Rir... para não chorar!
Já foram várias as vezes em que referi, aqui no blogue, o meu "mau estar" com o emprego que tenho atualmente. E uma das principais razões para isso são os colegas diretos.
Eu sei que há colegas bons e maus em todo o lado mas juro-vos que nunca trabalhei com pessoas assim, em lado nenhum.
Hoje, e em jeito de purga, resolvi partilhar convosco alguns episódios que envolveram alguns dos meus companheiros e que me deixaram quase à beira de um ataque de nervos!
Ora leiam:
- Numa hora de almoço vejo uma revista que me interessa na cafetaria do hospital. Compro-a e guardo-a dentro de um cacifo pequenino que partilho com uma colega. No final do dia, quando vou buscar a minha lancheira e a famosa revista não a encontro. No dia seguinte a colega com quem partilho o cacifo diz-me o seguinte: "Levei a tua revista para casa, espero que não te importes. Achei-a tão interessante que não resisti a levá-la para ler".
- Tenho o hábito de levar umas bolachas para comer a meio da manhã. Como nem sempre me apetece deixo-as na minha lancheira na nossa sala de refeições. Uma manhã destas estava a partilhar o serviço com uma colega que é extremamente "metediça" e senti-me na obrigação de lhe dizer que ia descer para buscar as minhas bolachas se ela precisava de alguma coisa. A dita cuja olha para mim chocada: "então mas não há ai tostas ou outra coisa no serviço que possas comer. Vai lá ver se há-de haver aí alguma coisa!".
- Levo o meu trabalho muito a peito e considero que pesquisas e estudo fazem parte integrante dele. Um dia estava a procurar informações e artigos cientificos sobre uma patologia com a qual tenho pouca experiencia. Uma colega chega e faz-me um interrogatório sobre o que estava a fazer e porquê. De mau humor lá respondi... Qual não é o meu espanto quando, na pausa de almoço, levo com o discurso inflamado de uma outra colega sobre o facto de ser indecente haver pessoas que sabem fazer pesquisas e outras não. Oh senhor Google rogai por nós!
- Tenho um colega, com quem sou obrigado a trabalhar, que é o tipo mais preguiçoso (e desconfio que mentiroso) que já conheci na vida. Um dia diz-me que realizou uma intervenção num paciente, que eu podia estar descansada. Acabei por ser informada de que nada foi feito por ele. Quando o confronto diz-me que se enganou e que estava a falar da senhora do quarto ao lado... Vim a saber que não viu nem uma nem outra!
- Uma das minhas colegas crê realmente que é uma ótima pessoa e as suas intervenções são tudo menos racionais. Um dia deixa-me uma doente para fazer alguns exercícios. Eu conheci-a e sabia que a senhora estava demasiado fraquinha para ter duas intervenções em fisioterapia no mesmo dia. Perguntei-lhe o porquê de querer que eu a volte a ver. A resposta: ela coitadinha não têm visitas... ao menos assim sempre fala com alguém.
Podia contar-vos vários outros episódios do meu dia a dia... acreditem que podia fazer um post por dia com coisas destas...
Mas digam-me lá se, quando vos digo que mais vale rir do que chorar tenho ou não razão?