Não às Comparações
Especial Dia Mundial da Criança
Hoje celebra-se o Dia Mundial da Criança. Em primeiro lugar desejo um ótimo dia a todas as crianças aí de casa e que vocês pais, avós e familiares possam desfrutar ao máximo deles neste dia, com os devidos cuidados claro.
Neste Dia da Criança pretendia trazer-vos um assunto que me diz muito: a comparação.
Já falei aqui no blog sobre a comparação e de como as redes sociais são muitas vezes bastante nefastas para nós, exatamente por causa disso. Ela pode fazer-nos sentir mal na nossa pele, tirar-nos autoconfiança e, em casos extremos, impedir-nos de nos amarmos a nós próprios.
No entanto, e apesar de enquanto adultos sabermos que as comparações podem ser bastante dificeís de gerir, temos tendência a fazer comparações entre os nossos filhos, sobrinhos e as restantes crianças que conhecemos.
Penso que todos nós temos desejos para as "nossas" crianças. Todos nós gostávamos que elas fossem excelentes alunas, boas em desporto, sociáveis e respeitadoras, quietas e interessantes. No entanto isto são apenas as características que nós gostariamos que elas tivessem, não a forma como elas são realmente.
Cada pessoa desenvolve diferentes tipos de inteligência, podem ser mais ou menos sociáveis e mais ou menos extrovertidas e isso não lhe trás mal nenhum.
Todos nós somos constituidos de diferentes pontos fortes e de diferentes pontos fracos e uma das nossas missões de vida enquanto adultos (ou enquanto membro integrante da família de uma pessoínha em crescimento) deve ser de a ajudar a desenvolver os seus pontos fortes sem dar aos seus pontos fracos um ar de ridículos ou de pouco importantes. Antes pelo contrário, devemos ajudá-las a aceitá-los como algo integrante da sua vida e que poderá ser alterado durante a sua vida.
As crianças, tal como os adultos, precisam de se sentir apreciadas e respeitadas na sua individualidade.
Não digo com isto que tenhamos de aceitar todos os seus caprichos mas apenas que uma criança que gosta de ficar fechada em casa a ler não é menos saudável do que uma criança que é a vedeta da escola.
Comparar constantemente a "nossa" criança introvertida e sossegada com a prima que é uma tagarela e a mais bonita da festa (E isso nos dois sentidos pois os pais da menina faladora vão poder compará-la à menina que lê livros por ser mais reservada e discreta) e só vai criar mal-estar entre as crianças enquanto crescem e a sensação de que os pais teriam preferido "a outra" quando serão adultos.
E não há nada mais triste do que filhos que têm a impressão de ser a desilusão dos pais...
E por aí qual a forma com que lidam com as crianças: comparam-nas mesmo de forma inconsciente ou não? Fizeram comparações convosco quando eram crianças?
Photo by Jonathan Borba on Unsplash
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