Pequenas (grandes) Vitórias!
Não sei se se recordam mas comecei este blogue com uma carta.
Uma carta que me escrevi a mim mesma, onde me escrevia como uma das minhas amigas (e Deus sabe como tenho umas quantas que me poderiam ter feito um discurso do género e como sou grata por isso) me poderia ter escrito perante o estado em que me sentia naquele dia.
Foi uma carta que funcionou como um "Grito de Ipiranga", como uma declaração a mim mesma que a fase má que estava a passar não podia durar para sempre e precisava de tomar atitudes e retomar a responsabilidade da minha vida.
Depois dessa carta aconteceram tantas coisas boas e menos boas.
Chorei muito e fortaleci-me. Comecei a dizer que não de forma tímida e perdi a cabeça com situações que eram injustas aos meus olhos. Reconheci o quanto procrastinava e obriguei-me a fazer coisas.
Estabeleci objetivos, alinhei prioridades e defini estratégias. Fiz-me de forte e decidida mesmo quando, por dentro, só me apetecia enroscar-me num canto e chorar.
Percebi que são aqueles que amo e que me amam que contam e que preciso de trazer mais gente boa para a minha vida. Decidi que cuidar de mim é uma obrigação e não uma opção.
Escolhi ocupar o meu dia com outras coisas que não sejam trabalho e colegas idiotas. Forcei-me a criar hábitos e que compreendi que mais vale fazer qualquer coisa do que não fazer nada.
Pode parecer pouco mas este caminho exigiu-me muito esforço. Mas estou feliz, muito feliz com o caminho percorrido até aqui.
Há ainda muita coisa a fazer, muita pedra para partir e com certeza muitas lágrimas para correr mas estamos no bom caminho.
E como dizem que se deve comemorar cada vitória, por muito pequena que seja. Comemoro-a aqui, convosco.
Que sem serem ditos nem achados me têm dado mais uma razão para sorrir todos os dias.