Ser Introvertido não é um problema #1
Sou tendencialmente uma pessoa quieta.
Gosto muito de estar com amigos mas sinto-me pouco confortável em grupos, adoro receber visitas em casa mas sinto-me pouco motivada a sair para lugares barulhentos. Durante muitos tempos considerei-me timida e cheguei mesmo a forçar-me a sair pois sentia-me "antissocial".
Se com o crescimento me sinto cada vez melhor da minha pele, o livro "O Poder dos Quietos" de Susan Cain ajudou-me a perceber e a criar estratégias para lidar com esta minha falta de energia depois de interagir com muitas pessoas ou de ter estado em sítios barulhentos.
Ouvi falar pela primeira vez no livro "O Poder dos Quietos" numa emissão do Ted Talk que contou com a participação da autora.
Se o conceito de introversão/extroversão não é novo, aliás foi um dos pilares essenciais das pesquisas do famoso psicólogo Carl Jung, a verdade é que há cada vez menos espaço para as pessoas com tendência à introversão, desde a escola até aos corredores das grandes empresas onde o trabalho em "open space" e as redes de contactos são a atualidade.
Mas se, tal como eu, também tu te sentes como um peixinho fora de água muito por causa da inaptidão de estar à vontadinha em público tens de ler este livro que está cheio de exemplos de sucesso de pessoas altamente bem sucedidas (e conhecidas) e que conseguiram criar estratégias para brilharem neste Mundo onde se ouve mais quem fala alto do que quem fala certeiro.
Só para citar alguns nomes temos Bill Gates, Al Gohe, Eleanor Roosevelt ou J.K. Rowling.
Estas pessoas que tão bem conhecemos foram obrigados a falar para grandes grupos, gerir empresas, fazer apresentações ou dar entrevistas. O seu segredo, no geral, é permitir-se voltar à sua "bolha" para recarregarem baterias e apreciar esses momentos, não como um calvário mas como uma benção.
Um dos exemplos mais marcantes do livro é o de Brian Little, professor catedrático americano, que apesar de ser um grande introvertido é um excelente orador. Para o Professor Little, a motivação de partilhar um tema que o apaixona é o seu motor para uma apresentação plena e cheia de bom humor mas, depois dela, precisa de voltar ao seu espaço de calma para se estabelecer.
Em resumo o que o livro defende é que ao contrário do que pode parecer ser introvertido não é um problema.
Por norma um introvertido têm um sentido de criatividade e quando propõe algo está seguro do resultado possível e isso são caracteristicas muito necessárias mesmo nas nossas sociedades atuais e altamente conectadas.
Continuaremos a falar deste livro e do seu tema principal no próximo post. Até lá um enorme beijinho!
Photo by Maria Victoria Portelles on Unsplash
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