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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

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Portugal... Um ano depois!

Voltamos ontem de umas pequenas férias em Portugal... E a brincar ja há mais de um ano que não pisávamos solo português nem o A. tinha conhecido o nosso pais.

Se a falta de luz de Segunda passada foi um presente de boas vindas estranho e os últimos dias marcados pela chuva a verdade é que souberam bastante bem. 

Ouvir falar português, comer da nossa comida e assistir a algumas das nossas tradições souberam pela vida. Sem contar que esta vida de emigrante, apesar de algumas vantagens, pode ser extremamente solitária e se o carinho a nos adultos nos faz bem, o que os nossos filhos receberam de todos com quem nos cruzámos não têm preço. 

Que venham agora as férias de Verao e a tão aguardada visita ao "meu" Ribatejo...

 

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Confidências de São Valentim

Nunca gostei particularmente do dia de São Valentim. Resultado de uma adolescência pouco rica em experiências amorosas ou por não perceber a utilidade dos milhares de ursinhos com corações vendidos nesta altura do ano. 

Mesmo com o meu marido, que lhe tem uma certa aversão também, nunca jantamos fora, nunca nos oferecemos presentes por causa desta data. 

Mas os anos passam e vamos mudando a forma de ver a vida e este ano decidi "comemorar". Não o faço para me sentir parte da população mas porque considero que é mais uma ocasião de ouro para estarmos melhores juntos e embelezarmos um pouco mais a nossa vida. 

O programa é bastante simples: umas bolachas que comprei esta manhã na padaria e três rosas que comprei na florista ao passagem e que perfumam neste momento a nossa entrada. 

Não haverão filas para o restaurante, nem stress com a fatiota, nem entregar as crianças aos avós (calha bem porque não podemos fazer isso, infelizmente!) mas a data não passará em branco. Sem grandes coisas apenas uma família que está junta e um casal que é a base dessa mesma família. 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

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Regressar... Devagar...

Vários meses se passaram desde a minha última publicação. 

O regresso ao trabalho, o ritmo acelerado pela chegada de um recém-nascido em casa, um "grande" que entrou na escola e também uma certa desmotivação muito por causa dos anónimos desta vida fizeram com que me afastasse daqui e que duvidasse se valia a pena continuar a escrever.

Mas o meu dia a dia mostra-me que aquilo que partilho aqui e que tento pôr em prática (com muitos altos e baixos), pode fazer sorrir alguém. E um sorriso, a simples ação de se fazer bem a si mesmo, aos seus e aos outros, pode dar origem a algo muito maior e tornar-se em um pouco mais de amor neste Mundo.

E não, o objetivo está longe de ser "só olhar para o meu umbigo" mas sobretudo "tratar de mim para tratar ainda melhor de quem está à minha volta".

Porque os prazeres simples são os que mais contam e se um únicos dos olhos tristes e vazios que cruzamos na rua forem ligeiramente "consolados" por um sorriso ou por uma palavra de apreço então o que escrevo aqui vale um bocadinho a pena!

E assim volta o Crónicas, sem linha editorial, sem datas fixas ou pressões de qualquer forma. Apenas o que o coração, e a inspiração, ditaram as suas regras! 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

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Inspirações de Outono - Versão 2024

O Outono chegou e com ele uma das minhas estações preferidas do ano. 

Outono combina com contemplação das folhas das árvores, com o início dos períodos de manta e leitura e com o cheiro a bolo ao Domingo. 

E por aí, a que cheira Outono? 

 

 

 

 

Crónica de Livro #2: "Arrume a sua casa, arrume a sua vida"

Se há coisa que preciso é de uma casa minimamente arrumada, de uma casa que respire. 

Suporto, sem grandes penas, um chão que não esteja aspirado ou um armário que tem um pouco de pó em cima mas o excesso de tralha perturba-me! Tanto assim é que faço limpezas frequentes nos meus pertences e nas coisas dos meus filhos, seja nas roupas como nos brinquedos. 

Uma coisa é certa, e vejo isso tanto em mim como no meu grande, quanto mais coisas temos menos as usamos. E isso é certo para roupas, sapatos, malas, livros e brinquedos. 

Durante estes meses em que estive mais por casa retirei da biblioteca um livro que já tinha lido há muitos anos mas que me reconfortou bastante nesta "arte" de se desembaraçar de coisas: "Arrume a sua casa, arrume a sua vida" de Marie Kondo

A autora, de origem japonesa, ganha a vida a ensinar os seus clientes (e leitores) a arte do destralhar e do arrumar, "ciência" a que se dedica desde os seus cinco anos. 

 

O seu método baseia-se em 5 premissas

- Visualize o seu objetivo;

- Destralhe tudo de uma só vez;

- Só guarde quando a resposta à questão for: "isto deixa-me feliz?";

- Organize por espaços e não por localização;

- Atribua um sítio para cada coisa e coloque-a sempre lá;

 

Se o método "KonMari", como a autora o chama, é útil e o seu livro uma verdadeira fonte de motivação para despejar a nossa casa da quantidade de coisas excessivas que guardamos e de, indiretamente, pensarmos duas vezes antes de comprar o que quer que seja. Por outro lado acho que as diferenças culturais entre a cultura europeia e japonesa fazem com que algumas destas regras não possam ser aplicadas. Da nossa cultura fazem parte as lembranças daqueles que já partiram, as fotografias de momentos felizes e isso parece-me que merece uma certa adaptação do método à nossa realidade. 

E por aí, já leram este livro? O que acharam?

 

 

Setembro e os Recomeços

O mês de Setembro é para muitos de nós o mês dos recomeços. 

A rotina estabelecida pelo ano escolar, o tradicional "travão" a que os meses quentes nos convidam fazem com que esta altura do ano seja um convite ao ato de recomeçar.

Se as boas resoluções ficam para os inícios de ano civil, Setembro é mês de balanço e de novos desafios. 

Por aqui eles também são de peso: a licença de maternidade já não durará muito e para o mês que vem o bebê já irá para a creche (felizmente para mim teve lugar na creche de onde saiu o irmão o que me reconforta por conhecer o espaço e as pessoas e me facilita a vida já que é mesmo em frente ao meu trabalho), o grande por sua vez irá começar a pré-escola (que aqui é obrigatória a partir dos 3 anos) e iniciará também um percurso de descoberta musical no conservatório da cidade onde vivemos.  

Enquanto casal o desafio é recomeçar a encaixar toda esta nova rotina, depois de a família ter vindo em reforço durante o Verão para se encarregar do grande enquanto estava de férias e que o pai e a mãe se entendiam com o piolho mais pequenino.

A nível pessoal nada de objetivos maiores a serem lançados. As tarefas e o cansaço já cá estão bem instalados não é de todo altura de se criar ainda mais pressão. 

E desse lado, que novidades trará Setembro? 

Um grande beijinho e até ao próximo post!

van-tay-media-WMDKC8moG9w-unsplash.jpgPhoto de Van Tay Media sur Unsplash

O Mundo Novo da Universidade: coisas que gostava que me tivessem dito!

Final de Agosto, rima com final de férias de Verão e inicio de um novo capítulo para muitos de nós. E é sempre nesta altura em que penso com alguma nostalgia aos meus anos de faculdade. 

Hoje dedico este post a todos aqueles que vão dar esse grande passo na sua vida ou, a defeito, aos pais que possam passar aqui pelo blog. Entrar na Universidade pode ser sinónimo de muita coisa mas, apesar dos naturais excessos que possam ocorrer, são também momentos que nos podem ensinar lições para toda a vida! 

Uma das primeiras lições que tirei é a de que a liberdade tem de ser acompanhada de responsabilidade para ser total. A segunda, que não é menos dolorosa, é que escolher os amigos é fundamental.

Outra lição importante, e sobretudo para aqueles que vão viver com desconhecidos (ou mesmo conhecidos) pela primeira vez é que a convivência com os nossos pais é, muitas vezes, pacífica. Com esta vai a importância de marcar limites, de negociar e de chegar a acordos. Afinal é muito dificil encontrar pessoas com quem possamos viver sempre sem que nunca haja problemas. 

Mais uma mensagem a passar aos jovens é que não só de álcool e saidas à noite se vive. Estudar é importante assim como aproveitar as oportunidades que as cidades, sobretudo Lisboa e Porto, nos oferecem de um ponto de vista cultural. Também a tomada de partidos a torto e a direito não auguram nada de bom: se todos os pontos de vista podem ser defendáveis temos de aprender desde cedo a escolher as nossas próprias batalhas, senão arriscamos-nos a ser vistos como "ventrilucos" que dizem muito mas que não fazem nada! 

Os anos de faculdade podem também ser anos que nos afastam das nossas pessoas de sempre. E é, na minha opinião, a altura perfeita para estabelecer prioridades: não esquecer nunca quem nos faz bem e guardar contato quando possível. Deixar de lado quem não é de todo uma boa influência.

Por último é importante ter humildade para não esquecer quem somos nem de onde vimos. Muitos de nós acabaremos por voltar ao ponto de partida e, mesmo aqueles que não o farão, ganharam bastante em trabalhar esta qualidade. 

E por aí, que outros conselhos gostarias de dar aos nossos futuros "doutores"? 

Um grande beijinho e até ao próximo post e muito boa sorte a todos os jovens caloiros! 

dom-fou-YRMWVcdyhmI-unsplash.jpgPhoto de Dom Fou sur Unsplash

Nos olhos de uma criança...

Descia um destes dias pela rua, com um barrigão enorme de final de gravidez, vestido e cabelos soltos e um sorriso na cara. 

O sorriso, mais ainda do que os cremes ou a maquilhagem, são base essencial do meu dia a dia. E isso mesmo nos dias dificeis.

Por essa ocasião cruzei-me com duas meninas, provavelmente irmãs. Uma mais velhinha, provavelmente 7 ou 8 anos, que trazia a mais novinha pela mão. Nesse dia vinha meio que atormentada com uma conversa e a repensar algumas das minhas posições, que podem ser um tanto ou quanto severas há primeira vista. Ali colocava em causa se as minhas boas intenções e opiniões que acho fundadas e refletidas (mas que podem ser um pouco contracorrente) serão realmente assim ou se me comporto como alguém de obstinado e irritante...

Quando olhei para o lado vi os olhos da menina mais novinha a brilharem e a sorrir para mim. Eu que tantas vezes tento ser um exemplo, apesar dos meus erros, medos e incongruências estava numa posição que há anos me obcede: será que algum dia conseguirei ser como as tantas mulheres que me inspiraram e me fizeram lutar por mais e melhor ou nunca serei capaz de tal honra? E a resposta estava ali, debaixo dos meus olhos, no sorriso daquela criança...

E, intervenção divina ou pura coincidência, vim para casa mais tranquila e serena! Porque acredito que as crianças se enganam menos do que os adultos e que vem muito mais do que o sorriso, o vestido e os cabelos ao vento. Eles "cheiram" ao longe os nossos combates e sabem em quem se querem inspirar melhor do que nós mesmos... 

Prometo-te menina com os olhos brilhantes que nos dias de dúvida tentarei sempre fazer os teus olhos brilharem ainda mais... porque sei a importância que o brilho nos olhos de uma menina tem na mulher adulta e no caminho que ela escolherá para si. 

Photo de Omid Armin sur Unsplash

 

Receber um Elogio

Não sei se vos acontece também mas somos muitos aqueles que tem dificuldades em receber um elogio. 

Medo de ser apelidado de "snob", de parecer convencido aos olhos do outro ou um verdadeiro "síndrome do impostor" há muitas vezes aquela ideia do "obrigado... mas".

Ora acho importante aceitar um elogio. Em primeiro lugar por respeito por quem o faz: afinal se a pessoa o faz é uma decisão dela, não é? Quem somos nós para desvalorizar as palavras do outro negando-lhe o direito de pensar de nós o que quer? 

Em segundo lugar porque não nos limitamos a sorrir, a agradecer o sorriso sincero. A cada um de nós de guardar depois para si o que acha importante ou justo. 

E por ai, como lidas com elogios? 

Um grande beijinho!

Imagem: Julia Berolzheimer

Para mim é urgente falar de educação afetiva!

Durante o meu período de baixa e de licença de maternidade durante a gravidez o computador foi inevitavelmente a minha companhia. Entre documentários, notícias mais ou menos tristes e afins foram vários aqueles que me fizeram pensar, refletir, filosofar... 

Um desses temas foi o da educação afetiva.

Ao longo do último ano que passou foram vários os temas "fraturantes" que surgiram em praça pública. Vimos entre outras coisas a escola "catapultada" para uma posição de responsável da educação sexual das crianças, seja pela sua implicação nas questões das ditas "ideologias de género" ou "educação sexual" chegando ao extremo de lhe ser pedido de tomar uma postura quase contrária à dos pais em caso de "litígio" entre eles e os seus filhos (atenção que para mim um pai que questiona o filho sobre as suas escolhas não está em litígio com ele, está apenas a cumprir o seu papel de pai e parece-me desonesto afirmar o contrário como já foi feito. E é também importante relembrar que um pai ou mãe que se questiona e que se interessa é diferente de um pai indiferente, agressivo ou violento e é perigoso assumir sempre que são iguais). 

Não é o meu papel, nem o deste blog, de fazer política ou questionar decisões governamentais. Tenho opiniões bem documentadas sobre algumas coisa, sobre outras nem por isso e nem é isso que me importa.

Mas há algo que me deixa inquieta! No meio de tanta biologia, ou falta dela. De tanto ensinar as crianças os nomes e o funcionamento dos órgãos sexuais, dos meios contracetivos, do recurso ao aborto esquecemos outros ensinamentos importantes: o facto de sermos seres humanos, o que nos faz ser mais afetivos do que instintivos nas relações humanas, inclusive intimas. 

E há alguém que fale tão abertamente disso aos jovens como se fala de preservativos? Não! A escola não o faz porque não pode e porque não é esse o seu trabalho, os pais estão cada vez mais distantes, sobretudo no caso das famílias mais destruturadas ou das classes socio-económicas mais baixas e a sociedade tirou a palavra sexo da lista dos tabus e colocou lá a palavra afetividade...

Todos nós já passamos pela adolescência e quase todos pela fase da descoberta do corpo e do desejo. O que sentiriamos ao perceber que quer para nós quer para aquele ou aquela que está connosco a única coisa que conta é o ato em si, sem amor, sem carinho, sem sentimentos... Como nos sentiriamos se nos gritassem aos ouvidos que somos muito mais do que um corpo mas que nos ensinam que nas relações intimas somos uma espécie igual a tantas outras?

E pergunto-me o que esta lacuna trará para os nossos jovens, se não os tornará cada vez mais supérfluos e consumistas até em relação às relações humanas. Procurando cada vez mais sem nunca lhe ser suficiente... talvez porque não saiba do que está à procura? 

Cabe-nos a todos nós, enquanto adultos e independentemente da nossa posição ou profissão, explicar a importância de valorizar o seu corpo acima de tudo e de o respeitar, que o poder da mulher ou do homem não reside no número de parceiros sexuais mas sim no seu caractér, na sua pessoa como um todo e no seu caminho próprio e que uma relação que vale a pena e que é realmente prazerosa é aquela em que as duas partes estão ligadas mais do que pelo corpo mas também pela cabeça. 

Sim, o meu discurso é hasbeen e muito a contracorrente, mas não haverá uma certa necessidade de levar algumas destas ideias aos jovens que estão à nossa volta?! 

Para mim é urgente falar de educação afectiva! E para vocês?

freestocks-Y9mWkERHYCU-unsplash.jpgPhoto de freestocks sur Unsplash

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