O Toque (ou a falta dele)
O toque é parte integrante da comunicação não verbal do ser humano. Têm ainda mais impacto na nossa cultura mediterrânica que é muito "de contacto". Quando tocamos o outro entramos numa esfera mais próxima, mais privada. Numa esfera onde há uma ligação ainda mais forte.
Não é por acaso que o "pele contra pele" de um bebé contra a sua mãe ou pai é uma realidade na maior parte das maternidades e nos serviços de neonatologia ou que exprimimos o nosso amor com beijos e abraços.
Como fisioterapeuta o toque faz parte integrante do meu trabalho e como pessoa sempre me exprimi muito pelo toque para reforçar o que queria transmitir em palavras. A palmadinha no ombro que aumenta o poder da palavra dita...
Se há algo que me falta é isso. Não são só os beijos e abraços apertados. É o toque no momento de exprimir uma felicitação ou, pelo contrário, dar conforto e proteger.
Sei que há quem pense o contrário, e respeito, mas o "toque" é a base da minha profissão e também aquilo que me faz ser competente nela. É uma das bases da minha essência.
E ainda hoje quando, especialmente no trabalho, tenho alguém em sofrimento à minha frente e que chora, ainda lhe dou a mão (desinfectada mais de 500 vezes ao longo do dia, como sempre foram...). Porque sou melhor em comunicação não verbal e porque está aí a minha força.
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