ser mais do que ter, estar mais do que nunca no aqui e no agora.

Este tempo de rentrée trás uma certa tendência à mudança, ao renascer da fénix depois dos dias quentes e regados de coisas boas.

Que este recomeço tragas novos e melhores objectivos e sobretudo melhores dias e novas cores e sabores.

Que seja um bom recomeço para todos.

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