Melancolia de Natal - O Natal de V. de Viver
Post n.º 5 do Calendário do Advento da Nala 2020
Natal. O simples facto de pronunciar a palavra já me leva ao passado e me coloca uma sorriso na cara e um aperto de felicidade no coração. Natal é sem dúvida uma palavra mágica. Tráz consigo o cheiro a lenha queimada, o odor de comida, o som dos risos da família, a cor das luzes, das velas e da lareira. Natal foi, e será sempre, sinónimo de família. Sinónimo de mesa recheada, do tilintar dos copos e talheres, do cheiro a filhoses, a arroz doce e bacalhau assado. Sinónimo de amor. De coração cheio quase a saltar do peito. De alegria, de carinho, de ternura.
Natal é luzes a piscar por todo o lado. É quentinho, é presentes e mais importante que isso, é presença.
Oxalá não nos tirem o Natal. O ano de 2020 foi, e continua a ser, um ano atípico. Um ano difícil. Um ano que, acredito, nunca mais esqueceremos. O ano em que nos vimos privados da nossa liberdade. Liberdade essa que nos era tão natural, principalmente aos mais jovens. Mas peço ao Universo, com todas as minhas forças, que não nos tirem também o Natal. Não nos tirem a família, a lareira acesa, a mesa farta, os primos, os irmãos, os tios, os avós e os pais. Não nos tirem a casa cheia, os abraços, o carinho, o amor, os risos e os brindes.
Que possamos todos festejar o Natal. Que possamos, junto dos que mais amamos, relembrar aqueles que nunca esquecemos, aqueles que partiram deixando o Natal, e a nossa vida, mais pobre.
Feliz Natal a todos!
Photo by Max Titov on Unsplash
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