Tive a sorte de ter crescido lado a lado com os meus avós. Tenho ainda mais sorte de, aos 32 anos de idade, contar com 3 deles ainda na minha vida.
Foi-me permitido partilhar com eles momentos tão especiais como a minha entrada na faculdade, a minha licenciatura e o meu casamento. Os três com os seus problemas de saúde mas presentes e a aproveitarem o momento.
Hoje em dia a distância física que já existia por eu viver longe triplicou devido às restrições de viagens e isolamento social. Se ainda há um ano ir a Portugal era relativamente fácil e barato, as coisas complicaram-se depois e não estão sequer perto de melhorar...
A verdade é que, desde há alguns tempos, a ideia do "será que ainda os volto a ver?" me atormenta um bocadinho. E por isso mesmo tento compensar isso com mais telefonemas regulares e videochamadas (quando existe a possibilidade de um intermediário). Não equivale nem de perto nem de longe a um beijo e um abraço apertado mas pelo menos já aquece um bocadinho o coração e dá aquela ideia de estar próximo, mesmo longe.
E os nossos avós estão a sofrer com esta solidão forçada, muitas vezes complicada pela impressão de que deixá-los seguros é deixá-los isolados.
O que vos quero deixar hoje é uma lembrança para ligarem aos vossos avós, ou para visitá-los com cuidados mas com carinho. Porque os nossos avós, que nos ajudaram a construir tantas memórias, também precisam delas para viver e nós somos a maior prova viva de muitas dessas recordações.
E em época de interdição de afetos físicos que os sentimentos deixem de ser expressados. Porque todos nós precisamos uns dos outros especialmente daqueles que nos são tanto.
Não sei se é da mansidão do mês de Fevereiro mas tenho-me deixado levar, a valer, pelas minhas recordações. Decidi partilha-las convosco porque não devo ser a única a já não poder ouvir falar no nome do bicho "cujo nome não deve ser pronunciado" e porque espero poder deixar-vos com um sorriso nos lábios e, quiçá, vos fazer relembrar tantas recordações felizes.
Se aqui há uns dias vos propus um post sobre cinco dos meus doces preferidos em criança hoje falo-vos de televisão.
(Sim, sim... os nossos pais andavam no limite dos maus tratos infantis por esta altura (Pai, Mãe... sei que são leitores assíduos deste espaço e garanto-vos que estou só a brincar... aliás vocês sabem que eu vos adoro! )).
Então convido-vos a entrar nesta máquina do tempo e vamos lá até à televisão dos anos 90!
- Jogos Sem Fronteiras:
E não podia deixar de começar esta lista por um clássico dos clássicos.
Os Jogos sem Fronteiras eram um programa estival muito no formato de Jogos Olímpicos onde os países concorrentes tinham de ganhar provas e acumular pontos. Os apresentadores de serviço nos anos 90 eram Eládio Clímaco e Fialho Gouveia.
Cada emissão contava com equipas provenientes de cidades diferentes de cada pais representado. Os países eram todos europeus exceto em 1992 onde houve uma participação da Tunísia.
Este programa, inicialmente pensado pelo General Charles de Gaulle, foi criado em 1965 e a primeira participação portuguesa deu-se entre 1979 e 1982 com um interregno de alguns anos até nova participação entre 1988 e 1998.
Em 2007 a European Broadcasting Union anunciou uma nova edição do programa mas devido à crise económica de 2007 e 2008 essa edição nunca viu a luz do dia.
O nosso país contou com 15 participações no total e dessas cinco foram vitórias. O único país que teve uma prestação melhor que a nossa foi a Alemanha (16 participações com 6 vitórias).
- Chuva de Estrelas:
Passamos agora à estação de Carnaxide que nos apresentou alguns dos mais memoráveis programas de sempre da televisão portuguesa.
O primeiro de que me lembro foi o Chuva de Estrelas, que contou também com um formato infantil a que se deu o nome de Mini-Chuva de Estrelas.
Este programa teve a sua estreia em 1993 com a apresentação da querida Catarina Furtado e foi ganha nada mais nada menos do que pela talentosa Sara Tavares.
Deste programa saíram ainda outros nomes bem conhecidos do panorama nacional como é o caso de João Pedro País, João Portugal (ex-Excesso) ou Sofia Lisboa (ex Silence 4).
- O Juiz Decide:
Este programa era aquele que estava a dar quando chegava da escola e é daí que guardo a memória.
Ele foi campeão de audiências entre 1994 e Setembro de 2001 e contava com um Juiz (Ricardo Velho) que julgava os casos e a apresentação ficava a cargo de Eduarda Maio.
Inicialmente este programa tinha como pretensão ser composto de casos reais com pessoas reais mas, pelo facto de que aqueles que perdiam as causas se recusarem a assinar a autorização de direitos televisivos, foi rapidamente substituído por casos fictícios.
- Ponto de Encontro:
Outro programa que me lembro bem, especialmente pela voz doce do apresentador Henrique Mendes e pelo fato das pessoas se materializarem em palco (as crianças encantam-se com pouco).
A ideia deste programa, que estreou em 1994 e manteve-se no ar até 2002, era voltar a reunir pessoas que separadas por razões políticas e/ou sociais.
- All You Need is Love:
Este programa que se manteve no ar entre 1994 e 1997 e que foi inicialmente apresentado por Lídia Franco e de seguida por Fátima Lopes (e que coincidiu com a grande revelação desta última na televisão portuguesa) tinha como objetivo provocar encontros ou reencontros entre pessoas que não conseguiam encontrar a sua cara metade ou que, pelas mais diversas razões, tinham perdido o contato.
- Big Show Sic:
Este foi o programa que apresentou João Baião, até então um ator da companhia de Filipe La Féria, ao grande público.
Este programa semanal que teve a sua estreia em 1994 foi criado por Ediberto Lima e pretendia dar voz aos cantores de música popular (pimba para os amigos) na televisão.
Este programa que contava com um grupo de bailarinas exuberantes e com um macaco Adriano de seu nome e contava com concursos, rábulas e muita música.
De todas as frases que podemos recordar com carinho o célebre "Dona Albertina pode ir agora fazer o seu xixizinho" é provavelmente das mais engraçadas.
- Top +:
Este programa era a nossa companhia dos Sábados à tarde depois do noticiário da uma. Apresentado inicialmente por Catarina Furtado, dava-nos a conhecer os tops de vendas de discos em Portugal, em colaboração com a Associação Fonográfica Portuguesa.
Este programa foi descontinuado em 2012 após 16 anos de existência já sob a apresentação de Francisco Mendes e Isabel Figueira.
- Ai Os Homens!
Este programa, que se manteve em cena entre 1996 e 1998, era um concurso exclusivamente masculino cujo júri do sexo feminino pois claro, levava à vitória o concorrente mais bonito, mais sexy e mais divertido do programa.
Entre os splashs na piscina e o striptease da prova final o conteúdo era hilariante.
- Buereré:
Visto que este post é sobre os programas que vi-a na minha infância faltavam cá os programas infantis.
Começo com o Buereré apresentado por uma Ana Malhoa muito mais jovem e com um estilo diferente do que tem hoje em dia.
Este programa lançado em 1994 foi um tal sucesso de audiências que rapidamente se criou uma nova versão especial para as manhãs de fim de semana e à qual se deu o nome de Super Buereré.
Dele faziam parte vários convidados, especialmente musicais, e muitas personagens "residentes" como a Vaca Ré-re e o Boi Ré-ré e o Sapo Filipe entre outros.
- Batatoon:
Para acabar em beleza no que a programas infantis diz respeito era impossível não falarmos deste programa criado em 1998 e que tinha como objetivo fazer uma mistura entre cenas de circo, desenhos animados e concursos e era apresentado pelos palhaços Batatinha (António Branco) e Companhia (Paulo Guilherme).
Esta dupla, que já tinha apresentado anteriormente, o programa Circo da Alegria (1992) na RTP e Vamos ao Circo (1994-1997) na TVI, acabou por se zangar em direto o que ditou o fim do programa em 2002.
Batatinha voltou à cena em 2006 com um novo formato de Batatoon mas desta vez a solo.
Com o fim definitivo do programa a marca Batatoon passou a estar ligada a um circo de atrações cujo anfitrião ainda é António Branco.
De todas as coisas que este programa nos deixou na memória o "Comando na mão e carrega no botão" e os parabéns são os mais marcantes.
E esta viagem pelo tempo trouxe-vos boas recordações? Lembram-se destes programas? E que outros vocês gostavam de ver?
Fico à espera da vossa resposta nos comentários e até lá um grande beijinho e até ao próximo post!
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Estes dias que vivemos estão longe de ser fáceis mas é importante manter alguma alegria e boa disposição apesar de tudo.
E é por isso que eu, em boa apreciadora de festas caseiras que sou, vos trago algumas ideias fáceis e rápidas para poderem festejar o São Valentim (ou outra data qualquer que vos convenha mais) no conforto de casa e, em alguns casos, mesmo à distância.
Vamos lá?
- Um Delicioso Brunch Caseiro:
O brunch está claramente "na moda" e como o dia 14 é Domingo pode ser uma excelente opção. Por isso mete mãos à obra e prepara um delicioso (e simples) brunch com alguns pormenorzinhos que encantem a tua cara metade como preparar a sua bebida preferida ou aquele bolo que a faz suspirar.
E lembra-te que não é preciso que tudo seja perfeito apenas que seja com amor... e sim, uma decoração mais caprichada ajuda (com coisas que tenham em casa, claro)!
Para os apaixonados por cinema uma ótima opção é sempre a de ver, ou rever, um filme preferido. A facilidade com que acedemos a conteúdo em streaming hoje em dia facilita-nos muito esta tarefa.
Por isso olha para aquilo que tens à disposição, prepara uma pipocas que são fáceis de fazer e baratas e aproveita o conforto do lar para um delicioso momento a dois!
Se o confinamento nos trouxe isolamento social também trouxe, em muitos casos, problemas financeiros.
Se tens algum jeito para os trabalhos manuais e um acesso a um computador com internet e impressora existem muitas opções que te podem ajudar muito. Eu aprecio particularmente o siteNamorada Criativaque está cheia de dicas e têm imensas sugestões de presentes DIY.
Este presente têm também a vantagem de poder ser oferecido mesmo entre casais que estão neste momento à distância.
- Flores, uma refeição entregue...
Estas opções são possíveis para namorados que se encontram isolados devido ao contexto sanitário mas estão dependentes das possibilidades que as zonas onde vivem oferecem.
As entregas em casa ganharam o seu boom com esta fase complicada que atravessamos e hoje em dia torna-se mais fácil encomendar algo e fazê-lo chegar ao companheiro ou companheira.
Desde flores a uma refeição (que podem depois "partilhar" em video chamada) haverá sempre uma maneira de fazer chegar um miminho a casa do outro.
Mais um presente de Dia dos Namorados que pode ser oferecido mesmo à distância e ainda têm a vantagem de ser barato.
Para isso basta algumas fotos vossas, um programa de edição de videos e um computador com ligação à internet e rapidamente conseguiremos fazer o outro sorrir.
Hoje aqui por terras gaulesas celebra-se a Chandeleur que, simplificando as coisas, é conhecido como o "Dia de Comer Crepes".
Para saberem mais sobre o assunto deixo-vos um post da querida Patrícia do As Nossas Voltas que tantas vezes já explicou esta festa (e deixou mesmo algumas receitas) e aproveito para lhe desejar uma rápida recuperação.
Neste dia (e durante todo o mês de Fevereiro) comer crepes é uma tradição por aqui. Sejam eles doces ou salgados, simples ou combinando diversos tipos de farinha (os de trigo serraceno típicos da Bretanha continuam a ser os meus preferidos) eles podem dar origem a uma refeição fácil e convivial que alegra as papilas de pequenos e grandes.
Eu não sei vocês mas eu não conheço coisa melhor do que fazer o Mundo à volta de uma boa refeição mesmo que em pequeno comité.
Sendo assim, e caso precisem de uma desculpa para comer um docinho, desejo-vos uma excelente festa dos crepes.
O meu trabalho é, muitas vezes, uma fonte enorme de assuntos de reflexão. E muitas vezes fazer a diferença na vida das pessoas não é tão levado ao extremo como mostra o Dr. House mas apenas são precisas pequenas alegrias e apoio suficiente para colocar um sorriso na cara de alguém.
O Sr. S (chamemos-lhe assim) está no nosso serviço desde há 15 dias. Entrou de urgência para ser sujeito a uma cirurgia cardiaca ao estado de quase vida ou morte. O Sr. S. está sozinho no Mundo, não se entende com os familiares mais próximos e os seus problemas económico-sociais são bastantes graves.
Para ajudar à festa o Sr. S. sofreu uma amputação do membro inferior esquerdo há pouco menos de um ano e está consciente de que o direito não tardará muito a sofrer o mesmo destino.
Um destes dias dizia-me ele com um sorriso triste que foi o preço que pagou por ser "um grande comilão, um grande bebedor e um grande fumador". Eu respondi-lhe que erros cometemos todos e que era para a frente o caminho. Sinceramente ainda não aprendi, se é que algum dia vou aprender, a lidar com uma situação destas e saem-me sempre "frases cliché".
Na Sexta Feira passada, enquanto fechava os meus registos da semana, ouvi o Sr. S. dizer a um jovem enfermeiro que lhe apetecia um bocadinho de chocolate.
Olhei para a colega de enfermagem que estava por perto (e que conheço bastante bem pelo que não precisei de muito tempo para perceber o que ela ia fazer) e ouço-a chamar o colega e colocar-lhe algumas questões clínicas sobre o doente. E a seguir fomos buscar um chocolate para o Sr. S. ...
E nesse momento, enquanto assistiamos a um homem adulto comer um chocolate até se lamber os dedos (literalmente) com um sorriso infantil sentimos que fizemos alguma coisa de importante por ele.
Porque são estes atos, que vão mais longe do que uma exímia perícia técnica ,que é certo bem necessária, que fazem um paciente se sentir acompanhado no hospital onde está.
No fim agradeceu-nos a todos (porque toda a equipa se envolveu na "caça ao chocolate") e confessou-nos que não comia um pedacinho de chocolate há mais de um ano e que já se tinha esquecido de como era tão bom.
E nós, que tantas vezes nos esquecemos de aproveitar os pedacinhos de chocolate que a vida nos vai oferecendo e que, provavelmente, só nos aperceberiamos de como tinhamos sorte em tê-los quando os perdemos.
E assim o Sr. S. deu-nos uma lição de vida bem mais valiosa do que o pobre chocolate que fomos buscar para lhe dar!
Já agora, para todos aqueles que podem chocar-se com o facto de termos oferecido um chocolate a um paciente tenho a dizer que um bocadinho de açucar não o vai matar mas irá, com certeza, dar-lhe algum alento para o longo caminho que ainda irá terá pela frente. E às vezes é de fé e alento o que mais falta numa cama de hospital...
Os dias não estão fáceis, se é que alguma vez estiveram, desde Março passado.
Novas medidas de confinamento, mais medo pela doença, pelo risco de perder o emprego, pelos problemas económicos e sociais, o tomar conta das crianças enquanto se está em teletrabalho e, sobretudo, a certeza absoluta de que não, não vai ficar tudo bem.
Da primeira vez a culinária e os exercícios desportivos caseiros foram uma ajuda preciosa mas agora nem para isso já há paciência.
Mas não podemos estancar, por mais que a vida esteja bloqueada novamente (nós por aqui começamos a esperar pelo anúncio do terceiro confinamento) e, pessoalmente, prefiro manter-me ativa e planear o que há-de vir e avançar assim que for possível. Esta forma de fazer as coisas valeu-me um ano de 2020 complicado mas produtivo e não pretendo de forma nenhuma alterar a minha forma de viver estes próximos tempos.
Se bem que é preciso manter os pés bem assentes na terra, especialmente quando os tempos são incertos, também é preciso adaptação à novidade pois, como nos mostraram todas as grandes crises socio-económicas e sanitárias antes desta, é quem mais se adapta e aproveita a oportunidade para progredir mesmo que tenha de trabalhar duro e ficar frustrado muitas vezes, quem mais probabilidade têm de se sair melhor.
E se isso não chega deixo-vos três razões pelas quais acho tão importante que nos mantenhamos ativos no máximo número de áreas da nossa vida possíveis mesmo em confinamento.
- Manter-se activo permite mudar o foco:
E manter o foco significa mais objetivos (mesmo que espaçados e adaptados) e mais planos. O que nos dará energia para cumprir mais, resolver o que está pendente e ainda têm o bonús de nos manter longe de toda a informação excessiva e tóxica e das redes sociais onde parece que todos vivem melhor o confinamento do que nós.
Ainda para mais sabemos que quanto mais aborrecidos estivermos mais criativos e inventivos teremos tendência a ser então toca a aproveitar a oportunidade.
- Manter Corpo são em Mente sã:
Aqui entra a prática de atividade física que é essencial na manutenção da nossa saúde em todos os aspetos.
Por isso venham a nós os vídeos de aulas gratuitas no youtube, as aplicações de exercício físico e os passeios higiénicos sobretudo se, como eu, se mora num apartamento pequeno e sem um ponto de exterior.
E não me venham já bater porque nisto de confinamento quem têm uma vivenda está muito à frente de quem vive num espaço pequeno num grande centro urbano...
- Mudar o Mindset:
Sim, a situação sanitária, económica, social e tudo o que conhecemos até hoje está posto em causa: certo! Mas será que podemos fazer alguma coisa quanto a isso? Não.
Por isso é tão importante mudarmos o mindset e adaptarmos a nossa forma de pensar e os nossos objetivos aos tempos que correm.
Pessoalmente passei os primeiros dois confinamentos a maldizer a minha vida e a queixar-me de perder tempo mas rapidamente percebi que de uma forma ou de outra a única forma que tinha de lidar com a situação era avançar com o que tinha e o que podia controlar.
Os resultados foram bons, apesar de trabalhosos. Então porque continuar a tentar controlar o que não posso e deixar de lado aquilo que projeto e que, apesar de tudo, posso realizar?
Já que, como toda a gente, terei projetos que ficaram um longo período, senão para sempre, dentro da gaveta melhor continuar com aqueles que subsistêm e são possíveis.
E por aí qual a vossa forma de se manter ativo mesmo em confinamento? Tentam avançar com alguns projetos ou esperam para ver no que dá?
5 Destinos para onde me escapava assim que pudesse!
Está por estes lados um frio desgraçado com neve à mistura, o Sol não brilha há semanas e o sacana do covid que teima em não nos deixar sossegados.
E no meio disto tudo ando a sonhar com férias (e a desesperar também, diga-se de passagem).
Infelizmente nunca acreditei que a mudança de ano resolve-se o problema e acabo por admirar (com muita má fé à mistura, admito) aquelas pessoas que ainda continuam na sua do "é só um ano" e "é só desta vez". A juntar a isto os dois últimos anos em que as nossas viagens foram quase exclusivamente a Portugal a casa dos nossos pais e o nosso tempo e dinheiro investidos no casamento (que ao menos podemos festejar e só por isso já somos uns sortudos mas Lua de Mel nem vê-la).
Talvez por passar os dias enfiada dentro de um hospital estou bastante péssimista com este "é só desta vez"... Vejo a vida a acabar todos os dias e isso deixa-me sempre com a sensação de perder tempo.
Sendo assim, e como o que "não têm solução, solucionado está" e acredito que o "sonho comanda a vida" fiz uma pequena lista onde quero muito ir assim que possível! Porque gosto de estar em casa mas morro de vontade de voltar a sentir o Sol na cara, beber um copo numa esplanada ou simplesmente passear.
- Costa Amalfitana:Itália é daqueles destinos que está no topo da minha lista mas que, por muitas razões, ainda não pus os pés.
Se as grandes cidades de Roma, Veneza, Milão ou Florença me encheriam as medidas pela sua grandiosidade arquitetural e cultural é a Costa Amalfitana a que mais me faz sonhar nestes dias cinzentos e tristonhos.
Ilha de Malta: Esta ilha, localizada no arquipélago de Malta, é uma das que está na lista desde há alguns anos atrás. Um destino que já tivemos em cima da mesa algumas vezes mas que acabámos por deixar de lado em favor de outro tipo de destinos como Praga, por exemplo.
Ela continua, no entanto, no alto das nossas preferências e sempre que imaginamos uma viagem o nome "La Valletta" vêm imediatamente à baila!
- Santorini, Grécia: Grécia seria, a par da Áustria e da Itália, um dos paises europeus que tenho mais vontade de conhecer.
Se por ser uma apaixonada de história (estive quase, quase para seguir uma formação nesta área mas desisti quase no último minuto), a Grécia Antiga faz parte do meu universo imaginário e por isso Atenas será, definitivamente, uma cidade onde irei um dia.
No entanto, e como hoje o que apetece mesmo é Sol, convido-vos a sonhar com as ilhas gregas nomeadamente de Santorini, cujas imagens me deixam sempre deslumbrada.
- Sardenha, Itália: Se há pais que me faz sonhar já se percebeu que a Itália é um deles. E é a Sardenha a feliz contemplada neste meu desejo inesperado (ou nem tanto de viajar).
Se a Sardenha não é um destino ao qual eu pensaria espontâneamente a interceção do meu querido esposo que tanto fala dele acabou por dar os seus frutos...
Mais uma viagem de sonho para quando dias mais solarengos chegarem!
- Tirol: Porque não só de mar vive o homem, a região do Tirol Austriaco também me faz sonhar até mais não.
A beleza natural da montanha, o verde a perder de vista e os usos e costumes desta região enchem-me os olhos de lágrimas quando me projeto nesta viagem.
Um sonho de adolescência que adorava realizar!
E por aí, qual seria a viagem que fariam assim que a oportunidade se apresentasse? Deixem nos comentários para que possamos assim trocar ideias... E não me digam que não podemos sonhar por causa do Covid já que essa liberdade foi das poucas que este maldito vírus não nos mudou e precisamos desesperadamente de mudar de mood!
Beijinhos e bons sonhos!
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2020 já vai quase no fim (e sim, estamos todos desertinhos por vê-lo pelas costas) mas foi um ano que, apesar do seu grau de dificuldade, não foi mau para nós.
Começámos com enormes planos para o nosso casamento que podemos celebrar apenas alguns dias antes do Mundo dar uma volta de 360º. Só por isso 2020 já ficará para a história da minha existência como um ano bom.
Depois veio o confinamento, as horas fechadas em casa e/ou no hospital. Apesar de nos termos desde o início preparado para a eventualidade de um de nós ficar doente em algum momento (ossos do ofício...) temos passado pelos pingos da chuva... o que em si já é motivo de gratidão.
Em Maio passei por uma cirurgia que se complicou um bocadinho (nada demais) e, felizmente, em Julho podemos aproveitar alguns dias na magnifica cidade de Avignon para namorar um bocadinho (já que a Lua de Mel, como devem imaginar, foi bastante original...).
Em Setembro podemos visitar as nossas famílias e, ao longo do ano, ver alguns amigos mesmo com restrições e distanciamento social.
Pelo caminho, e mesmo com dois meses de confinamento de Março a Maio e um segundo confinamento no final do ano, ainda conseguimos cumprir a maioria dos nossos objetivos.
Foi um ano também difícil e de algumas deceções, foi um ano de tudo em nada. Foi um ano onde nos desiludimos com algumas pessoas, não podemos abraçar os que amamos e um ano onde a distância entre Lyon e Lisboa quase que triplicou. Foi um ano onde o valor da amizade e da paciência nos foi ensinado à força mas mesmo assim estou-lhe grata por tudo o que nos trouxe e ensinou!
E vocês, como está a ser o vosso balanço de final de ano? Mais ou menos positivo ou muito negativo?
Beijinhos e até ao próximo post!
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Hygge é uma palavra que aparece em vários dos meus posts e que, para mim, combina de forma muito intima com Natal.
Para aqueles que não conhecem este principio de origem dinamarquesa este consiste numa filosofia de vida que promove a alegria, o bem estar e a positividade especialmente durante os longos invernos dinamarqueses.
Para atingir estes objetivos promove-se que se aproveitem plenamente todos os pequenos prazeres do quotidiano como um jantar caseiro com os amigos, o livro que lemos debaixo de uma mantinha e o cheiro de uma boa caneca de chá.
Os adeptos do hygge são defensores de que esta forma de viver deve ser praticada através de um ambiente propício e confortável e é aí que entra o Espírito de Natal.
Acender velas, calçar uma meias quentinhas, aproveitar a companhia da família ou dos amigos pertinho de uma fogueira, preparar uma boa refeição, saborear um bom copo de vinho e privilegiar momentos de conexão de grupo, como os jogos de sociedade em detrimento dos telemóveis e da internet são parte integrante da cultura hygge e que podem ter também um espaço importante nas nossas vidas, especialmente nesta época e neste ano tão especiais.
Se quiserem saber mais sobre o principio do hygge aconselho-te a ler "O Livro do Hygge" de Meik Wigging. A Wook disponibiliza ainda muitos outros livros sobre o tema e que podem ser excelentes presentes de Natal, especialmente num ano onde ficar em casa foi uma realidade.
E vocês, conhecem o princípio do hygge?
Até amanhã para mais um post do Calendário do Advento da Nala!
O toque é parte integrante da comunicação não verbal do ser humano. Têm ainda mais impacto na nossa cultura mediterrânica que é muito "de contacto". Quando tocamos o outro entramos numa esfera mais próxima, mais privada. Numa esfera onde há uma ligação ainda mais forte.
Não é por acaso que o "pele contra pele" de um bebé contra a sua mãe ou pai é uma realidade na maior parte das maternidades e nos serviços de neonatologia ou que exprimimos o nosso amor com beijos e abraços.
Como fisioterapeuta o toque faz parte integrante do meu trabalho e como pessoa sempre me exprimi muito pelo toque para reforçar o que queria transmitir em palavras. A palmadinha no ombro que aumenta o poder da palavra dita...
Se há algo que me falta é isso. Não são só os beijos e abraços apertados. É o toque no momento de exprimir uma felicitação ou, pelo contrário, dar conforto e proteger.
Sei que há quem pense o contrário, e respeito, mas o "toque" é a base da minha profissão e também aquilo que me faz ser competente nela. É uma das bases da minha essência.
E ainda hoje quando, especialmente no trabalho, tenho alguém em sofrimento à minha frente e que chora, ainda lhe dou a mão (desinfectada mais de 500 vezes ao longo do dia, como sempre foram...). Porque sou melhor em comunicação não verbal e porque está aí a minha força.
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