E com o fim do primeiro mês do ano chega o primeiro "O Melhor do Mês" de 2020.
Como sempre trago-vos descobertas ou redescobertas do mês que passou e aguardo ansiosamente por poder descobrir as vossas ali nos comentários. Ainda para mais com o Natal que passou acredito que este mês tenha sido especialmente rico em coisas novas!
- Auscultadores Cambridge Audio Melomania: Adoro ouvir música ou podcasts quando vou trabalhar de manhã e já há algum tempo que pensava em adquirir uns bons auscultadores com um som agradável, ultraconfortáveis e, de preferência, com sistema bluetooth.
Como eu nunca mais me decidia e o ele sabia que este item estava há já muito tempo na minha wish-list acabei por receber o modelo Cambridge Audio Melomania no Natal. Eles são confortáveis e a bateria é enorme, dura facilmente mais de 2 semanas e são usados não só nos transportes públicos mas em casa.
Se estiverem com vontade de adquirir uns novos auscultadores só vos posso aconselhar estes.
- Filme Cinderela: Apesar de já ser de 2015 só vi este filme muito recentemente. Adorei tudo: desde a forma como a história que também conhecemos, como a cena do baile como a atriz principal de quem gosto muito (e que podemos encontrar na série Downton Abbey).
Um excelente filme para os dias de Inverno que por cá continuaram mais uns tempos.
- Filme "Downton Abbey": E por falar em filmes não poderia deixar passar a oportunidade de ver o filme baseado na série Downton Abbey e que nos permitirá descobrir a vida de Mary, Tom e os restantes membros da família Crawley, assim como o pessoal de serviço como Anna, Mr. Battes e Mr Carlson de quem tanto gastamos, alguns anos depois do fim da série.
Uma coisa é certa se o filme não é de longe tão bom como a série a banda sonora original é maravilhosa e, só por isso, já vale a pena vê-lo.
- Perfume Love Potion de Oriflame: Este perfume foi-me oferecido pela minha mãe e só posso dizer que adorei utilizá-lo.
Um perfume meio oriental mas perfeitamente equilibrado, um frasco lindíssimo e um preço acessível (está muitas vezes em promoção a 19,90) tornam-no um dos melhores perfumes que usei recentemente.
Sem contar com todos os elogios que me deram e com as semelhanças que têm com os clássicos perfumes Jean-Paul Gaultier (e isto dito por verdadeiras fãs que pensavam mesmo tratar-se de um perfume da marca).
Espero que este post vos tenha agradado e desejo-vos um mês de Fevereiro cheio de descobertas ou redescobertas maravilhosas!
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Durante o dia caiu-me uma prescrição para uma paciente de 87 anos para reforço muscular e autonomia de uma paciente em pós-operatório cardiaco (uma cirurgia não invasiva neste caso) mas com direito a 3 dias em cuidados intensivos.
Qual não é o meu espanto quando esperava por uma velhinha meio "entrevadinha" e me sai uma desportista que pratica basket, yoga e marcha nórdica e ainda canta num grupo coral!
Falei-vos imensas vezes no início deste blogue das relações meio "adversas" que tenho com os meus colegas de trabalho. É uma equipa com a qual pouco me identifico e com quem tenho tendência para entrar em conflito. Cheguei a contar algumas "anedotas" que aconteceram (e continuam a acontecer).
No entanto, e como mudar de emprego estava fora de questão e colegas idiotas há-os em todo o lado, tentei criar estratégias para que a minha relação com eles melhora-se e que a minha vida se tornasse mais suportável.
Não que sejamos amigos ou que tivesse conseguido mudar a forma de estar e de trabalhar dos outros, isso seria impossível. Apenas mudei a minha própria forma de agir e de ver o que se passa e as coisas melhoraram imenso.
Espero que estas 5 dicas vos sejam úteis. Para mim foram verdadeiras descobertas:
Dica n.º 1) "É esta a pessoa que eu quero ser?"
Foram tantas as vezes em que me senti atacada ou que o meu trabalho não tinha continuidade ou era posto em causa que acabei por me tornar uma pequena "tirana" que passava metade do dia à espera que os outros fizessem asneira para ter "uma pedra para atirar". Já tinha tentado tudo o que poderia tentar em relação ao profissionalismo de algumas pessoas: falar com os próprios, falar com o chefe, sobrecarregar-me a mim para que o trabalho ficasse de acordo com o meu nível de exigência... A verdade é que daí apenas resultou um cansaço extremo da minha parte e uma atitude amarga e negativa que crescia dia a dia.
Quando comecei a aperceber-me de tudo o que se estava a passar comigo mesma comecei a questionar-me se essa pessoa era aquilo que eu queria realmente ser.
A resposta não foi difícil de obter... mas mesmo assim demorei algum tempo até conseguir que o meu cérebro mudasse a sua forma de funcionar e não reparasse, em primeiro lugar, naquilo que não estava exatamente como eu queria ou achava que devia ser.
Hoje as coisas já estão mais calmas mas a pergunta: "é mesmo essa pessoa que quero ser"? continua a acompanhar-me. (Infelizmente eu mudei, mas o meu colega direto continua a não mexer uma palha no serviço... mas fazer o quê se não tenho o poder de mudar a sua forma de estar?).
2) Ver o lado bom das pessoas:
Todas as pessoas têm dois lados: um bom e um menos bom. Mais uma vez tive de fazer um esforço enorme e obrigar-me a ver o lado "bom" das pessoas, mesmo quando a minha cabeça me dizia que ela era péssima.
A estratégia que usei foi sempre que uma ação ou atitude me contrariava e a minha cabeça se enchia de pensamentos negativos e incriminatórios em relação à pessoa que estava à minha frente, eu contrabalançava de forma consciente com um pensamento que colocasse em evidência uma qualidade dela.
Desta forma deixei de ter a minha cabeça sempre inundada de coisas más e mantenho sempre o "por vias das dúvidas" em aberto. E acreditem que quando controlamos os maus pensamentos é muito mais fácil de relativizar o que não está do nosso agrado.
3) Ser mais assertivo e, em caso de dificuldade, jogar a carta do bom humor:
Apercebi-me que, quanto mais as coisas estavam difíceis, mais eu assumia (inconscientemente) o papel de vítima. Não o fazia de propósito mas passava demasiado tempo a "remoer" naquilo que me diziam ou faziam mas não levantava a voz para me defender.
Ter a capacidade de dizer a quem de direito que não concordava foi uma necessidade que surgiu naturalmente. Nem sempre é fácil, mas com uma boa dose de humor, as coisas podem ser ditas e ouvidas de forma mais suave e, pelo menos eu, ganhei muito com isso.
4) "Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque"
Ser reservado em relação à vida privada é um direito que temos e que nos protege, muitas vezes, de ser o tema de conversa da hora de almoço. Se as relações com a equipa não são as melhores manter a cordialidade mas guardar para si alguns aspectos mais intímos pode ser uma excelente ajuda.
Se, da parte de algumas pessoas, houver alguma pressão e nos façam perguntas à qual não temos vontade de responder temos sempre a possibilidade de escolher dizer que é um assunto privado sobre o qual não queremos falar. Esta foi outra aprendizagem "de ouro".
5) Ser profissional acima de tudo
Manter uma postura profissional, saber respeitar e trabalhar em equipa são valores fundamentais que nunca devemos perder de vista, mesmo quando não nos "pagam" na mesma moeda. Não é fácil e eu assumo que muitas vezes me esqueci deste principio, mas a verdade é que me sinto bem melhor comigo própria se fizer as coisas desta maneira. E isso não têm preço!
E vocês, têm algumas estratégias a acrescentar a esta lista? Gostaria de saber mais sobre as vossas relações laborais e o que isso implica no vosso dia a dia.
Praga foi a cidade europeia escolhida para comemorar os meus 30 anos. Quando nos decidimos a ir conhecer esta cidade tivemos muita gente que nos dizia muito bem e outras tantas pessoas que nos disseram muito mal.
Pessoalmente gostei bastante de Praga que não têm, de todo, o charme monumental de Viena mas que é uma cidade mais viva e alegre, com muito para ver e sair de lá com vontade de voltar.
Ao contrário do que fizemos com outros destinos, decidimos ir a Praga para aproveitar, sem correrias. Tivemos muita sorte com o tempo pois saímos de Lyon com chuva e em Praga, em pleno mês de Março, estava um Sol maravilhoso.
De entre todas as coisas que adorei na cidade o Castelo e a Charles Bridge ficaram-me gravado na memória. Assim como os longos passeios que podem ser dados à beira do Rio Moldava.
Fizemos o circuito das sinagogas e de todas a minha preferida foi a sinagoga espanhola: simplesmente magnifica!
Também as ruelas pitorescas e a Torre da Pólvora me deixaram deliciada. Fiquei apenas desiludida pois naquela altura o Relógio Astronómico estava em obras (mais uma razão para lá voltar).
Descobrimos ainda, meio sem querer, um delicioso restaurante localizado numas vinhas mesmo em frente ao Castelo de Praga e onde provámos um riesling absolutamente genial, que por sorte é sempre um dos meus vinhos preferidos.
Espero dar-vos assim a vontade de conhecer esta linda cidade, se não está já feito.
Todas as imagens são da minha autoria, no entanto nunca pensei usá-las na criação de um post. Peço desculpa por alguma falta de qualidade que possam encontrar.
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Nem sempre sou a amiga perfeita. Mas sou esforçada e acho que raras foram as vezes em que "faltei" a um amigo quando ele estava mesmo mesmo no fundo.
Tenho, no entanto, uma certa tendência a ter amizades que acabam por me desiludir pela simples e boa razão de que espero um comportamento equivalente ao meu e de que isso nem sempre acontece. Algumas, as boas, mantém-se apesar disso e depois de uma longa conversa. Outras, aquelas que são pouco "fiéis" esvanecem-se com a situação.
Foi o que acabou por acontecer com a J..
A J. é minha amiga há muitos anos, desde a escola primária para ser mais precisa.
Anos a fio de brincadeiras, de conversas, de crescimento... ao longo dos anos fomo-nos afastando: Eu que sempre quis cortar o cordão umbilical e ela que se negava a isso com todas as forças. Mas mesmo assim, na minha cabeça, essas diferenças eram superáveis.
Ao longo dos anos a J. foi-se afastando de toda a gente, ou foi afastando as outras pessoas dela, muito devido ao comportamento de de vitimização constante e ao facto de desconhecer a importância de "fazer um esforço".
Vive entre as saias da mãe e as do namorado, entre um trabalho que mal-diz e uma incapacidade total a tomar qualquer decisão em relação a tudo: desde a roupa que vai vestir ao procurar ser independente.
Foram muitas as vezes em que, ao longo dos anos, convidei a J. para beber um café ou lanchar: nunca tinha tempo ou porque estava a trabalhar ou porque ia sair com a mãe.
Das poucas vezes que a encontrei contou-me os mesmos problemas que já duram à 10 anos e que, para cada solução apresentada, ela arranja duas desculpas para a tornar inviável.
Da última vez que lhe falei, a J. ligou-me porque precisava de conselhos em relação ao trabalho. Nesse dia estava doente, com febre, e mesmo assim ouvi-a até às tantas da noite.
Foram mais de duas horas em que repetia para si mesma as desculpas esfarrapadas que se conta. E eu ouvi, e ouvi... Depois disso nem uma palavra, nem mesmo quando lhe perguntei se tinha resolvido a questão...
Agora mandei-lhe o convite para o casamento... sinceramente nunca esperei que estivesse presente apesar de isso me fazer imensamente feliz. Várias mensagens a pedir confirmação e nenhuma resposta.
Desta vez cansei... e a J. vai ficar ainda mais sozinha no Mundo. Porque, por muito que compreenda que a sua vida seja difícil, não posso ajudar nem aconselhar quem nem quer ajuda nem se lembra de mim quando posso ser eu a precisar.
Agora que a preparação do casamento já vai avançada, que a data se aproxima a passos largos e que já tenho alguma distância em relação aos preparativos iniciais decidi criar esta rubrica. Nela pretendo partilhar convosco algumas dicas e sentimentos que fui experiênciando ao longo deste longo ano de preparativos.
Gostaria de deixar bem claro que me sinto muito longe de ser uma "Wedding Planner" e que, pessoalmente, a organização de um só casamento me encherá as medidas.
No entanto descobri muita coisa com esta organização: afinal é um negócio extremamente emotivo este e preferia saber algumas coisas de avanço, que podem ser mais difíceis ou emocionalmente complexas e que não estão devidamente explicadas nos diversos media que se especializaram em casamento.
Espero que esta série de posts, que não serão forçosamente seguidos, vos possam ser úteis caso preparem, ou estejam a pensar marcar a data, do vosso próprio casamento. E se não for o caso nunca se sabe se a experiência pode servir a um amigo ou familiar.
E sem mais demoras passemos ao tema de hoje que é o orçamento!
Eu sei que parece deprimente falar em orçamento quando o que desejamos é que aquele dia seja belo e maravilhoso.
Mas, a verdade, é que um casamento pode ser muito caro e que, excepto se dinheiro não for um problema para vocês, existem noivos que podem correr o risco de se dificultar a vida desde o início por causa das contas que ficaram por pagar e que não foram devidamente orçamentadas desde o início.
Ainda para mais a oferta é tanta e existem coisas tão giras que, se não estivermos bem conscientes do nosso poder de compra e daquilo que é mesmo importante para nós, corremos o risco de não conseguir dizer não a tudo aquilo que nos propõem.
O que sugiro é que se sentem, vejam as vossas contas e conversem honestamente sobre quanto podem gastar. Não se iludam com as prendas que possam vir a receber ou com a promessa que toda a vida ouviram dos vossos pais de que vos pagarão, um dia, o casamento.
Se esse dinheiro vier tanto melhor mas lembrem-se que enquanto não estiver nas vossas mãos não podem contar com ele e que os compromissos são assinados com muito tempo de avanço.
Ainda para mais falar sobre dinheiro pode ser um grande problema entre muitos casais, o que dificulta bastante a ideia inicial do casamento que é "construir uma vida em comum" por isso este exercício pode ser um excelente treino para mais tarde.
Admito que, no nosso caso, com um ano e tal de vida em comum e com vários anos financeiramente independentes das nossas respetivas famílias, levamos algum avanço em relação aqueles noivos que sairão diretamente de casa dos pais para a casa de "casados".
Quando tiverem o vosso "envelope financeiro" definido então está na hora de pensar nas concessões que podem ser necessárias.
"Quero um casamento excelente e com poucos convidados, um casamento menos "XPTO" mas com todos os familiares, amigos e conhecidos à minha volta?", "Não me importo de não ter um DJ na sala ou optamos por uma refeição em forma de buffet o que sairá, forçosamente, mais barato?"
Todas estas coisinhas devem ser pensadas desde o início e, mesmo que possam ser alteradas aqui e ali, vão servir de linha condutora para os vossos preparativos e bem que precisarão dela, acreditem.
Especialmente porque o mais difícil de gerir são, muitas vezes, as expectativas externas. E, se não estivermos bem claros quanto ao que queremos e podemos ter desde o início, essas opiniões serão bastante difíceis de superar.
Se nesta fase te posso dar dois grandes conselhos que recebi de grandes amigas que, por sua vez, os tinham recebido antes dos respectivos casamentos e que são os seguintes: "haverá sempre alguém que não achará suficientemente bom ou suficientemente bonito" e "as pessoas que lá estão, só lá estão porque gostam de ti. Já lhes vais oferecer uma festa e elas agradecem-te por isso, não te preocupes se não for perfeito, afinal a vida também não o é".
Uma coisa é certa: um casamento mais económico pode ser extremamente divertido e o que mais importa é que ele te represente do início ao fim. Nem todos queremos ter necessariamente um vestido tradicional ou um álbum de fotos para recordar toda a vida, porquê então pagar mais por algo que nem nos corresponde?
Pessoalmente, respeitámos o nosso orçamento e optámos por um serviço de restaurante tradicional num lugar com alguns luxos (animação infantil, jardim...), um bom fotografo, um Dj/animador com bom nome no mercado e uma bonita festa religiosa com flores e coro porque eram, desde início, as concessões que não estávamos dispostos a fazer.
Em contrapartida reduzimos bastante o número de convidados e optámos por um local de casamento mais moderno do que a nossa ideia inicial de encontrar uma quinta antiga e com todo a classe que ela pode oferecer à festa. A viagem de núpcias também ficará para mais tarde e disfrutaremos apenas de três dias para descansar e fazer o ponto de situação num cantinho bonito do "nosso" Portugal.
Mas isso ficará para outros posts porque ainda há mesmo muita coisa para contar.
Gostaram deste post? Estão a preparar o vosso casamento ou a acompanhar amigos que preparam o deles? Existe algum tema em especial que gostassem de ver abordado?
Ao longo da minha vida profissional recebi várias vezes o conselho de não pedir ajuda. As razões nunca eram muito diversificadas e quase sempre giravam em torno do "depois vais ficar desacreditada e vão dizer que és má profissional".
Acredito que as pessoas que me deram tal conselho o fizeram porque acreditavam sinceramente nisso.
Nem sempre ouvi esse conselho. Em primeiro lugar porque acho que pedir ajuda pode ser uma oportunidade de aprender com quem sabe mais sobre determinado ponto do que nós e em segundo porque acredito que o ser humano, seja ele quem for, gosta de se sentir envolvido e de ajudar, mesmo que lhe custe admitir.
Eu, que até sou menina para ter muito medo das opiniões dos outros, peço ajuda com muita regularidade. Acredito que unir esforços é quase sempre o caminho a seguir, em prol de todos. E, nesse ponto em particular, relativizo bastante o que vão pensar de mim...
Prefiro assumir as minhas "falhas" e delegar aquilo em que sou menos boa e focar-me naquilo em que realmente sou competente. Aprendendo pelo caminho e nunca me deixando vencer pelo próprio orgulho.
E por aí: são mais do género de pedir ajuda ou têm algum receio das opiniões dos outros?
Ao longo da vida assumimos diversos papéis: somos filhos, netos, irmãos de alguém. Esses papéis, apesar de nem sempre fáceis, são claros e deixam-nos poucas margens para dúvidas. Afinal antes de nascermos já éramos filhos e netos de tais pessoas.
Há medida que vamos crescendo este círculo cresce: chegam os amigos, os colegas, os namorados, as famílias que se agrupam...
Todas essas pessoas que chegam à nossa vida, e que nem sempre escolhemos ter por perto, vão obrigar-nos a um processo de adaptação constante e a desafiar os limites e as crenças que temos sobre nós mesmos e sobre os outros.
Por elas acabamos por assumir diferentes papéis, alguns dos quais só ouvimos falar aos outros sem nunca o termos assumido.
E esses papéis, que estão associados a certas "funções" acabam por nos causar dúvidas e precisamos de tatear um bocado para aprendermos a conquistar o nosso próprio espaço, isto tudo numa complexa e constante adaptação em que não queremos ofender ninguém, nem ir contra nós próprios.
Estas novas relações, que são ao mesmo tempo excitantes e difíceis podem impulsionar-nos para fora da nossa "zona de conforto" e entrar em conflito com os nossos hábitos e preconceitos.
E daí surge uma mistura de desconforto e desafio que nos permitirá crescer a cada dia e encontrar formas de negociação e compromisso. E isso todos os dias da nossa vida...
Ou como as mudanças que provoquei na minha vida me estão a fazer bem
Comecei este ano cheia de energia. Não que faça algo de especial para isso ou que as coisas estejam a correr maravilhosamente bem mas a verdade é que me sinto quase capaz de mover montanhas.
Os dias têm sido cheios, os fins de semana trabalhados vão começar a apertar e mesmo estes dias cinzentos (que tanto me fazem sofrer devido à carência em vitamina D) parece que me afetam menos do que o normal.
Responsabilizo um bocadinho todas as mudanças que coloquei em andamento ao longo do ano passado por estas "melhorias".
Entre outras coisas trabalhei muito sobre a forma como encaro a minha relação com os outros e a forma como me vejo a mim própria. Consegui, de forma mais ou menos eficaz, alterar a forma como penso e como me sinto perante as situações e isso trouxe-me a paz e a tranquilidade que estava a precisar para fazer as pazes comigo mesma.
Aprendi a olhar para o que se passa e a "agir" ao invés de "reagir" e, em casos particulares, a decidir não fazer nada e deixar acontecer. Afinal não podemos suportar o "peso do Mundo" nas nossas costas.
Coloquei em prática estratégias para não me deixar "envenenar" pelas ações dos outros nem me massacrar com os julgamentos de valor que, como toda a gente, faço. E até (re)aprendi a falar comigo mesma e a escutar mais o meu corpo e a minha alma.
E todas estas mudanças são tão boas e dão-me uma sensação de poder de decisão sobre a minha vida, ao mesmo tempo que me permite aceitar aquilo que não posso controlar. Sem perder, no entanto a minha própria essência e mantendo-me fiel a mim mesma e aos meus valores e desejos.
Foram mudanças difíceis de implantar mas que parece que resultam...
E por aí, como estão a correr esses primeiros dias do ano?
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