Rugas de Expressão
Estava a fazer scroll pelo facebook (sim, sim... essa rede social dos infernos mas que eu continuo a utilizar volta não volta) e deparei-me com a foto de uma antiga colega.
Conheci-a há uns bons anos atrás quando, muito mais nova do que o meu "bando", foi trazida lá para dentro por um amigo.
Curiosamente o namoro deles acabou e a minha relação com esse amigo também, ou pelo menos fomo-nos afastando e acabámos por perder o contato há muitos muitos anos.
Em contrapartida guardei sempre algum contato com ela. Fosse um "Olá" bem disposto quando nos cruzávamos ou uma mensagem via um qualquer chat pelos respetivos aniversários.
A foto, que não tinha absolutamente nada de especial, mostrava uma cara que eu tão bem conhecia mas com as primeiras rugas de expressão. E isso deixou-me um bocadinho incrédula...
Afinal se assim é com o rosto dela o meu não está muito diferente.
Eu, que apesar de ser uma pessoa adulta, nem sempre me sei comportar como uma. Eu que tantas vezes preferia esconder-me debaixo da cama a enfrentar um problema ou a suportar o rang-rang do dia a dia. Eu que continuo a sonhar com histórias de principes e princesas e com fadas madrinhas. Eu também cresci, não foi só ela!
E essa foto lembrou-me que se ela, uns bons anos mais nova, é uma mulher adulta e independente (e apesar de não sermos grandes amigas tenho uma adorável admiração por essa rapariga, saiba-se lá porquê) eu também o sou.
E se a minha cara já o demonstra bem, a minha alma essa está cheia de marcas de guerra e de objetivos atingidos, alguns com bastantes dificuldades e muita resiliência.
É incrível como, há medida que a vida avança, ela não se torna mais fácil. Apenas se torna mais rica e desafiante.
E tal como o meu rosto, o rosto daquela "miúda" e o rosto de qualquer pessoa na face da Terra as rugas de expressão estão lá para marcar toda essa complexidade.
E ao recusarmos essas rugas estamos a recusar todas as grandes e pequenas etapas que fomos atravessando ao longo da nossa vida.
Photo by Anita Jankovic on Unsplash
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