E se mudássemos de estratégia?
Estamos na época das redes sociais e é por esta via que passam todas as causas. Ele é o racismo, o machismo, o feminismo, a violência e mais uma série de outros temas mais ou menos controversos, mais ou menos fundamentados e mais ou menos "efeito de moda".
No entanto sempre que há a apresentação de uma causa nunca se fala dela pela positiva. Nem sempre é possível falar das coisas pela positiva mas, ao fim de algum tempo, e depois de muito tempo a "bater na mesma tecla" seria possível mudar de ponto de vista...
Confusos? Ok, passo a explicar o meu ponto de vista com exemplos:
- Generalizamos quando dizemos que os homens não fazem nada em casa mas esquecemos todos aqueles que assumem as tarefas domésticas enquanto as esposas se encarregam de trabalhar, de se dedicar aos filhos ou de dedicar tempo aos seus projetos pessoais;
- Generalizamos quando falamos de racismo (independentemente da cor da pele, porque há racismo sim em todos as direções e não apenas numa) mas não falamos de todas as pessoas simpáticas, abertas e extremamente acessíveis que estão à escuta de todos e mais alguns;
- Generalizamos quando dizemos que é preciso uma "cunha" para tal ou tal emprego e esquecemos de dar o devido valor a quem, com sangue, suor e lágrimas, chegou longe e ao objetivo pretendido.
Será que todos nós só conhecemos os casos maus ou também conhecemos os bons? Será que em vez de criticar de forma cerrada tudo e todos não seria uma boa ideia falar de quem se comporta de forma dita "normal", que é como quem diz o pai que prepara o jantar enquanto a mãe dá banho ao bebé, o vizinho que ajuda o recém chegado na sua instalação independentemente de quem seja ou aquele que acabou de atingir um posto de topo de carreira quando a pessoa mais bem sucedida da sua família era um empregado fabril?
Sou uma defensora convicta de que o bem trás o bem e o mal o mal. De que é preciso colocar mais do que palavras agressivas e de "ordem" revolucionária nas coisas.
São precisos exemplos positivos e gente disposta a dá-los, sem que daí advenha superioridade moral ou um sentimento de excepção à regra.
Se o Mundo não é perfeito? Não, não é! Se há quem se porte como um idiota? Com certeza, muita gente! Mas porque raio é que é o idiota de quem mais se fala?
Numa época em que se fala tanto na educação positiva para as crianças será que não era boa ideia aplicá-la também com os adultos?
Boa Quinta-Feira!
Photo by Nathan Dumlao on Unsplash
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