O final do dia, sobretudo agora que o tempo está mais frio e anoitece mais cedo, trás uma sensação de solidão e melancolia. E são sobretudo nestes dias que mais precisamos de conforto e de estarmos bem no nosso espaço.
Feliz de quem tem uma casa para voltar e uma razão para desejar estar nela. Seja essa razão o abraço dos filhos, o carinho do companheiro, a ternura do pai ou da mãe ou de alguém que nos ame, nem que seja à distância de um telefone.
Feliz daquele que sente um prazer desmesurado a desfrutar daquele espaço, seja no barulho ou no silêncio, na desarrumação ou no conforto. Na mesa cheia ou na solidão escolhida.
Por muito que o dia seja difícil, por muito que as tarefas se acumulem e que haja um segundo "emprego" ao chegar a casa enquanto encontrarmos nela o calor e aqueles rasgos de felicidade de que tanto precisamos, então já temos muito.
Os meus pais festejam hoje o seu 35º aniversário de casamento. Uma data ainda mais especial pela excepção à regra que os casamentos longos se tornaram.
Com os meus pais aprendi que casamento rima com paciência e com estabelecer objetivos juntos enquanto se tenta remar para o mesmo lado.
Aprendi que nem sempre se é perfeito e que essa imperfeição faz parte e também que cada um deve ter espaço e apoio para aquilo de que gosta e, se for preciso, mete-se mãos à obra juntos.
O objetivo primordial, de entre todos os objetivos do casamento deles, foram os filhos.
Ver-nos crescer, dar-nos ferramentas para voar sem esquecer que o porto seguro estará lá sempre. E mesmo que as diferenças de opinião entre nós e eles existam é visto com uma certa normalidade.
Que consiga eu trazer o tanto que aprendi com eles para a minha própria vida. E se possível aproveitar a sua enorme transparência para não repetir os mesmos erros. Porque é exatamente essa transparência a riqueza da nossa família.
Um grande beijinho de Parabéns, Pai e Mãe, e que continuem, apesar das dificuldades, a educar-nos pelo exemplo (e já podem pensar no restaurante da comemoração... porque isto festeja-se nem que seja com meses de atraso).
Todos nós criamos as nossas próprias expectativas. Se esta tendência já é bastante humana, a coisa é levada ao extremo muito por causa das redes sociais e das fotos e sorrisos que nos chegam através destes meios.
Podemos ser um bocadinho mais ponderados ou mais sujeitos à "manipulação" inocente dos cinco minutos brilhantes dos outros mas todos caímos nesta ilusão da vida de sonho.
A maternidade e paternidade são, provavelmente, dos assuntos que mais nos incitam à criação de expectativas.
Esperamos que, tal como os bebés das revistas ou das fotos dos nossos queridos amigos (esquecemo-nos que a foto demora um minuto a tirar e o dia tem vinte e quatro horas), o nosso bebé seja uma espécie de boneco acordando apenas para comer, dormir e brincar e estará sempre vestido maravilhosamente, qual modelo de catálogo. E nós mães e pais, sobretudo os de primeira viagem, achamos que o que os outros nos dizem é exagero e acreditamos que o cansaço e o desespero não se vão apoderar de nós.
A nós o "pandã" nas roupas, os longos passeios no parque e os serões em que Pai e Mãe aproveitam para jantar à luz das velas enquanto o bebé dorme tranquilamente no nosso quarto. No entanto a essa expectativa corresponde uma realidade que pode ser bem menos glamorosa.
Os bebés, os nossos e os dos outros, não são "representações de anjo" e choram, fazem cocó, não querem dormir, sujam quilos de roupa (o que eu achei de exagerado os amigos que me falaram da necessidade de uma máquina de secar roupa...) e os passeios não são sempre calmos e tranquilos. A isso juntam-se a lida da casa, a burocracia relacionada com o nascimento do bebé, a falta de tempo para nós, o acumular de cansaço e um certo "luto" a fazer das coisas boas que ficaram com a nossa vida de antes.
Mas nada disto é grave e a aprendizagem é uma constante. Acredito que é o equílibrio que ajudará as coisas a entrarem na ordem e que precisamos de tempo para nos conhecermos. E sinceramente, mesmo com estas dificuldades todas, não o trocaria por nada no Mundo!
E por aí, mães e pais, como foi as vossas experiências de mãe e pai de primeira viagem e quais as expectativas que caíram mais depressa a terra?
Quem me conhece há já algum tempo sabe que prefiro criar memórias a dar presentes. E quando se fala em presente do Dia da Mãe isto parece-me ainda mais óbvio.
Hoje trago-vos cinco ideias de "presentes" que podem oferecer à vossa mãe (ou quem sabe "sussurar" a ideia ao vossos filhos), que custam muito pouco e que vos ajudarão a guardar doces memórias.
Vamos lá?
- Fazer um Piquenique:
Se já não estás com a tua mãe há algum tempo, e gostarias de reverter essa situação, porque não fazê-lo ao ar livre, num parque ou jardim?
Para isso basta uma cestinha com algumas guloseimas, uma toalha de piquenique e muita vontade de conversar e sobretudo mimar a Mãe!
Já se sabe que "Mãe que se preze nunca tem tempo para nada". Então porque não lhe ofereceres a desculpa perfeita para se dedicar um tempinho a ela própria?
E é mesmo muito fácil fazer isso. Prepara-lhe e leva-lhe o jantar especial do Dia da Mãe, pede-lhe para te delegar alguma das suas obrigações do dia e aproveita para a presentear, se assim o entenderes, com um novo gel de duche ou um novo acessório para ficar ainda mais bonita!
Em caso de estares longe, ou de não teres muita vontade de cozinhar, encontrarás ainda opções de take-away ou de entregas em casa que podem fazer um efeito parecido e assim ajudar os restauradores nesta fase de reabertura.
E se ela ainda achar que estar ocupada consigo mesma é perda de tempo dá-lhe este post para lere quem sabe encontrará algumas ideias.
Na impossibilidade (ou no receio) de viajar e conhecer locais novos podes sempre oferecer livrosou outras formas de "viajar" à tua Mãe, como livros ou quadros.
Se é verdade que o preço pode, por vezes, ser um pouco elevado existem sempre boas promoções que podes facilmente aproveitar. Por exemplo a Wook conta com uma campanha de "Leve 3 pague 2" nos livros de bolso.
Se te podes permitir oferecer um presente mais dispendioso pela ocasião do Dia da Mãe, mas canecas, cremes ou porta-chaves não é bem aquilo de que estás à procura, sugiro-te que comeces a pensar no próximo "Momento a dois".
Bilhetes para irem juntas ao teatro, para aproveitarem um spa em conjunto ou mesmo uma escapadinha "Mãe e Filha/o" serão seguramente bastante apreciados.
A tua mãe dedicou-se a um novo hobbie, tem vontade de recomeçar um hobbie antigo ou pretende encontrar uma nova ocupação?
Uma excelente opção de presente será ofereceres-lhe um pequeno kit (que podes fazer tu mesmo/a) com algumas coisas que lhe podem ser úteis para esse passatempo. Mais uma vez é uma ideia em que és tu que tens o controlo total do custo e que será seguramente apreciada!
Hoje em dia o nosso tempo passa a voar, as horas são cheios de stress e com muitos picos de ansiedade. É por isso mesmo que voltar a casa tem sempre um sabor especial.
Cá em casa estabelecemos involuntariamente uma rotina de final do dia. Essa rotina faz-nos bem, permite-nos baixar a pressão do trabalho e desfrutar de momentos calmos e de cumplicidade.
São pequenos componentes de um ritual muito saboroso e ao qual damos muita importância.
Sendo assim deixo-vos com 7 coisas que nos fazem bem e que pertencem à nossa rotina do final do dia.
- Conversar sobre o dia que passou:
Uma das primeiras coisas que fazemos quando chegamos a casa é conversar sobre o dia que passou, desabafar, contar novidades...
Aquele momento serve-nos como uma espécie de "expiação" dos problemas profissionais e das fofocas entre colegas e permite passar a outra coisa: a nossa vida familiar que nos exige tanta atenção como o resto.
- Tomar conta de si:
Por estar em contacto permanente com vírus, bactérias e outra bicharada o dia inteiro é-me completamente impensável não saltar para a banheira mal entro em casa. Por isso previligio esse momento que me permite repousar e mimar-me depois do trabalho. Se for dia de fazer desporto, que é normalmente dia sim dia não, faço o meu treino antes.
Em contrapartida não visto imediatamente o pijama para não perder a motivação caso pretenda fazer outras coisas mais pessoais.
- Preparar o Jantar:
Cá em casa as refeições são sagradas.
Damos muito valor ao que comemos e consideramos que o tempo e o dinheiro que gastamos a preparar as nossas refeições, com produtos básicos de qualidade, são investimentos que fazemos na nossa saúde e no nosso bem-estar. Por isso, com mais ou menos atenção, é uma tarefa da qual não nos escapamos.
- Mesa sempre posta e velas acesas:
Faço muito gosto em ter uma mesa bem arranjada seja à Terça Feira ou ao Domingo, sejamos só os dois ou tenhamos visitas.
Por isso nunca nos faltam pratos e copos a combinar e algumas velinhas para decorar. Não custa nada e sabe tão bem dar a devida atenção a esse momento de partilha e convívio.
- Muita música e pouca televisão:
Raramente ligamos a televisão cá em casa e as nossas atividades do final de dia são acompanhados por música calma o que cria uma atmosfera mais descontraída e cosy e que pretende, mais uma vez, convidar ao diálogo.
- Média luz:
A partir do jantar, quando já acabamos todas as atividades do dia, colocamos a sala a média luz.
Esta prática é importante para descontrairmos e repousarmos.
Cá em casa temos um candeeiro de pé na sala mas existem outros sistemas que permitem de usufruir do mesmo efeito basta procurar.
- Atividades a dois e atividades individuais:
Temos gostos muito parecidos numas coisas e muito diferentes noutras. Dependendo da nossa vontade dedicamos-nos a atividades em conjunto ou aos hobbies mais pessoais de cada um.
Porque ter tempo para o casal é muito importante mas ter tempo para si também. Pessoalmente durante a semana prefiro livros a séries ou filmes. Não me dá sono tão depressa (o que é curioso) mas facilita a qualidade de sono quando me vou finalmente deitar.
E vocês, quais são as coisas que não vos podem faltar no fim do dia?
A Páscoa, assim como o Natal, são "Festas de Família" e é nestas alturas que muitos de nós sofrem mais pelos "efeitos do confinamento" e das restrições.
Por família entendo as pessoas que nos são mais próximas e às quais estamos ligados por "laços de sangue".
Há quem considere família apenas o núcleo familiar mais próximo, há quem junte a esse núcleo os avós e os tios/tias e há outros, que tiveram uma educação semelhante à minha, para quem família significa um núcleo muito mais alargado.
Todos estes tem vantagens e desvantagens e, tal como num casal ou numa amizade, vão sempre haver pequenos conflitos.
Pessoalmente gosto e compreendo a ligação dos meus pais à família alargada mas admito que, na minha conceção de vida, gostava de os ter para mim de uma forma mais intima, nem que fosse só uma vez para saber como é.
Há, pelo contrário, quem desse tudo por uma família grande... afinal nunca estamos contentes com nada.
Existem ainda aqueles que consideram os eventos familiares horríveis porque se entende mal com a família e que, nesse caso, me pareceria mais lógico assumir a responsabilidade de simplesmente não ir. Afinal se nos faz mal o que vamos lá fazer?
De todas as formas a família é composta de laços e, como todas as relações, deve ser cuidada. Não deve nunca ser assumida como o nosso "saco de pancada" para um dia mal passado e ainda menos um laço familiar nos dá o direito de criticar quem quer que seja. (Sim, sim... quem nunca teve aquela tia que tem sempre uma opinião idiota para partilhar connosco?!)
Para mim a família deve ser uma âncora. Um local onde possamos voltar e onde possamos sarar as nossas feridas para depois retomar o nosso caminho. Porque somos feitos de caminhos diferentes que se entrelaçam uns nos outros e a nossa missão é seguir o nosso por mais difícil que isso seja.
Os pais não pertencem aos filhos e muito menos os filhos aos pais e é nesse emaranhado de personalidades diferentes que coabitam e se amam que está a beleza da coisa. E não, não é simples. Mas há alguma coisa de simples aqui debaixo do Sol?
Porque ninguém é feliz sozinho e precisamos uns dos outros. Sempre tratando como se queria ser tratado e sempre respeitando e sendo digno desse respeito!
E para vocês, qual é a vossa conceção de família? Como estão a viver essa quadra longe dos vossos?
Festejo a Páscoa com afinco, em primeiro lugar porque aproveito todas as ocasiões para festejar e em segundo porque sou de religião católica e esta festa é a mais importante deste calendário.
Por vivermos em França fazemos normalmente uma Páscoa contida, a maior parte das vezes a dois, e este ano não será exceção. Especialmente com as medidas de confinamento que vêm, pela terceira vez, impor-se à região de Lyon as nossas opções ficam ainda mais limitadas.
Não sou a favor de gastar uma fortuna na Páscoa e as minhas despesas são simplesmente uns chocolates e flores para enfeitar a mesa, um boneco de chocolate para o maridão (que me dá mais prazer a mim a oferecer do que outra coisa) e um almoço um bocadinho mais caprichado (porque sim, sim podemos estar "confinados" mas a barriga não tem culpa e estamos de boa saúde).
Por isso aqui vos deixo algumas ideias de como nós organizamos o nosso Dia de Páscoa e, quem sabe, isso vos possa dar também algumas ideias a vocês!
- Casa decorada e mesa posta:
Para mim é essencial ter uma mesa bem arranjada! Não tenho um grande serviço de jantar mas o que tenho é colocado a uso com frequência porque acredito que as coisas são para serem usadas (e aproveitadas).
Para a decoração limito-me, porque esta parte é da minha responsabilidade, a ir buscar um ou dois objetos decorativos especiais de Páscoa que tenho há já algum tempo e a comprar um ramo de flores bem primaveril.
A decoração da mesa é feita à base de chocolates e velas e recorro muitas vezes a copos ou outros utensilios do quotidiano para me servir de objetos decorativos. O pinterest é uma mina de ouro de ideias por isso não deixem de dar uma espreitadela por lá!
- Almoço caprichado:
Não temos nenhum prato específico de Páscoa, apesar de a sobremesa tradicional cá de casa ser um cheesecake de oreo (se a receita vos interessar não deixem de me fazer um sinalzinho).
A entrada e o prato principal são da responsabilidade do homem da casa que aproveita este dia para se divertir a cozinhar e a praticar as suas técnicas preferidas na cozinha.
Claro que esta atividade é pensada a dois e é normalmente uma atividade em equipa que nos ocupa a manhã e que é realizada com música e bom humor.
- Tarde de Jogos de Sociedade e passeio no parque perto de casa:
Normalmente optamos por dedicar a tarde aos jogos de sociedade ou a um passeio no parque perto de casa se o tempo o permitir.
São dias em que preferimos ficar mais por casa pelo que também não ficaremos frustrados pelo confinamento.
- (Video)chamadas com a família:
Apesar de fazermos videochamadas frequentes com os nossos pais, aproveitamos este dia para lhes dedicar mais algum tempo e estreitar laços.
Normalmente as avós e as madrinhas fazem também parte das pessoas com quem gosto de falar.
- Caça ao Ovo:
Esta tradição bem francesa, e que nós ainda não realizamos, consta em esconder ovos pequenos pela casa ou pelo jardim (ainda melhor) e deixar os miúdos divertirem-se a procurar enquanto correm por todo o lado.
Serão com certeza ovos mais modestos mas o facto de serem muitos e de serem encontrados em forma de jogo marcar-lhes-à de certeza o espírito!
E vocês, quais as ideias para festejar a Páscoa que gostariam de partilhar connosco? Alguma tradição caseira habitual por aí?
A nossa história começou em 2016, no primeiro jogo de Portugal no Europeu. Nada mau como começo para dois portugueses que vivem no estrangeiro e que se encontraram completamente por acaso.
Tivemos o nosso tempo de conhecimento, tempo onde aprendemos a compreender e a encontrar o nosso lugar junto do outro.
Em 2018 acabamos por decidir morar juntos... hesitámos um bocado porque não sabíamos no que ia dar. Já tínhamos tantos vícios bem interiorizados depois de anos a viver sozinhos e já se sabe que partilhar o dia a dia não é bem a mesma coisa...
Afinal, e apesar daquele receio inconfessado, as coisas correram tão bem que decidimos rapidamente que queríamos oficializar a nossa relação.
E assim aconteceu, mesmo no último momento, quando uma pandemia que nos fechou a todos em casa chegou.
Mais uma vez passamos o teste com relativo brilhantismo. Foi preciso paciência, calma e empatia suficiente para enfrentar esta jornada que já vai longa e que nos afeta quer na nossa vida pessoal quer na nossa vida profissional e que nos deixou ainda mais isolados de tudo e de todos.
E agora chegou a hora de uma nova aventura. Provavelmente a mais louca e mais difícil das aventuras a que nos propusemos até hoje: a tua chegada!
Não te podemos dizer que seremos o Pai e a Mãe mais cool do pedaço e ainda menos te podemos prometer que seremos perfeitos ou que vamos estar sempre à altura da situação! Isso seria mentir-te e o amor nunca se pode basear em mentiras nem em promessas que não se podem cumprir.
Sabemos à partida que vamos cometer erros, falhas e que nem sempre te poderemos dar exatamente o que queremos para ti. A única promessa que te podemos fazer neste momento é a que vamos fazer o nosso melhor e isso já não é coisa pouca...
Por agora ainda aí estás no quentinho da minha barriga e protegido do Mundo mas já és tão mas tão importante!
E nós esperamos-te cá fora com muita vontade de te conhecer e começar contigo um caminho a três onde vamos aprender juntos, lado a lado. Porque só assim faz sentido!
Não te esqueças de acompanhar as Crónicas da Cidade dos Leões no Instagram e no Facebook: há muita coisa a acontecer por lá.
Se por acaso o conteúdo deste texto te agradar não deixes de o partilhar com familiares e amigos.
O Dia do Pai está aí à porta e vamos, mais uma vez, passá-los numa distância mais ou menos forçada.
Mas em isolamento ou não, Dia do Pai é sempre Dia do Pai e há boas razões para o festejar!
Dessa forma resolvi partilhar convosco algumas mini-ideias para assinalar esta data da melhor forma possível, seja em casa ou à distância e acessível a todas as carteiras. 'Bora lá?
- Escolher e enviar (ou imprimir) uma foto com uma mensagem pessoal:
Adoro fotografias e tenho álbuns de tudo e mais alguma coisa. Por isso considero que dar ou enviar uma bonita foto ao Pai será uma excelente prenda, que está ao alcance de todos, e que poderá marcar o dia de uma forma muito positiva!
- Levar-lhe um bolo:
Mesmo que não se viva na mesma casa do Pai nada nos impede de confecionar um bolo e de o entregar com todos os cuidados. Claro que eu não poderei fazer isso ao meu, já que não vivemos no mesmo pais, mas é de todas as ideias a que mais me agrada!
- Dedicar-lhe um texto, uma música...:
Enviar ao Pai um texto ou uma música que o representem pode também ser uma ótima opção de "presente" à distância (e não só) e de baixo custo. Ele ficará com certeza encantado!
- Desenvolver um projeto de "Faça Você Mesmo":
Em crianças ficamos orgulhosos de dar um presente feito por nós mas em adultos acreditamos (pelo menos uma boa parte) que um presente feito em casa tem menos valor do que um presente comprado. E isso é estúpido já que, mais do que o valor material, o presente DIY têm também o valor acrescentado da reflexão e do tempo que lhe dedicamos. Sendo assim se durante este último ano te lançaste num hobbie criativo esta pode ser uma excelente forma de presentear o teu pai. Tenho a certeza que ele ficará contente!
E por aí, quais são os vossos programas para mimar os pais neste dia especial que se aproxima?
Tive a sorte de ter crescido lado a lado com os meus avós. Tenho ainda mais sorte de, aos 32 anos de idade, contar com 3 deles ainda na minha vida.
Foi-me permitido partilhar com eles momentos tão especiais como a minha entrada na faculdade, a minha licenciatura e o meu casamento. Os três com os seus problemas de saúde mas presentes e a aproveitarem o momento.
Hoje em dia a distância física que já existia por eu viver longe triplicou devido às restrições de viagens e isolamento social. Se ainda há um ano ir a Portugal era relativamente fácil e barato, as coisas complicaram-se depois e não estão sequer perto de melhorar...
A verdade é que, desde há alguns tempos, a ideia do "será que ainda os volto a ver?" me atormenta um bocadinho. E por isso mesmo tento compensar isso com mais telefonemas regulares e videochamadas (quando existe a possibilidade de um intermediário). Não equivale nem de perto nem de longe a um beijo e um abraço apertado mas pelo menos já aquece um bocadinho o coração e dá aquela ideia de estar próximo, mesmo longe.
E os nossos avós estão a sofrer com esta solidão forçada, muitas vezes complicada pela impressão de que deixá-los seguros é deixá-los isolados.
O que vos quero deixar hoje é uma lembrança para ligarem aos vossos avós, ou para visitá-los com cuidados mas com carinho. Porque os nossos avós, que nos ajudaram a construir tantas memórias, também precisam delas para viver e nós somos a maior prova viva de muitas dessas recordações.
E em época de interdição de afetos físicos que os sentimentos deixem de ser expressados. Porque todos nós precisamos uns dos outros especialmente daqueles que nos são tanto.