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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

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Indecisão

Este post de hoje têm pouco a ver com aquele tom meio otimista que vos tento enviar de cada vez que vos escrevo.

Nunca fui pessoa de ter muitas incertezas. Quando tomava uma decisão estava tomada e ponto final. 

Decidi rapidamente o meu percurso escolar, o curso que queria seguir, o que faria quando saísse da faculdade, quando emigrei, a vontade de juntar os trapinhos, o marcar o casamento... foram decisões ponderadas mas tomadas de forma bastante rápida. E nem sempre tomei a decisão que me apetecia mas sim a que me parecia mais correta. 

Poucas vezes me arrependi, até porque da minha personalidade de "tomadora de decisões express" resulta uma enorme capacidade de adaptação e sobretudo um certo desprezo pelo que pode correr mal, afinal se der asneira têm de se resolver e pronto. 

No entanto cheguei a um ponto da minha vida em que me "espalhei ao comprido" e para onde sinceramente não sei para que lado me virar... 

Já vos disse várias vezes ao longo do blog de que tenho alguns problemas no trabalho: é um trabalho difícil a nível emocional, num local onde o mérito é um mito e ainda por cima com um grupo de colegas que, para além de criarem facilmente "mau ambiente" ainda têm o hábito de "vigiar" o que A ou B estão a fazer. Para além de me sentir desamparada não lhes faço confiança nenhuma nem a nível pessoal nem a nível profissional.

Para piorar as coisas a única pessoa em quem eu confio vai dar o "salto dali para fora" mas isso será assunto para um próximo post. 

Para ajudar à festa tenho a história das noites e os serviços em que me sinto pouco à vontade emocionalmente e para onde sou empurrada, com o objetivo de desenrascar, muitas vezes às 2, 3 ou 4h da manhã. Sim, mete medo... 

Sei que quero sair dali. Tive uma verdadeira possibilidade mas, talvez por estar um bocadinho em baixo a nível emocional e não muito longe de um "burn-out" ,acabei por recusar. Achava que ganhava mais em ficar no meu emprego atual.

Os motivos? Era (e é) longe de casa, teria de desperdiçar uma boa parte do meu tempo nos transportes públicos e para ajudar à festa perderia algum dinheiro. Os prós do trabalho que recusei: As noites acabavam e os colegas mudavam. E até o tipo de trabalho me deixaria seguramente mais à vontade. 

Entretanto o tempo foi passando e acabei por perceber que ficar poderia não ser a solução. Procurei, procurei mas até agora não encontrei nada que me agradasse ou que entrasse nos meus critérios sejam financeiros, sejam pessoais... Excetuando talvez a possibilidade de voltar atrás com o emprego a que disse que não. 

Ganhei muito mais força no meu emprego atual, consegui combater alguns "monstros" que me atormentavam mas admito que vivo obcecada com a ideia de uma recaída, de voltar aquele ritmo de pânico em que já estive mergulhada.

Para ajudar (e felizmente que assim é) a minha vida pessoal está cheia de planos e de projetos e estou a pôr toda a minha energia neles. Por momentos até esqueço o resto... Mas aquela sensação de não saber o que fazer, e pior, o ter consciência de que estou há meses a procrastinar nesta decisão está a torturar-me. 

Se fico abandono a possibilidade de melhorar a minha vida profissional e ainda fico meio que â mercê de meia dúzia de pessoas de carácter duvidoso, se vou (e se ainda puder ir) fico com menos tempo livre e energia para atingir os outros objetivos todos. Sem contar que a data do casamento aproxima perigosamente o que me preocupa bastante. 

Nunca me lembro de estar tão indecisa em relação a um ponto da minha vida... 

E vocês? Qual foi a maior indecisão pela qual já passaram? Como lidaram com ela?

 

 

4 comentários

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    Nala 05.08.2019

    Querida IMSilva, agradeço a sua sugestão. A M.J. escreve lindamente de facto.

    Quanto ao seu comentário de que a minha situação é a mesma de tantas outras pessoas: é um facto.
    Aliás é o princípio e o fundamento deste blog e da maneira como o quero escrever: Que a vida têm altos e baixos e que, se tenho muitas certezas do alto dos meus 31 anos também tenho muitas dúvidas e essas dúvidas serão com certeza sinónimo de evolução. Aliás podia dizer-lhe algo curioso também eu fui persistente e decidida: faço o trabalho que sonhei fazer quando acabei a licenciatura. Emigrei sozinha porque nunca tive a oportunidade de chegar onde queria e onde achava que merecia.

    Teimei, teimei, mudei de pais de casa e de cidade e aqui estou... No final de todas estas voltas percebi que não gosto assim tanto do que faço e sabe uma coisa: é normal. E também é normal que, apesar de perseverar, sinta que tenho dúvidas e ou desilusões. Afinal a minha vida, assim como a de toda as outras pessoas, tenham elas ou não um blogue não deve ser muito diferente.

    Uma ótima semana!

    Uma boa semana para si!
  • Imagem de perfil

    imsilva 05.08.2019

    Acho que fui mal entendida, o que quis dizer, é que é um problema, infelizmente, que inquieta muita gente, nao deixando por isso de ser grave. O procurar um sítio para trabalhar, que não interfira com o nosso bem estar psicológico, é um dever que temos, o grande problema é ser complicado de pôr em prática. Não sei se leste o post da MJ, mas só o referi, porque ao lê-lo, lembrei-me do teu que tinha acabado de ler. Peço desculpa se de alguma maneira te magoei.
  • Imagem de perfil

    Nala 05.08.2019

    Não o levei de todo como uma ofensa nem estou magoada. E sim, li o texto da MJ. Gostei imenso dele e acho-o inspirador :)

    Não têm de pedir desculpas por nada. A caixa de comentários serve para trocarmos impressões. Só lhe quis mostrar um bocadinho o "reverso da medalha". E é sempre um prazer tê-la por cá.

    Beijinho e boa noite
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