O Crescimento e a Parábola do Filho Pródigo
Ouvi a Parábola do Filho Pródigo muitas vezes ao longo da vida e nunca a aceitei muito bem. Para alguém com um espírito ultra-cumpridor como eu, é difícil compreender que um filho que partiu levando consigo aquilo que supostamente "lhe pertencia" seja recebido depois com pompa e circunstância.
Parti sempre do principio que uma escolha é algo definitivo e que a partir daí cabe a quem a fez toda a responsabilidade, pagando o preço que for preciso pela sua própria opção. E não pensem que só pensava isso em relação aos outros, sempre o apliquei letra por letra na minha própria vida.
Recentemente uma conversa de circunstância com uma colega fez-me refletir a minha própria visão da vida e das escolhas. Apesar de eu nem sempre me permitir errar, as escolhas são parte integrante da vida e errar faz parte de todo o processo de aprendizagem.
Nem sempre fazemos as melhores escolhas e nem sempre aqueles que amamos fazem escolhas que nos agradam. E acabamos todos, muitas vezes nesta ânsia de viver, de aprender e de vencer, por em algum momento magoar, deixar de lado ou negar quem nos deu tanto amor.
Mas o amor está aí mesmo: nesses braços abertos e nesse trampolim que nos é oferecido, por muito que anteriormente nos tenhamos portado de forma contrária e nos arrependamos amargamente do que fizemos.
E é neste vai e vêm de emoções positivas e negativas que o amor e a família cresce e se apoia. Porque talvez todos possamos ser, um momento ou outro, como aquele Pai que recebeu de braços abertos o seu filho... porque o filho também o seremos em algum momento.
Não te esqueças de acompanhar as Crónicas da Cidade dos Leões no Instagram e no Facebook: há muita coisa a acontecer por lá.
Se por acaso o conteúdo deste texto te agradar não deixes de o partilhar com familiares e amigos.