Os meus 33 anos aproximam-se a passos largos. Este ano vai ser, mais uma vez, diferente.
Desde há uns anos para trás aproveitamos esta data (e o pouco turismo que o mês de Março custumava ter) para conhecermos algumas capitais europeias. Capitais rimam com história e arquitetura e palácios e belos monumentos são o meu "pêché mignon"...
Nestes dois últimos anos foram os preparativos do casamento que ocuparam as nossas célebres férias de fim de Inverno mas isso permitiu-me também festejar este dia com os meus.
Este ano as coisas não vão bem acontecer dessa maneira. Não haverá viagem nem a companhia dos meus pais. Haverão com certeza telefonemas e videochamadas e um belo almoço preparado com carinho por ele, que já anda em plaeamentos e ainda faltam umas semanas.
Não é a primeira vez que festejo o meu aniversário nestas condições. Lembro-me perfeitamente que cheguei a Lyon num início de Março e passei o meu primeiro aniversário sozinha. Estando alojada num quarto sem cozinha ofereci-me um almoço num restaurante e uma tarde de passeata e foi um aniversário também muito feliz (afinal estava viva, cheia de projetos e saúde!)
Sempre adorei o meu aniversário. Não apenas pela festa a que fui habituada e que desde criança eram memoráveis mas também por aproximar-se tanto do início da Primavera e pelo inicio dos dias solarengos tão caracteristicos do Ribatejo onde nasci.
Este ano o meu aniversário será ainda mais especial e, independentemente de tudo, vou aproveitá-lo com todas as forças que conseguir.
E vocês são daqueles que gostam de fazer anos ou nem por isso?
2020 já vai quase no fim (e sim, estamos todos desertinhos por vê-lo pelas costas) mas foi um ano que, apesar do seu grau de dificuldade, não foi mau para nós.
Começámos com enormes planos para o nosso casamento que podemos celebrar apenas alguns dias antes do Mundo dar uma volta de 360º. Só por isso 2020 já ficará para a história da minha existência como um ano bom.
Depois veio o confinamento, as horas fechadas em casa e/ou no hospital. Apesar de nos termos desde o início preparado para a eventualidade de um de nós ficar doente em algum momento (ossos do ofício...) temos passado pelos pingos da chuva... o que em si já é motivo de gratidão.
Em Maio passei por uma cirurgia que se complicou um bocadinho (nada demais) e, felizmente, em Julho podemos aproveitar alguns dias na magnifica cidade de Avignon para namorar um bocadinho (já que a Lua de Mel, como devem imaginar, foi bastante original...).
Em Setembro podemos visitar as nossas famílias e, ao longo do ano, ver alguns amigos mesmo com restrições e distanciamento social.
Pelo caminho, e mesmo com dois meses de confinamento de Março a Maio e um segundo confinamento no final do ano, ainda conseguimos cumprir a maioria dos nossos objetivos.
Foi um ano também difícil e de algumas deceções, foi um ano de tudo em nada. Foi um ano onde nos desiludimos com algumas pessoas, não podemos abraçar os que amamos e um ano onde a distância entre Lyon e Lisboa quase que triplicou. Foi um ano onde o valor da amizade e da paciência nos foi ensinado à força mas mesmo assim estou-lhe grata por tudo o que nos trouxe e ensinou!
E vocês, como está a ser o vosso balanço de final de ano? Mais ou menos positivo ou muito negativo?
Beijinhos e até ao próximo post!
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O advento é também pautado por valores como paz, partilha e gratidão e hoje quero falar-vos de gratidão.
Como seres humanos temos tendência a ser insatisfeitos e estamos mais preocupados em cumprir objetivos em série em vez de apreciar aos pouquinhos o que vamos conquistando. E depois, como mal nos damos conta do que já temos, convencemos-nos de que não temos nada porque simplesmente nem nos apercebemos do que já temos.
Só para vos dar um exemplo do nosso nada: se pararmos para pensar todos nós temos um computador ou um telemóvel por onde lemos este blog, eletricidade para o pôr a funcionar. Temos também uma ligação à internet e uma visão capaz de nos permitir ler um blog.
Se lemos um blog, quer dizer que tivemos a oportunidade de aprender a ler e escrever. Que certamente temos um teto em cima da cabeça e alguma coisa para aconchegar o estômago e, com um bocadinho de sorte, uma manta quentinha para nos enrolarmos enquanto vagueamos por esta blogosfera fora...
Afinal temos ou não temos tanto que agradecer?
Deixo-vos como tema de reflexão para hoje essa mesma Gratidão e convido-vos a dedicarem algum tempo a fazerem a vossa própria Lista de Gratidão. Acreditem que pode ser difícil ao inicio mas, quanto mais nos treinarmos a reconhecer o que temos mais fácil este exercício se tornará.
Pela minha parte quero deixar-vos também uma palavra de gratidão. Gratidão por estarem desse lado, por me acompanharem nesta "parte de mim" que é o Crónicas.
Gratidão pelas partilhas, pelas opiniões, pelos comentários e pelos desafios.
Gratidão por sentir que também aqui tenho "um lugar" a que posso chamar casa. E são os vossos comentários que o tornam ainda mais especial.
Este post é sobre Gratidão e eu estou-vos infinitamente grata por tudo!
O Natal é uma altura do ano onde se fala de solidariedade. É também a altura do ano que muitos apelam de hipócrita porque "só se lembram dos pobres no Natal".
Se é verdade que se podia fazer mais e melhor também é verdade que o ótimo é inimigo do bom.
Pessoalmente parece-me preferível ser solidário ao longo do mês de Dezembro do que nunca...
E são tantos os críticos que se recusam a dar no Natal porque é hipocrisia e não compartilham nada o resto do ano porque é responsabilidade do governo, das associações, do presidente da República ou de qualquer outra pessoa.
Pessoalmente dou no Natal, tal como no resto do ano, quando a ocasião se apresenta e, infelizmente as ações de solidariedade são pouco ou nada publicitadas, especialmente quando não têm bons "embaixadores".
É uma sorte ter o necessário para si, o suficiente para partilhar. É uma sorte poder preocupar-se em comprar presente de Natal para os filhos, os maridos, os pais e os amigos quando ao nosso lado há quem mal tenha para pôr comida na mesa. E há tanta gente que trabalha tanto e mal consegue chegar ao final do mês...
Se não confias em associações podes sempre fazer a tua própria partilha por ti mesmo. Conhecerás tu ou alguém em quem confies um caso de quem precise mesmo de ajuda e, quem sabe, seja pobreza encoberta e só precise de uma mãozinha neste exato momento para dar a volta por cima!
Por isso, independemente de ser vista como hipócrita ou não, sinto tanta alegria em partilhar e adoçar um bocadinho um Natal alheio!
E por aí: participam em campanhas de solidariedade no Natal, ajudam alguém que conhecem na vizinhança ou simplesmente nem pensam no assunto?
Posso não ter a vida mais perfeita do Mundo mas, sinceramente, alguém têm?
Mas sou uma sortuda: sinto-me frequentemente grata pelo que tenho! Uma casa aquecida, comida na mesa, um emprego que não me corresponde particularmente mas que, por enquanto, me permite receber um salário correto e um abraço apertado, cheio de carinho e compreensão por muito difícil que tenha sido o dia.
E momentos desses, cheios de companheirismo e solidariedade são tesouros que recebemos em troca de dinheiro nenhum.
Muitas vezes, quando estou em diálogo interior, dou-me conta de quanto a minha vida tem sido rica em afetos e como aquela mão é tantas vezes um amparo. E é nesses momentos em que peço a possibilidade e a capacidade para retribuir tudo o que tenho recebido de bom ao longo da vida.
Porque é nestas constantes 'trocas' que o universo continua a fazer sentido!
Ora cá estamos nós para mais um post. Desta vez venho falar-vos sobre as 5 coisinhas que tenho adorado fazer nos finais de dia neste Outono, especialmente agora que os dias já estão curtos e as noites cada vez mais frias.
Antes de abordar o tema gostaria, no entanto, de deixar um pequeno esclarecimento: Na passada terça feira publiquei um post sobre o uso de máscaras, desinfeção de mãos e controlo de ansiedade em contexto de pandemia e que me valeu todo o tipo de comentários desagradáveis, cheios de julgamentos e alguns deles mesmo de índole partidária.
Esses comentários foram eliminados não porque me contradizem, aliás existem vários comentários de desacordo com aquilo que escrevo ao longo do blog e que resultaram numa discussão saudável, mas simplesmente porque não admito juízos de valor e faltas de respeito nem na minha "vida real" nem no blog.
Aqueles que viram o seu comentário eliminado e que se deram ao trabalho de voltar a publicar, horas mais tarde, com a frase "agora censuras os comentários?" tenho a frase perfeita para vos responder: "gente feliz não enche o saco"! Se eu me predisponho a receber críticas quando escrevo posts, quem os comenta também se predispõe a não ser respondido ou ignorado. São as regras do jogo atrás de um computador ou na verdadeira vida!
Quando escrevi aquele texto fí-lo com a responsabilidade e com o conhecimento que o meu papel de profissional de saúde, que está "por dentro" da realidade hospitalar e em contacto direto com pacientes infetados com COVID 19 desde Março, me conferem. E também da familiar ou amiga que se inquieta pelas pessoas que ama e que reconhece que informação a mais e material mal usado são uma combinação difícil de gerir.
A todos aqueles que gentilmente me chamaram "fútil" (que é um elogio que recebo frequentemente nos comentários maldosos e que mais uma vez aquele post não foi exceção) dedico-vos este texto já que foram vocês que me inspiraram a fazê-lo.
E esclarecidos todos estes pontos vamos lá então para as cinco coisas "fúteis" que não dispenso no final destes dias de Outono, porque é desta futilidade que eu gosto!
- Uma boa conversa: a primeira coisa que não dispenso nos finais do dia de Outono são boas conversas (aliás não dispenso em altura nenhuma do ano mas com o aproximar do final do ano elas tomam um caráter mais intimista) por isso entre o meu marido e as amigas tenho conversa que não acaba e ainda bem...
- Livros e mantinhas:Se há coisa das quais não me consigo passar é de livros, da minha mantinha e, por vezes, de uma bebida quente no fim do dia. É tão bom que parece pecado...
- Séries, filmes e programas de televisão que nos permitem sonhar: com ou sem a combinação mantinha estes aqui têm tudo para me fazer feliz...
- Escutar o silêncio:se é bom estar ocupado também e bom não fazer nada, limitando-se a ouvir o silêncio e a apreciar o conforto de casa, o barulho da chuva e sentir-se grato por tudo.
- Preparar o Calendário do Advento da Nala 2020:O mês de Dezembro está a chegar e estou a preparar, juntamente com alguns convidados, os posts do calendário de Natal deste ano. Serão 25 posts que serão publicados entre os dias 1 e 25 de Dezembro.
Apesar de a árvore de Natal não estar feita os dias frios fazem-me entrar um bocadinho neste espírito e adoro pensar em cada tema e aproveitar o final do dia para escrever sobre eles.
E por aí, quais são as vossas atividades 'fúteis' de fim de dia no Outono. Aquelas que a solo ou em família vos fazem bem? Fico à espera dos vossos comentários! :)
Não sei se é o caso em Portugal mas em França as temperaturas já estão bem Outonais, com muita chuva e algum frio.
Apesar de gostar bastante do Outono e de estar em casa, este ano tenho tido alguma dificuldade em recuperar este hábito de passar os dias de descanso "na ronha" muito por causa do confinamento que vivemos entre Março e Maio.
Independentemente disso, os dias caseiros vão seguramente chegar e é bem importante encontrarmos as atividades certas para que esses momentos sejam de verdadeiro prazer.
E assim vos trago as 10 coisas que, pessoalmente, mais gosto de fazer em casa quando está frio e uma ideia extra para realizar em família!
Preparados?
- Ler, ver filmes ou séries:
Esta aqui é provavelmente a opção mais comum já que, com arentréede Setembro chegam também as novas temporadas de séries e algumas novidades em matéria de livros e filmes.
- Fazer listas, planos e estabelecer objetivos:
Enquanto corremos de um lado para o outro esquecemos muitas vezes de parar e compilar aquilo que é importante e de nos focarmos nisso e as listas são ótimas para isso. Os dias chuvosos podem ser a oportunidade de ouro para fazer esse balanço e de colocar esse método em prática.
- Dar uma organizadela no armário das roupas, da bijuteria...-
Não é só na Primavera que se podem fazer arrumações e os dias chuvosos podem ser uma óptima opção para isso.
Leva contigo uma chavena de chá e escolhe um bom episódio de um podcast e aproveita para organizares o teu dressing e, quem sabe, organizar e fotografar os teus melhores looks de Outono/Inverno. Não só ficará tudo mais organizado como estarás safo/a nos dias em que precisas de estar ao top mas a imaginação não te ajuda.
- Organizar uma tarde de "Spa em Casa":
Esta é uma das minhas atividades preferidas, especialmente quando o tempo está mau.
Fazer uma máscara de rosto, uma esfoliação de corpo e outros cuidados de higiene enquanto se houve uma excelente música e se queima uma velinha perfumada é uma excelente ocupação e o resultado será excelente no que a bom humor diz respeito.
- Planear uma viagem de sonho, as próximas férias, as festividades que se aproximam...-
Chuva na rua significa mais tempo livre para sonhar e projetar coisas boas.
Por isso, e mesmo que este ano não seja o ideal para realizares aquela viagem de sonho, é sempre uma boa ideia programar e projetar aquilo que pretendemos realizar no futuro. E quanto mais realistas os planos melhor...
- Fazer uma redecoração da casa:
Um objeto ligeiramente mudado de sitio pode dar à casa todo um ar de novo.
Por isso não deixes passar a oportunidade de fazer isso enquanto caí a chuva lá fora. Se fores dado aos projetos "do it yourself" e quiseres lançar-te na tua própria decoração tudo será ainda mais interessante.
- Praticar uma atividade criativa: escrever, pintar, bordar...:
Com o confinamento foram muitos aqueles que descobriram um talento escondido.
Caso seja o teu caso, ou caso o teuhobbie criativo seja muito anterior a isso mas deixaste de ter tempo para o fazer, aproveita os dias frios para te dedicares a essa atividade.
Será bem mais produtivo do que reclamar do tempo o dia inteiro ou de passar o dia inteiro nas redes sociais.
- Organizar um bullet journal-
Este método, sobre o qual já vos fiz um post aqui, é um ótimo passatempo para os dias de chuva. Seja ele mais ou menos criativo permitir-te-à organizar-te e será sem dúvida uma atividade lúdica e interessante.
- Dormir uma sesta ou ficar a olhar a chuva cair lá fora:
Não fazer nada é bom. É nesses momentos que as melhores ideias surgem, que nos permitimos planear como se de sonhos se tratassem. Por isso aproveita os dias de chuva ou de muito frio e não faças rigorosamente nada durante um bom bocado. Neste Mundo de corrida onde vivemos será uma benção ter este tempo para ti.
- Aprofundar uma área de interesse:
Nem sempre temos tempo para nos dedicarmos àquela área que tanto nos diz e isso pode mudar se decidirmos aproveitar os dias mais frios para isso.
Seja qual for a tua área de interesse dedica-te a ela e aproveita para saberes mais. Ficarás com certeza orgulhoso/a de ti mesmo e muito mais conhecedor desse tema que te diz tanto.
- Atividades em Família:Como sabem sou fã do espíritohygge e umas coisas mais "hygge" é sem dúvidas esses momentos passados em família no conforto do lar.
Por isso tira da arca os velhos jogos de sociedade, as melhores receitas de bolo caseiro ou das vossas bolachas preferidas e metam mãos à obra todos juntos ou desfrutem juntos de um livro ou de um filme.
Estar juntos e em família é uma benção e não podemos garantir que esses momentos sejam eterno por isso desfrutemos deles ao máximo!
E aAna de Deus não pára de criar novos desafios e eu, como já devem ter percebido, adoro aceitá-los e por isso aqui vai mais um.
A ideia é descrever o melhor do ano em 100 palavras. E se foi um ano "mau" teve também coisas muito boas... Se quiserem conhecer outros textos deste desafio convido-vos a passar pelo post do desafio no blog da Ana. E já agora desafio-vos a participar nele também.
2020 foi um ano difícil? Sim. Mas como tudo têm uma frente e um verso também trouxe muitas coisas boas.
O nosso casamento só assim para começar.
Alguns novos amigos, as horas de almoço em modo piquenique no jardim do hospital, os momentos de calma e tranquilidade em casa. Os sorrisos dos nossos amigos pelo skype, a voz da família em boa saúde.
As palavras trocadas aqui pelo blog convosco. Os sonhos que nos passaram pela cabeça!
E sobretudo a gratidão que nos encheu o coração e que nos deixou com um sorriso na cara mesmo quando era mais difícil sorrir.
Não te esqueças de acompanhar as Crónicas da Cidade dos Leões no Instagram e no Facebook: há muita coisa a acontecer por lá.
Se por acaso o conteúdo deste texto te agradar não deixes de o partilhar com familiares e amigos.
Que o dia corra bem ou corra mal tanto faz. Aquele momento em que abro a porta e sinto o bem estar que ter um lugar para chamar de casa nos dá não têm preço.
A gratidão aumentada por ter o que comer, o que vestir e aquele sorriso familiar e a pergunta da praxe "como correu o teu dia?". São coisas tão pequenas mas que valem tanto.
Por muito infelizes e desiludidos que possamos estar com o exterior quando cá dentro há paz e conforto somos abençoados. É esse espaço e tudo o que ele representa que nos mantém seguros e nos fazem ter coragem para seguir em frente.
Que toda a gente pudesse ter uma casa e paz dentro dela!
Nestes ultimos meses, não sei se será apenas uma impressão ou não, tenho visto mais pessoas a chegar aos blogs.
Novas histórias, novas ideias, novos projetos, novos rostos revelados ou não que fazem parte da nossa vida. E é um prazer descobrir o que têm para contar.
Também têm havido alguns que vão partindo. Na melhor das hipoteses para outras plataformas ou então deixam de escrever ou de partilhar o que lhes vai na alma. Provavelmente alguns voltaram mais tarde com novos blogs e novas histórias como aconteceu comigo. O Crónicas não é nem de perto o meu primeiro blog...
Mas, mesmo que ninguém substitua ninguém, é sempre bom ter "sangue novo" e sobretudo olhares e experiências novas. E quantos mais chegarem mais outros se juntaram à festa e mais partilhas e trocas de experiência haverão.