Álbuns Fotográficos
Ou como gosto de armazenar memórias
Desde pequena que sinto uma verdadeira sensação de deleite ao folhear álbuns fotográficos. Eles contam histórias de vida, fazem-nos sorrir ao lembrar de tal situação, de tal local ou ocasião. Em alguns casos ensinam-nos a conhecer outros tempos e as pessoas que fizeram parte da nossa vida nessas épocas.
Quando era pequena lembro-me do prazer que tinha em ver os álbuns fotográficos em casa dos meus avós paternos. A maioria dessas fotos eram minhas e foram tiradas em formato analógico, altura em que uma foto mal tirada era necessariamente uma foto a menos e o rolo tinha de ser manejado com todo o cuidado para não se "queimar".
Ainda hoje persiste também, no meu antigo quarto, o meu primeiro álbum fotográfico com meia dúzia de páginas preenchidas. Contém lá dentro alguns passeios da escola, amiguinhos que nunca mais vi e outros com os quais cresci e acompanhei em alguns dos momentos mais importantes das suas vidas. Já naquela altura, com 8 ou 9 anos, sentia a necessidade de escrever o nome das pessoas, a data e o local ou ocasião na qual foi tirada a foto.
Mais tarde chegou o digital em força e eu aderi, como toda a gente. Primeiro através da câmara fotográfica e depois com os telemóveis cada vez mais satisfatórios a nível de imagem. Sempre gostei de tirar fotografias de momentos e de situações para recordar mais tarde. Essas fotografias eram armazenadas no computador ou, mais tarde, diretamente publicadas nas redes sociais.
Tive no entanto alguns dissabores com as fotografias em formato digital e perdi anos inteiros de fotografias dos tempos da faculdade. Eu que gosto tanto de memórias vi-as evaporar-se à minha frente sem que nenhum perito em informática me pudesse salvar o estrago...
Com a idade e a paciência para colecionar coisas decidi-me a voltar aos álbuns físicos. Imprimo as fotografias de que mais gosto com as pessoas mais significativas e guardo-as como se fosse um tesouro. Sabe tão bem passar os olhos por essas imagens e perceber como crescemos, envelhecemos e mudámos.
Se é um exercício que exige tempo? Pode ser. Mas também não é coisa que se faça todos os dias. Para mim equivale a uma boa terapia, com resultado de muitos sorrisos e algumas lágrimas. E em cada uma das minhas fotos escrevo a data, a ocasião e as pessoas. Nunca se sabe se um dia a memória me pode faltar...
E por aí, dedicam-se a organizar álbuns de fotos ou não ligam nenhuma a isso?
Photo by Brady Rogers on Unsplash
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