3 Lições que Elisabeth II nos deixou
A morte da Rainha de Inglaterra deu que falar nos últimos dias e, apesar do atraso, não podia deixar de falar sobre a forma como vejo esta mulher.
Já deixei claro várias vezes a minha simpatia pela Coroa Britânica e pelo orgulho e história que a pessoa da Rainha representava.
Apesar de ter ouvido falar inúmeras vezes por estes dias no "ultrapassados" que estão alguns desses valores, acredito seriamente que todos ganhariamos em seguir alguns deles.
E aqui vos deixo os três que me parecem fundamentais:
- Sentido de Missão: A Rainha trabalhou até ao fim, num "emprego" que a vida lhe impôs e para o qual ela não nasceu. No entanto, e apesar de tudo, Elisabeth II nunca abandonou o seu lugar, nunca se mostrou revoltada ou indignada em público com o que quer que fosse e assumiu o seu papel de chefe de estado com profissionalismo ao longo de 70 anos. Se teve momentos tristes e vontade de desistir? Muito provavelmente... mas o seu sentido de missão foi mais forte e com certeza a jovem Princesa de York ficaria orgulhosa da mulher que mais tarde se tornou e de todo o legado que deixou. E isso, num mundo cada vez mais centrado no prazer momentâneo e no egoísmo, é uma grande fonte de inspiração.
- Guardar algum pudor em relação às suas emoções e sentimentos: A Rainha foi muitas vezes apelidada de mulher fria e das poucas vezes em que deixou transparecer as suas emoções estas foram escrutinadas por todos os meios de comunicação social.
Infelizmente o que se defende hoje é extravasar a mais pequena emoção cá para fora e o preço a pagar é exatamente o mesmo: ser escrutinado por tudo o que se diz e faz, só que numa escala muito mais próxima. Desta forma acredito que guardar algum segredo em relação à nossa vida é não um acto de egocentrismo mas de defesa e autocuidado e em época de redes sociais todos teríamos muito a ganhar em aprender isso da rainha.
- Apreciar as coisas simples da vida: Elisabeth II era uma fã incondicional de cães, cavalos e ar puro e sempre que podia corria para esse mundo à parte, tão distante das jóias e dos vestidos de gala. Que possamos também nós aprender a reabastacer as nossas energias no que há de mais simples para pudermos enfrentar o peso da "missão" que tem para a sua vida. Porque o problema não são as obrigações que nos são impostas ou que abraçamos mas sim a forma como lidamos com elas. E nisso esta senhora foi exímia.