Não é provavelmente a primeira vez que acontece mas será seguramente a pausa mais assumida do Crônicas.
Os últimos anos vividos, a Maternidade, a perda da minha avó paterna no início do ano passado e tantas lições aprendidas ao longo dos últimos meses trouxeram-me a uma espécie de impasse onde tudo avança e recua em tempo recorde enquanto me equilibro e avanço, jogando em vários campos ao mesmo tempo.
E nesse desequilíbrio este meu "menino" anda ao sabor do vento e sem rumo.
O Crônicas começou como um diário, através dele partilhei convosco o meu dia a dia, a minha entrada na maternidade, dicas de como organizar um casamento e tantas coisas mais...
Diz Lewis Carroll no seu eterno "Alice no País das Maravilhas": "Para quem não sabe onde vai qualquer caminho serve". E é exatamente por isso que parar se torna imperativo.
Parar para me centrar no que me é mais essencial e voltar quando estiver em condições de ser capaz de inspirar e de fazer refletir nem que seja uma só pessoa. E voltar melhor, com mais clareza de reflexão quando tudo o resto estiver em "velocidade de cruzeiro".
Não sei se o Crônicas voltará ao ativo, talvez lhe nasça em paralelo um pequeno irmãozinho que trará luz e energia renovada a esta conta. Ele ficará lá disponível para quem o quiser ler ou reler.
De todas as formas saiu daqui com a certeza no coração de que posso fazer mais e melhor, em todos os níveis. Mas agora o trabalho é de bastidores, pelo menos durante os tempo.
Publiquei há algumas semanas um post sobre as mulheres que me inspiram e propus-me a fazer o mesmo exercício mas desta vez com homens.
Já calculava que a tarefa fosse árdua mas admito que foi bem mais difícil do que poderia imaginar e passei várias semanas a tentar decidir-me.
A lista final é esta. Não é perfeita mas é aquela que mais me corresponde neste momento.
Filipe, Duque de Edimburgo: O falecido marido da também ela desaparecida Elisabeth II está longe de ser alguém que faça unanimidade a nível de opinião pública. Pessoalmente aprecio o legado que nos deixou na arte de não se levar muito a sério. E não sou indiferente ao homem que ficou até ao fim ao lado da sua nobre esposa e de tudo o que isso lhe possa ter custado.
Winston Churchill: Foram muitos os homens que acompanharam Elisabeth II na sua vida de monarca mas Churchill, o seu primeiro primeiro ministro, é um dos que mais me inspira.
O seu sentido de dever e coragem a assumir pontos de vista é tão raro nos dias de hoje que parece tirado de um romance... Para além disso Churchill era um verdadeiro homem de família e um artista plástico bastante talentoso.
Eduardo Sá: Os textos do Dr. Eduardo Sá são particularmente bons e trazem uma certa frescura desculpabilizante a uma cultura de educação infantil nos diz tudo e o seu contrário.
Para além de que o tom calmo e a facilidade de abordar os assuntos por mais difíceis que sejam me fazem querer ser um pouco mais como ele.
Cristiano Ronaldo: Quando penso em esforço e trabalho penso forçosamente em Cristiano.
Posso não concordar com tudo o que diz ou faz mas ninguém pode negar que é uma lenda do futebol, que inspirou milhões de miúdos ao longo da carreira (e quantos desses miúdos se safaram graças a esse seu exemplo) e que jogou futebol com uma devoção e uma garra que não são dadas a toda a gente.
O desafio a que me propus não foi fácil mas considero-me satisfeita com o resultado. E por aí quais os homens que vos inspiram?