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Crónicas da Cidade dos Leões

Um blog que adora partilhar dicas e reflexões sobre lifestyle, descobertas e organização. Sejam Bem Vindos!

Crónicas da Cidade dos Leões

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2021 em 5 palavras

Decidi trazer-vos, como último post deste ano, um balanço de 2021.

Nos últimos anos tenho preferido estas reflexões de final de ano às famosas "boas resoluções" que não me levam a lado nenhum pois acho-os mais honestos e sobretudo mais proveitosas. 

Para este final de ano resolvi trazer-vos as 5 palavras que o definiram e o porquê de cada uma. Vamos lá?

Filho - O nascimento do meu menino foi, sem dúvida, o momento chave do ano. Trouxe com ele muitas coisas boas mas algumas dificuldades e um aumento exponencial de responsabilidades. Mas uma coisa é certa, cada dia que passa me apaixono mais por este menino!

Restrições - Este ano foi ainda marcado por muitas restrições e que, para nosso azar, coincidiram com os nossos periodos de férias ou em que tinhamos disponibilidade para viajar. Foi portanto praticamente um ano sem pisar solo português e uma gravidez inteira passada de forma resguardada e longe dos abraços e dos olhos de familiares e amigos.

 

Selfcare - Apesar de me ter custado horrores ficar de baixa no 6º mês de gravidez, a verdade é que este período me permitiu ter tempo para cuidar de mim e reencontrar-me com os meus sonhos e projetos. Uma barrigada de disponibilidade que depois desapareceu toda de uma vez! :)

 

Impaciência - 2021 acabou comigo em modo "impaciente". O cansaço e a tensão acumuladas nem sempre tem sido fáceis de gerir e este estado tem tomado conta de mim, mesmo contra minha vontade. 

 

Sonho - 2021 foi um ano de sonhos concretizados mas muitos outros ficaram por realizar. E muitos outros se juntaram à lista. Que 2022 seja clemente e nos permita realizar mais uns quantos. 

 

E por aí, quais as palavras que definem o vosso ano? Um grande beijinho e até para o ano!

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O Natal é da família

Os Nossos Contos de Natal 2021

Mais um Natal que se aproxima e a querida Isabel voltou a desafiar-nos para escrever mais uns Contos de Natal (e este ano com motivação extra). Dessa forma aqui fica a minha modesta contribuição e votos de um Feliz Natal a todos vós!

O mês de Dezembro já vai adiantado. Rita vai à janela do escritório e olha a rua. Podia jurar que toda a cidade saiu à rua e se deslumbra com as luzes de Natal.

Ela lembra-se que, em criança, adorava esta época e guarda lindas recordações da decoração do presépio e do cheiro dos doces da avó Josefa.

Mas desde que cresceu deixou de ter tempo para essas futilidades. O trabalho enquanto advogada e os seus objetivos profissionais estão no topo da sua lista de prioridades e tudo o resto terá de esperar, pelo menos até esses objetivos serem atingidos.

Ainda há poucas horas atrás a mãe, sempre tão orgulhosa, recusou-se a compreender as razões mais do que legítimas da sua ausência.

Decidiu-se a não lhe dar ouvidos e classificou as suas atitudes como uma tempestade num copo de água. Afinal é só um dia como os outros e ela está demasiado ocupada para se dedicar “a comer e beber um dia inteiro”.

No final do dia quando chegou a casa deixou-se cair no sofá, extenuada. O sono apoderou-se dela e, sem se aperceber, caiu num sonho.

Nesse sonho ela estava numa clareira cheia de neve. No meio dessa clareira encontrasse uma casinha de madeira cuja chaminé fumegava. Cheia de frio e movida pela curiosidade decidiu entrar.

Lá dentro o calor era agradável e no ar pairava o cheiro de chocolate e especiarias. Sentada de costas para ela estava uma menina. Os seus cabelos encaracolados lembravam-lhe os seus cabelos. Vendo mais de perto reconheceu a sua própria imagem com seis, sete anos.

A pequena Rita começou a falar:

- Sei como te tens dedicado ao trabalho e como o sucesso profissional e financeiro são importantes para ti. Não há nada de errado com isso.

A única coisa errada é a forma como o teu coração se tem tornado frio ao longo dos anos. Esqueceste-te da última vez que abraçaste a tua mãe, nem conheceste o teu sobrinho e ainda te chateias quando te dizem alguma coisa?

E todos aqueles que estão à tua volta e a quem tu não perdoas nada?

Lembraste da tua ex-secretária que se despediu por causa da tua pressão, que querias cada vez mais e mais trabalho, sem teres a mínima empatia pelo facto de ela, jovem mãe, estar cansada.

Também a tua amiga Dalila, que acusaste de traição por te ter recusado um encontro quando te dava jeito a ti, por se ter comprometido como voluntária numa associação de apoio a idosos.

Tens ar de estar espantada, Rita, como se o facto dos outros terem prioridades te deixassem confusa.

Mas, se hoje estás aqui comigo, é para te lembrar disso. A tua mãe não está a ter “mau feitio” mas ela está doente, como bem sabes, e quer passar este Natal contigo, nunca se sabe se não será o último.

Por este andar vais acabar sozinha e cheia de azedume. Certamente com uma carreira brilhante e um coração sombrio.

Ainda tens a possibilidade de alterar isso, mas tens de o fazer imediatamente. O tempo urge e ninguém recebe eternamente amor sem dar nada em troca…

Acabada esta frase, Rita acordou sobressaltada. Tinha sido tão real este sonho… Será que ela tinha mesmo razão?

Tentou esquecer a história e dormir mas o sono não voltou o que a obrigou a dar voltas e voltas na cama.

A manhã da véspera de Natal foi chegando aos poucos, cinzenta e húmida. Rita esperou que a hora fosse mais decente e tentou ligar para a sua prima João. Ela era a sobrinha preferida da sua mãe e a única médica em quem ela tinha total confiança… Depois de um início de conversa frio, o que a fez recordar que não falava com esta prima querida há, pelo menos 3 anos, teve a confirmação da gravidade da doença da mãe. Nada que ela não soubesse mas, absorvida que estava no trabalho, não tinha medido a importância da informação.

Invadida por uma espécie de pânico, como se o Mundo estivesse a ruir à sua volta, Rita decidiu-se a fazer o impensável: ia passar o Natal com a família, mesmo que isso implicasse muitas horas de trabalho nas semanas seguintes.

Conduziu até casa, quase sem pausas, parando apenas para comprar uma sobremesa… já que não tinha presentes ao menos que tivesse um doce para colocar na mesa. Quando chegou à porta de casa foi invadida pelo cheiro a bolo e pela música que pairava no ar.

A família já estava reunida à volta da mesa pronta para cear. Ela chegou de mansinho, meio envergonhada por aparecer de surpresa. Mas foi recebida com gritos de alegria e, para sua surpresa, o seu lugar estava lá na mesa.

Quando chegou à meia noite, na altura da troca de presentes, abriu a janela e viu uma estrela cadente. Pediu-lhe saúde para a Mãe e muito mais tempo para a família e sentiu, naquele momento, que o seu pedido tinha sido atendido.

A partir daí a Rita não faltou a mais um único Natal.

Os anos passaram e à carreira foi juntando outros papéis. O de mãe e esposa, o de filha dedicada e tia preocupada.

Ao contrário daquilo que ela pensava, nada disso a prejudicou… antes pelo contrário já que encontrou muita motivação em todos esses desafios. E desde esse ano, em todos os Natais, se levanta da mesa à meia noite da consoada e vai à janela agradecer em silêncio. Afinal foi aquela estrela que a aproximou da família e é na família, mais do que nas lojas, no dinheiro e no ego, que se passa o Natal.

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Photo by Vincent Ledvina on Unsplash

 

Os Contos de Natal viraram livro :)

Lembro-me exatamente de quando nasceu esta história. Estavamos em pleno mês de Dezembro e, com o apoio incondicional daquele que viria a ser meu marido, escrevi este conto depois de dias e dias de tentativas vãs. 

E aquele texto tornou-se mais uma palavra num conto que foi muito mais longe do que alguma fez pensámos. 

Já dizia Pessoa "Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce". Neste caso a imaginação e capacidade de mobilizar pessoas da querida Isabel e a energia e força de vontade do José deram origem a esta obra. 

E o talento da querida Olga embelezou ainda mais a coisa.  E estes três estão mesmo de Parabéns!

Por minha parte é um orgulho ter contribuido um bocadinho para este livro mas é sobretudo o fazer parte desta família que me deixa mais rica! Porque sim, os nossos contos foram juntos e deram origem a um livro! 

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Se por acaso o conteúdo deste texto te agradar não deixes de o partilhar com familiares e amigos.

 

 

Este Ano não há Calendário do Advento da Nala

Este ano não há Calendário do Advento da Nala mas, por ser um Natal mais especial de sempre cá em casa, gostava de vos deixar um desafio. 

Por cada dia que antecede esta festa magnifica criem o vosso próprio Calendário do Advento e dediquem-no a vocês e às pessoas que mais amam. 

Em cada dia dediquem tempo a algo que queiram mesmo fazer. Num dia é dia de fazer bolachas, no outro de ler um bom livro... A cada um de vós a liberdade de escolher o que mais lhe fizer sentido e sobretudo o que o faça sentir melhor. 

Por aqui ontem foi dia de ser Mãe a tempo inteiro e hoje dia de apreciar um bom capuccino na chegada ao hospital. 

Porque, apesar da condição consumista do Natal, é o amor em todas as suas formas que deve ser dado. Seja à família, aos amigos ou a si próprio. 

Que haja muito amor por esse mês fora. Desejo-vos um excelente Dezembro! 

(Entretanto podem acompanhar o desafio #Sorrisos de Natal da querida Sorriso Incógnito ao qual aderi através do Instagram)

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Photo by Jessica Delp on Unsplash

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